Quando Menos se Espera

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Era só mais um dia normal no estágio, perguntei se o lugar a frente dela estava livre e ela me respondeu que sim.

Eu já estava bem familiarizado com o colégio, com as turmas e com o professor de filosofia.

Tive a sorte de naquele dia não ter tido aula na faculdade, era semana santa, e como a minha faculdade é católica, preferiram que fosse assim. Assim pude ir para a sala dela, o que eu não faria caso fosse o contrário. O difícil foi deixar de ir depois...

Enquanto o professor dava o visto nos cadernos, ela me pediu ajuda para completar o trabalho. Bati o olho nela e na hora me despertou interesse, e na hora fui percebendo, o que para mim era qualidade nas outras, nela estavam todas presentes.

Algo aconteceu em mim, que ali eu perdi talvez alguma razão, mas não resisti. Ainda que devagar eu sentia a necessidade de conversar com ela, e através do que observei fui fazendo aos poucos perguntas que revelariam aquilo que eu já sabia, mas as respostas me davam a certeza da especialidade daquela garota.

Ao final eu me despedi, e fui para uma outra turma já pensando em voltar ali.

Foi engraçado da segunda vez que fui à turma dela, alguém havia guardado um lugar para mim. Dessa vez tinha sido a Carol, mas de todas as outras vezes que se seguiram, foi ela quem me esperava sentar numa carteira próxima.

Naquele dia conversei muito com a Carol, menina com um sonho. Eu mesmo a apoiei em seu sonho, é importante apoiar os sonhos.

Na semana seguinte a segunda vez, antes do dia da aula dela, no ponto a encontrei. Ela chamou meu nome e vindo em minha direção, com um caminhar estonteante ao meu coração, me abraçou. Eu disse -A gente se vê daqui a pouco. Enquanto ia seguindo a frente meu caminho, olhando nas várias direções possíveis aos meus olhos, assim que a avistei, lá, sentada... Minha boca sorriu. E meu peito nem sei o que sentiu! Fui em frente, ainda olhando para trás.

No outro dia, durante o intervalo enquanto eu passava pelo pátio, ela veio passando também e parece que não me percebeu, ou fez que não. Então toquei nela e ligeiramente ela se virou para mim e nos cumprimentamos com beijinhos no rosto. Perguntou se eu iria a turma dela, eu não iria até aquele momento, mas na hora em que a vi, decidi que sim. Algo aconteceu em mim, algo em mim mudou naquele momento. Naquele instante brotou um sentimento assim como brota uma flor na manhã ensolarada depois que a noite fria passou.

E após o intervalo, então, fui á sala dela, e lá estava o meu lugar guardado.

Outra vez conversei mais com a Carol.

As horas passaram, as aulas passaram e eu estava indo embora, nisso ela da porta de sua sala me envia um beijo com as pontas de seus dedos. Naquele beijo eu senti que não era qualquer beijo, era mais! Pelo jeito como foi, o jeito dela. Foram um beijo, um olhar e um jeito, que eu adorei!

Um beijo assim se repetiu de novo, dessa vez, direto com os lábios, enquanto eu descia o corredor e ela subia. Não sei se o professor que estava do meu lado notou, ao menos não disse nada.

Primeiro Encontro

Desde o primeiro dia trocávamos sempre muitas mensagens, como nos víamos pouco, assim íamos nos conhecendo mais.

Ela parecia não olhar pra mim e eu não olhei muito pra ela, nem quando saí da sala, o que geralmente eu fazia.

Não nos falamos de manhã durante as aulas, então quando já era de tarde e eu tinha deixado o estágio, ela mandou uma mensagem:

-Você já foi embora?

-Sim.

-Você está bem?

Contos de um Jovem RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora