Jura de amor

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A mente de Odette estava perturbada a ponto que ela mesma não acreditava se teria força para continuar a quebrar o feitiço. Seu coração se auto-martelava de dor, ressentimento... ódio. O ódio e a raiva reinavam sobre seu doce coração, Odette se ajoelhou na grama verde e molhada e socou o chão, olhando para o céu luminoso de estrelas. Sua respiração estava profunda e o coração acelerado, os pensamentos de morte aumentavam, porém, algo dentro de si despertou.

Por que... eu teria que morrer? Por que não eles?

As lágrimas de Odette só aumentavam, juntamente com seu odio.

Então é eles que iram morrer... Mas como?

Odette se perguntou assim que suas lágrimas cessaram.

A jura de amor verdadeiro. Mas quem juraria amor verdadeiro a mim, senão o príncipe?

Mas por que eu esperaria por aquele que já jurou a outra?

Então, Odette olhou para o céu, e teve uma ideia. Ideia essa que talvez não daria certo.mas o que custava tentar? Não perderia nada mesmo. Com o olhar fixo no céu, Ela disse:

- Eu, amo a mim mesma e juro esse amor a mim mesma. Como amor verdadeiro, para o todo sempre. - E fechou os olhos. Com o abrir deles, Odette piscou três vezes, exatamente três vezes, e viu tudo ao seu redor mudar. Com um toque de mágica seu vestido se tornou tão belo quanto às nuvem em dia de verão, seus cabelos antes castanhos se tornaram fios dourados como o sol, sua pele branca como a neve na manhã de inverno e sua boca vermelha como sangue. Ela não sabia o que tinha acontecido, mas ao se olhar no lago e vê seu lindo e formoso reflexo, percebeu que seu próprio amor havia a transformado em uma mulher. Olhando ao seu redor, os raios solares estavam se despertando e as outras garotas cisnes voltando ao seu normal. Era como um toque de magia dentro de sua alma. Mas algo estava errado. Dentro de seu coração o ódio e a raiva ainda reinavam , e seu vestido se tornou negro como as trevas do abismo. Um sorriso cruel se formou em seus lábios com um gosto de vingança.

Enquanto as garotas cisnes comemoravam a sua volta humana, Odette fazia planos para ela. Assim que fechou seus punhos, as garotas gritaram de dor como se algo as consumisse de dentro para fora. Aos poucos elas foram se deteriorando, como papel se tornando em cinzas negras sopradas pelo ar. Com um gosto de satisfação, Odette abriu o punho e olhou novamente ao seu redor. Todas mortas, consumidas. O lago secou e onde Odette pisava se tornava negro e seco, como sua alma.

- Amar a si mesmo nunca foi tão bom. - Disse, assim que chegou aos portões do castelo.

.......

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⏰ Última atualização: Jan 24, 2020 ⏰

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O Lago dos Cisnes (Conto)Onde histórias criam vida. Descubra agora