nós fomos tudo e ao mesmo tempo nada, chittaphon.
você me fazia feliz mas no outro dia não estava mais lá. você fazia eu me sentir no céu todas as noites mas tirava meu chão com suas palavras cruéis. você dizia me amar mas não olhava em meus olhos.
pra mim foi um dos melhores momentos da minha vida; íamos todos os dias ver o pôr do sol numa das mais belas praças de paris, tomávamos aquele café quentinho nas manhãs frias e todas minhas poesias eram voltadas ao seu nome.
mas eu só fui uma das suas aventuras, certo?
sabe, ten, eu acho você não sabe o que realmente é viver um amor, ou amar outra pessoa de uma forma tão intensa ao ponto de vê-la em todos os seus planos do futuro. você é uma criança, chittaphon, uma criança que acha tudo isso uma mentira, que só existe em contos de fadas.
"paris não é a cidade do amor", você me dizia.
foi difícil esquecer do dia que você riu e disse que nós não éramos nada além de uma história para contar quando estivesse bêbado. quando partiu da cafeteria rindo, deixando para trás um kunhang sozinho e com o coração totalmente despedaçado. quando acordei e não havia recebido sua mensagem de "bonjour mon amour". quando passei a tomar aquele café sozinho. quando sua boina foi tirada do meio das minhas coisas. foi difícil esquecer você por completo, chittaphon.
e apesar de tudo, ten, eu te desejo amor, daqueles bem intensos. espero que um dia seu coração bata freneticamente tanto quanto o meu batia por ti.
e espero que você saiba lidar com ele.