Antes de começarmos, saudações! Algumas explicações antes da leitura:
- Decidi repostar a minha primeira fanfic também no Wattpad. Eu a escrevi há uns sete anos e minha escrita evoluiu bastante. Eu até pensava em revisar e reescrever os capítulos, mas acho que perderia a graça. A intenção é ver se consigo alguns leitores por aqui, assim começo a postar a minha mais recente, sobre Final Fantasy XV.
- Beyond Birthday e nada que envolva Death Note me pertencem.
- Vão aparecer personagens originais, criados por mim.
- A fic gira em torno dos pensamentos de Beyond, mas existirão outros pontos de vista.
- O sadismo e o masoquismo estão constantemente presentes, então se alguém não gosta ou se sente ofendido, NÃO leia.
A maioria dos capítulos foram betados (revisados) pela Holly Robin. Não sei mais o nome de usuário dela e perdemos o contato, mas sempre agradecerei a pessoa que me inspirou na carreira de jornalismo e me incentivou a terminar essa bagaça.
- Sigam o Instagram: @_capitular<3
É isso! Aproveitem a vergonha que eu já passei
-X-
O galpão escuro já estava dominado por um forte cheiro de sangue. A neve adentrava o lugar por uma janela quebrada.
O vento gelado atingia a pele da mulher nua, que estava amarrada em uma mesa de aço inoxidável. Gritava desesperadamente por socorro. Cortes profundos estampavam todo o seu corpo.
O Anfitrião estava sentado em sua poltrona de couro. Sorria ao olhar atentamente a cena. Podia ser facilmente confundido com a escuridão. Trajava uma calça jeans justa escura, camisa preta e luvas e botas também da mesma cor. Os cabelos negros e escorridos um pouco acima dos ombros completavam o visual fúnebre. Porém, algo o diferenciava do ambiente: Os olhos. Um par de orbes estranhamente vermelhos, da cor do sangue que sujava o piso.
— Me solte! Eu quero ir para casa! Quero ver meus pais! — a mulher de mais ou menos 20 anos de idade berrava, já rouca. As lágrimas que escorriam de seus olhos se misturavam com o sangue dos cortes de sua face.
O corpo da convidada estava praticamente irreconhecível. Além dos cortes, várias mordidas, fraturas e arranhões se estendiam do rosto aos pés.
O Anfitrião se deliciava com a cena. Delirava há quase dois meses tendo o corpo da jovem em mãos. Sorria, gargalhava e mordia os próprios lábios ouvindo as súplicas hesitantes ecoando em meados das duas horas da manhã. Para ele, aquilo podia durar uma vida. Não só podia como devia... Até os gritos cessarem no meio da escuridão.
O sorriso se desfez e por alguns segundos ele ficou estático. Sem saber o que fazer.
O vento gélido invadiu o galpão em direção à pequena vela que iluminava parcialmente o corpo da jovem.
Correu até a mesa, gritando em extrema fúria.
— Por que justo agora? Por que você parou de gritar sua vadia desgraçada?! Vamos! Grite! Grite para mim! — sacudia a peça já fria e levemente arroxeada. Não obteve resposta.
Com o corpo ainda em mãos, percebeu que seu brinquedo havia mesmo quebrado. Se livrar dele não seria problema.
Dirigiu-se à uma porta localizada nos fundos do imenso galpão. Tirou um molho de chaves do bolso de trás de sua calça. Sem dificuldades achou aquela que abriria a trinca do objeto à sua frente. Girou a maçaneta com cuidado, como se escondesse um segredo maior ali atrás.
Um cheiro terrivelmente podre espalhou-se rápido pelo local e uma enorme máquina atingiu o seu campo de visão. O objeto se assemelhava a um moedor de carnes, mas um corpo adulto caberia sem dificuldades dentro do utensílio incomum. Logo ao lado, uma escada dava acesso a uma plataforma de metal. Nela ficavam todos os painéis de controle para o manuseamento da máquina. Para facilitar a subida, o corpo da mulher foi jogado e posto sobre o ombro do homem, permanecendo de um jeito desajeitado. Chegando ao topo ele verificou se a plataforma estava segura para suportar os pesos e em seguida deixou a jovem no chão com todo cuidado e delicadeza. Apertou alguns botões, provavelmente já descorados pelo uso quase contínuo.
Vestiu uma máscara, óculos de proteção, protetores sonoros e trocou o par de luvas, finalizando tudo com um avental de açougueiro.
Várias lâminas começaram a girar dentro de um tambor em formato de funil. O barulho da máquina era estupidamente alto.
Ele encarou os olhos abertos do cadáver e beijou seus lábios já sem vida. A altura da plataforma permitiu que o corpo fosse jogado dentro do tambor sem nenhuma dificuldade. O homem sorria ao observar seu último ato. Pernas, braços, cabeça... Cada parte se desmembrava e se amontoava formando um bolo de pele e carne.
Depois de alguns minutos os restos líquidos da jovem estavam dento de uma bacia e uma grande parte dos pedaços sólidos estava embolada no fundo do funil.
Despiu seu traje, rumando em direção à um tanque com a bacia em mãos. Despejou todo o conteúdo dentro dele, vendo a água levar embora uma boa parte de sua convidada. Depois, ajuntou o bolo de partes sólidas em uma sacola. Apanhou alguns objetos de paisagismo e saiu pela porta dos fundos.
O gramado nevado era acompanhado por imensas árvores sem nenhuma folhagem. Os galhos longos e finos nas pontas se pareciam muito com dedos monstruosos.
O Anfitrião se afastou um pouco da porta, caminhando até uma das árvores. Desviava de várias pedras no caminho, cuidadosamente, certificando-se de que não movera nenhuma do lugar.
Ao chegar a um espaço de terra já reservado, cavou um buraco fundo o suficiente para servir de habitat aos restos mortais da jovem.
Antes de tapar a cova, depositou uma pequena rosa branca dentro do buraco. Perfurou o dedo com um dos espinhos, pingando algumas gotas junto a rosa. Em seguida, jogou novamente a terra e colocou uma pedra em cima do local. Uma pedra muito parecida com as demais.
Permaneceu ali, em silêncio, por alguns minutos.
O que faria a partir de agora?
O que seria dele?
— Preciso encontrar outro sentido para minha vida. Preciso encontrar outra distração, algo que me mantenha ocupado, - falava pausadamente, em tom sério. - Que recomece o jogo.
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Scream! Welcome to the Game
Horror[FANFIC REPOSTADA] Minha primeira fanfic, originalmente postada nos sites Nyah! e Social Spirit. "No que diz respeito à comodidade, pode-se dizer que eu estou bem. Mas nada muito além disso: Alguém que aceitou o que veio. Meu nome é Nate River, ma...