1. Marca registrada.

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Camila Cabelo tinha um cronograma de rotina muito rigoroso ao qual ela aderiu em quase todos os aspectos de sua vida. Usar o banheiro era um deles. Todos os dias precisamente às 12h30, dez minutos antes da hora do almoço, ela se retirava para o banheiro e sempre ia para o menos usado na escola para ter a melhor privacidade.

Exceto, naquela fatídica segunda-feira, alguém ocupou seu banheiro. (O banheiro dela, porque ela reivindicou isso como tal. Ela era Camila Cabello. Ela podia fazer essas coisas. Além do mais, ninguém mais o usava de qualquer maneira…)

Camila abriu a porta, cantarolando suavemente para si mesma.

O zumbido doce interrompeu abruptamente quando ela olhou para cima para ver a última pessoa que ela esperava.

- L-Lauren?

Assustada e levemente alarmada, a mão de Camila subiu para seu peito para acalmar o pico em seu ritmo cardíaco. Sim, Lauren Jauregui sempre causou uma reação um pouco assim na morena, mas com seu novo visual, Camila não podia deixar de ficar, bem, chocada toda vez que a via.

E se ela fosse honesta consigo mesma, ela realmente gostava do cabelo preto. Muito. E as roupas. Ela os admirava por causa de sua natureza rebelde e artística, é claro, nada mais...

A garota punk estava encostada na parede oposta, uma sobrancelha perfeitamente esculpida arqueada naquela expressão consistente de reconhecimento apático.

- Ei, Cabello. - Veio a resposta fria e lenta. Lauren tinha a voz de um anjo. Maldito seja aqueles nojentos bastões de câncer que ela começou a fumar durante o verão, um dos quais ela atualmente segurava entre dois dedos longos e finos, seu perfil sexy nunca, nunca diminuiria a nada abaixo de sedutor.

Ok, sim, Camila admitiu para si mesma que sua admiração por Lauren Jauregui sempre foi um pouco mais do que amigável. Camila Cabello estava aberta a todos os gêneros, ela sabia disso, e deu uma olhada na deusa de cabelos negros diante dela para provar isso.

Ela nunca diria isso a Lauren, mas ainda assim sentia. Às vezes Camila não podia deixar de ficar com as pernas bambas sempre que Lauren falava com ela. Ou olhava para ela. Deus a ajude se a garota realmente a tocasse. Camila odiava o quanto o efeito da mera presença de Lauren poderia afetar ela, mesmo depois de todo esse tempo que elas se conheciam.

Camila se endireitou quando percebeu que estava olhando fixamente e outra sobrancelha de Lauren subiu.

Mas, por mais tentadora que Lauren pudesse parecer, Camila desaprovou de todo coração os cigarros, especialmente dentro da escola.

- Lauren, enquanto eu não tenho idéia do porquê você decidiu invadir o banheiro que eu normalmente venho durante o terceiro intervalo para me aliviar- - Embora depois de ver a linda garota, um tipo diferente de alívio estava em mente, - Eu devo insistir para que você não fume na escola, ou em qualquer lugar para falar a verdade. Os cigarros são horríveis para você, e sua voz já está no tom perfeito e continuar fumando pode arruinar-

Ela foi interrompida pela risada suave e rouca de Lauren. Lábios rosados ​​se enrolaram nos cantos enquanto a garota punk balançava a cabeça, aparentemente divertida.

Indignada, Camila franziu a testa e cruzou os braços e ignorou os pequenos arrepios que percorriam sua pele ao som daquela risada ofegante.

- O que, por favor diga, é tão engraçado assim falar sobre câncer? - Camila bufou.

-Em menos de trinta segundos, tenho você divagando, Cabello. Você é muito fácil. - Lauren sorriu. Ou sorriu maliciosamente. Camila nunca poderia descrever essa expressão particular.

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