C A P I T U L O I

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Seul, 2018

Tusa

Três. Dois. Um. Retornei a contar enquanto Kwan terminava seu discurso sobre o seu desespero em transar comigo. Era isto, nosso relacionamento de um ano se baseava nisso: sexo, todas as surpresas fofas, as carícias e até os "eu te amo" era só para ter uma mina estrangeira do lado para ter sexo casual. Eu até tentei ignorar os fatos, mas eu sabia que uma grande parte da população masculina coreana acreditava no mesmo que ele, que as ocidentais eram mais quentes, o que me estressava e vindo do menino pelo qual fui apaixonada desde o primeiro ano do ensino júnior*, me machucou. 

— Vamos terminar — eu disse, por fim — Você não me ama, eu não consigo continuar — falei entre o choro — Eu só não aguento mais isso — apontei para ele e depois para mim.

— O QUÊ? — gritou, provavelmente os vizinhos devem ter escutado o escândalo de Kwan.

E a discussão durou por horas e o meu choro durou por dias, assim que veio o fim do ano letivo e as férias chegaram, como se fosse um botão de start, me dei conta do quão idiota eu estava sendo chorando por um babaca e que, eu nunca tinha chorado por macho antes, nem sofrido por amor, em meus dezessete anos, era a primeira vez que havia me apaixonado e a primeira vez que quebrei a cara.

No primeiro final de semana de férias, chamei Rosalia, minha irmã mais velha, e Kim Ji He, minha melhor amiga, para irmos as compras. Eu havia economizado dinheiro durante o semestre, o estágio de ensino médio no laboratório da escola me ajudou muito durante esse tempo. Fomos ao salão primeiro, onde cortei o longo cabelo, deixando-o nos ombros, retirei o preto e retornei para o castanho médio, fiz uma maquiagem profissional pela a primeira vez no ano, com direito a glitter coreano e gloss rosa e enchemos nossas mãos de sacolas depois, o que na última loja, fez eu escolher o look da noite, uma boto rosa, meias 3/4 de renda branca, saia com couro falso rosa e extremamente colada e um body de renda branco, bem patricinha, o que, na maioria das vezes eu não era - mesmo amando rosa - mas quando eu queria chamar a atenção, ser paty era o melhor estilo. Deixamos tudo no carro de Rosalia, que por sua vez, estava esperando seu amigo trazer os documentos falsos , para mim e Ji He, para adentrarmos na boate.

Já acabou as desculpas

Hoje ela foi curtir com uma amigaParece que para sair da fossa (fossa)Porque um homem a enganou

O tema da boate era branco, dando um destaque único para o local. Tocava alguma música eletrônica da década de 2000, o qual era possível reconhecer a batida. Estava começando a lotar, o que fez que fossemos para o segundo andar, onde havia um segundo bar, todo decorrente de ouro e detalhes de flores brancas, muito belo e mais reservado do que o debaixo. Ao centro do grande espaço, tinha três sofás brancos, com almofadas douradas, o lustre ao centro, era todo de cristais, que refletiam do teto espelhado e pouco iluminado, as duas se sentaram, enquanto eu, já com as fichas compradas, pedia nossas bebidas. Optei por Whisky Jack Daniels, que apesar do preço, era um dos mais deliciosos da casa. Enquanto eu esperava, olhei em volta, no segundo lugar haviam menos pessoas, o que devia estar ligado por ser uma área restrita e vip. Senti um perfume forte e cítrico vindo atrás de mim, o famoso 1 Million, perfume caro e que só havia conhecido através do namorado rico de Rosalia e por ser o mesmo cheiro que o diretor da escola, Kim Namjoon e do professor de biologia, Kim Taehyung. Arregalei os olhos, desejando que não fosse nenhum deles, me virando com tudo para olhar. E cá estava, Kim Taehyung de braços cruzados me encarando. E ele estava belo, a boca fina marcada por um hidratante labial, o cabelo preto com aspecto de lavado sem pentear, a camisa branca semi aberta, ele transpirava sensualidade. Respirei fundo. E voltei o olhar para o bar, fingindo que não o conhecia. O barman me entregou o balde e os copos.

Sim, é sobre você [kim taehyung]Where stories live. Discover now