Mas eu também ficaria preocupada, se acordasse todas as noites com ela gritando, como vinha acontecendo comigo nas últimas noites.
-Dormi muito bem, não precisa se preocupar.
Ela me observou de soslaio enquanto enchia uma caneca de café,ela não acreditou muito principalmente porque em volta de meus olhos havia olheiras enormes. Oferecendo a xícara de café ela apenas falou:
-Vai precisar se não quiser dormir na sala de aula.
Peguei a caneca e bebei o café o mais rápido que pude, era o primeiro dia de aula desde as férias de verão e estava morrendo de saudade de meus amigos.
Cheguei um pouco atrasada, morava um pouco afastada da escola e do centro da cidade, era tática da minha mãe, quando mais afastadas ficasse-mos mais fácil seria nossa fuga,se feiticeiros aparecessem.
Entrei na sala, todos estavam sentados alguns em silêncio, outros sussurrando um para outro, na frente da sala estava um garoto em pé devia ser novo porque nunca o tinha visto antes na escola, ele vestia uma camisa verde e calças jeans pretas, seus cabelos castanhos caindo nos olhos, quando nos olhares se encontraram,gelei. Seus olhos eram verdes envoltos por um circulo acinzentado tornado o verde de seus olhos sobrenaturais. Senti meu corpo tremer e meus gelarem completamente,meu novo colega de sala era na verdade um feiticeiro.
-Algum problema srta Collins?
Balançando a cabeça negativamente,fui para o meu lugar,e vários pensamentos começaram a passar por minha cabeça.
Eu deveria contar á minha mãe? Não, ela iria querer fugir e ele era apenas um ou não? Minha cabeça começou a latejar de dor. Observei ele se sentar do lado de Susan, um pouco a minha frente, me fazendo me encolher mais ainda em meu acento. Se ele não percebesse que eu sou uma necromante,talvez eu conseguisse ir embora sem tentar ser morta.
Fiquei pensando a aula inteira no que deveria fazer; sem chegar a nenhuma conclusão; o intervalo chegou e. Espero que ele saísse para depois correr ao banheiro. Com meu celular na mão disquei o número da mamãe, deu dois toques e desliguei. Não ia fugir novamente não daria este gosto a ele, agora que tinha encontrado finalmente um lar não deixaria que ninguém estragasse, muito menos um feiticeiro. Fiquei no banheiro até o intervalo terminar tentando achar uma saída, sem conseguir. Voltei pra sala, ele não seria louco o bastante pra tentar algo na frente de todos.
Sentei no meu lugar mas a sala estava praticamente vazia, me debruçei sobre a mesa fingindo que estava dormindo pra ninguém me importunar. Fiquei algum tempo assim, até sentir um arrepio passar pelo meu corpo e sentir a presença desagradável, não precisou me virar, ele estava ali. Senti medo tonar conta de mim, e tentei me acalmar, ele não tentaria nada ali sua melhor chance seria quando a aula terminasse, aí ele teria testemunhas.
Relaxei já bolando uma maneira de não ser morta na saída, quando ouvi sua voz:
-Olá, acho que ainda não nos apresentamos.
Parecia que ia ter um enfarte, tentei fingir que estava dormindo mas não deu muito certo porque comecei a tremer,droga será que ele me matar ali??
Levantei o olhos e o encarei em desafio, não iria morrer implorando se era o que ele pensava.
-Meu nome é Diego não tive...
-Eu já sei.
Ele ergueu uma das sombrancelhas o que me irritou mais ainda pois o deixava mais sexy. Fiz uma careta de desagradado.
-Claro,mas eu não sei o seu.
Suas palavras me surpreenderam trazendo raiva junto então ele queria saber o nome da vitima primeiro?
-Candy.
-Hum. Belo nome._disse e se afastou. - Nos vemos por ai Candy.Depois de minutos soltei a respiração que nem tinha percebido que estava
segurando, ele estava brincando comigo de gato e rato, só poderia ser isso. as últimas aulas foram um tormento, meus olhos me desobedeciam escorregando em sua direção, pegando os detalhes dos olhos verde acinzentados, a boca cheia em formato perfeito, e os cabelos castanhos rebeldes que somente o tornavam mais perfeito.
Ficar por último não tinha sido a melhor idéia que tive, decidi então sair colada com minhas amigas não dando chance pra ele me atacar. Nunca tinha me escondido atrás de pessoas mais fracas,mas estava apavorada.
-Ele é perfeito, tipo... que cara é aquele???_ falou Elaine
Um assassino frio,pensei mas fiquei em silêncio. Fiz apenas uma careta e continue a andar olhando em todas as direções pra ver se não estava sendo seguida.
Atravessamos a rua entre a pracinha e um parquinho, onde crianças brincavam despreocupadas.
-Porque está com essa cara?
-Que cara?
-Cara de quem viu um fantasma e esta tentando fugir dele...
-Não estou com cara nenhuma,você esta imaginando.
-Hum, você não disse uma palavra sobre o novato gatinho.
-Não achei bonito só isso....
-Ta brincando neh??? Se ele não é bonito eu não sei o que beleza!!!
-Ok, vamos mudar de assunto?
Elaine me conhecia bem,era minha única amiga,que confiava mas no o bastante para contar a verdade sobre o que eu realmente era.
Ela percebeu que eu não queria falar sobre o novato e que algo nele me assustava, mas ela não deixaria o assunto quieto por muito tempo