Capítulo Bônus

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Os Orixás estavam em festa e Oxalá mandou chamar Exu (o Senhor dos Caminhos)  que já havia andado pelo mundo todo e provavelmente já tivera conhecido em pouco de tudo. Oxalá pediu a Exu que lhe preparasse o melhor prato já visto e que nele simbolizasse além do sabor,  a força do ser humano.

Exu preparou uma língua com molho agridoce e disse a Oxalá:

- A palavra do ser humano não tem fronteiras, usam para rezar, para ampliar e passar conhecimento, para dizer palavras de amor, expressar seus sentimentos, agradecer, elogiar, etc...

Oxalá terminou a refeição e pediu a Exu que agora trouxesse o pior prato do mundo e agora que sintetizasse o que há de ruim nos seres humanos.

Exu trouxe a mesma língua, só que agora no dendê, dizendo:

- A mesma língua que fala o bem, fala o mau, esta língua representa a inveja, a falsidade, a ingratidão, o ódio, a raiva, a ira, a gula, a avareza e todos os outros defeitos existentes no ser humano.

Oxalá pergunta a Exu:

- Como pode o mesmo pedaço de carne representar pólos tão opostos?

Exu responde:

- O que muda é o tempero. No primeiro o agridoce e no segundo o dendê. Ambos representam as intenções da carne, ou seja, se a intenção for doce, doce será a carne, porém se a intenção for quente, quente ela será.

Conclusão:  O bem e o meu habitam em nós, porém, podemos escolher com qual tempero rezamos nossa língua para se comunicar com Oxalá.  Muitos se dizem Umbandistas, usam a língua agridoce no terreiro, mas quando saem, já a esquentam com dendê.
Umbanda não se resume a terreiro, mas expande para o que levamos para nossas vidas.

Fonte: Casa de Iansã e Oxalá

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Em breve eu estarei postando mais livros sobre a Umbanda, sobre os guias e os guardiões!

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