Capítulo 34

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Luna

Cena Hot

A boca dele tomou a minha rápido demais. Mas antes que eu podesse tocar nele, suas mãos me arrastaram para o quarto ao lado. Assim que ele trancou a porta, me olhou com os olhos escuros.

- Pra o chão, agora! - gritou e eu o encarei sem entender.

- Com... Como ? - falei gaguejando.

- Eu quero você ajoelhada, agora- falou com a voz rouca de desejo.

A forma com ele me mandou ajoelhar foi o ápice para que eu aceitasse entregar todo o controle do meu corpo a esse homem.

....

Desde o dia em que transei com Vicent tudo ficou estranho demais pra nós dois. Talvez pelo fato dele ter dito o nome de Giovanna, não só uma, mas duas vezes.

Nos primeiros dias foi difícil olhar e falar com ele, mas aos poucos percebi que isso não significou nada para nenhum de nós, afinal, o coração dele já tem uma dona.

Há, falando nela, está melhor a cada dia, mas ela apenas conversa com a bebê, que por sinal já está bem grandinha com quase 3 anos.

Olhar para Vicent todas as vezes em que entra naquele quarto me fez perceber o quanto esse homem trás arrependimentos. Acho que essa história merece um final feliz, afinal, eles já sofreram demais.

Giovanna

A questão não era viver e sim, sobreviver. Passei os últimos anos presa, em um mundo tão sombrio que nunca imaginei, onde não havia nada, mas a imagem daquela garotinha era a única coisa que de certa forma foi me tirando da escuridão.

Aos poucos eu fui saindo das sombras e todas as vezes em que aquele mulher loira trazia uma pequena bebezinha eu queria ir lá, tocar sua pele e brincar com ela, mas algo me prendia, uma força surreal que de algum modo me prendia.

Cada dia era uma luta, havia dias mais tranquilos em que eu até conseguia me levantar da cama, em outros, nem os olhos eu conseguia abrir.

Mesmo assim, eu consegui me prender a voz daquele menina, que sempre brincava com os meus cabelos.

Eu lembrava de tudo que tinha acontecido comigo. Lembrava do bebê que eu pedi, e talvez por isso eu tenha tanto amor pela pequena bebê.

Eu não sabia onde estava, certamente era uma clínica, mas eu não tinha dinheiro para estar aqui, eu não tinha ninguém.

A cada dia a minha consciência foi voltando de forma desenfreada, muitos e muitos questionamentos dominavam minha mente, mas eu não tinha forças pra levantar e sair daquele quarto.

Todas as tardes a pequena bebê vinha até o meu quarto e eu tentava cantar um música que mais parecia um sussurro, e aos poucos assim que entrava ela começava a cantar.

Que linda princesa...

Em dias de muito sono, eu tentava não dormir pra ver a linda menina de olhinhos puxados, mas as vezes eu não conseguia.

Haviam muitos médicos e enfermeiros no meu quarto e isso fez com que eu tivesse uma extrema vontade de ficar sozinha, mas eu não ousava dizer uma só palavra.
....

Hoje estava deitado como sempre e acredito de repente ouvi um barulho, tão alto, que todos os médicos e enfermeiros sairam correndo.

Um choro tomou conta da casa e antes que eu pudesse pensar duas vezes comecei a caminhar pelo quarto, o que estava acontecendo, o meu coração doía de alguma forma, alguma coisa estava muito errada, eu podia sentir.

VICENT (Volume Único)Onde histórias criam vida. Descubra agora