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Era uma noite fria de sábado quando saímos do shopping central da cidade. Tinhamos acabado de assistir um filme de terror_pavoroso_mas tudo o que você me pede sorrindo eu faço, pois seus sorrisos me quebrava em mil pedacinhos.
Tudo que você fazia era com um sorriso enorme no rosto, sempre vendo o lado bom das coisas. Eu fazia questão de a cada minuto relembrar o quanto eu te amo, e como amo.
Você é uma pessoa incrível.
Mas muito é teimoso. Era o seu maior defeito, sua teimosia era terrível e isso me custou um preço alto.
Eu pedi para você espera o sinal fechar, não custava espera uns minutos. Eu falei, porém mais uma vez você foi teimoso.
Você soltou minha mão em pura malcriação e saiu atravessando a rua, um maldito carro em alta velocidade passou por você e te acertou, o carro te acertou em cheio. O seu corpo rolou pelo asfalto e parou desacordado no meio fio da calçada.
Eu deveria ter te impedido.
Corri até você e me ajoelhei ao seu lado já com o rosto coberto por lágrimas.
—Amor me responde por favor! Fica comigo! —sacudi o corpo desacordado e ensanguentado
Eu não consigo descrever o que senti ao ver seu belo corpo daquela forma. O meu amor estava machucado.
A ambulância demorou e eu amaldiçoei internamente o motorista daquele carro.
Merda. Merda e merda.
Seu rosto bonito estava com vários machucados e aparentemente você havia batido com a cabeça.
Mais pessoas se aproximavam e consequentemente mais eram as ligações para o hospital que em mais alguns minutos mandou uma ambulância.
Foi devidamente a pior noite da minha vida. Nós estávamos felizes, mas tudo foi por água abaixo.
Na ida para o hospital você não acordou, depois da cirurgia você não acordou. Você não acordou por seis meses. Seis meses
Foram seis meses sem o seu sorriso, sem o seu carinho. Seis dolorosos meses sem você, meu amor.
Seus pais me culparam pelo seu estado, não julgo eles, definitivamente a culpa foi minha. Eu prometi a eles que iria cuidar de você, mas não fiz.
Eu não sai do seu lado por todo esse tempo, nossos amigos cuidaram de nosso apartamento e me forçaram a comer direitinho.
Tentei ser forte meu bem, mas toda vez que via seu rostinho magro e pálido eu chorava, nossas alianças estão presas ao meu cordão já que a enfermeira tirou de você.
Por todo esse tempo eu cantei para você já que gosta da minha voz, li seu livro preferido para e fiz carinho em seu cabelo.
Eu já estava sem esperança.
Mas eu fui forte meu amor, por todo esse tempo.
Naquele dia Namjoon me obrigou a passar em casa, quando me convenceu a dormir ali mesmo meu celular tocou, era sua mãe.
Você havia acordado meu amor.
Não pensei duas vezes antes de ir correndo para o hospital usando o moletom de ficar em casa, passei apressado pelos corredores até parar em seu quarto, aquele que há seis meses te aprisionou.
—H-hoseok?—chamei com a voz falhando assim que vi seus olhinhos abertos
Você se virou em minha direção e sorriu.
Esse sorriso que eu fiquei sem ver por meses foi o motivo para as lágrimas começarem a jorrar. Me aproximei de você e toquei em seu rosto ainda sem sua cor normal.
—Oi, anjo— sua voz baixa e rouca ecoou pelo quarto
—Eu senti sua falta, meu amor—um soluço escapou e meu choro se intensificou quando mais uma vez você sorriu.
—Eu estou aqui, sempre vou estar Tae.
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Obrigada por ler ✨
