Capítulo 33 - penúltimo capítulo

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Seis meses depois

E

u não sei dizer por quanto tempo a seguramos nos braços

Alissa sugeriu que seu nome fosse Angel, nosso pequeno anjo

Uma garotinha, pelo que pareceram ser segundos eu pude segura-lá em meus braços e sentir o seu coração bater

Eu queria ter tido a chance de fazer mais, mas, tudo foi tão rápido

- quer ajuda?- perguntei a Alissa que estava sentada apoiada na porta do carro abraçando suas pernas, eu sabia que ela está a mal

Pior que dá primeiro vez, dessa vez ela teve a filha tirada de seus braços e enterrada em um pequeno caixão

Ela não tentava mais manter a pose de forte, não a julgo por isso

Ela não me respondeu, nem ao mesmo se mexeu

Desci do carro e senti o olhar de algumas pessoas da vizinhança sobre mim, curiosos sobre como estávamos ou apenas querendo ter o que comentar por aí

Eu já no meu importo

Abri a porta do passageiro e Alissa quase caiu para fora, cairia se eu não a segurasse na verdade

Eu preciso fazê-la comer

Não pensei duas vezes antes de pegá-la no colo, ela não questionou, apenas colocou sua cabeça deitada sobre o meu ombro e ficou imóvel

A coloquei sentada na cama e pedi para que ela ficasse ali enquanto eu ia buscar sua mala no carro

Ela apenas deslizou pela cama se deixando e abraçou o meu travesseiro

- Oi neném do papai - falei enquanto passava por carambola no corredor, eles devem sentir falta de uma pessoa de verdade depois de passar as últimas três semanas na companhia do Vinícius

Pegue a mala e voltei para dentro rápido, antes que alguém parasse para falar comigo

- Alissa, por favor me ajuda - pedi me sentando ao lado dela - eu vou pedir comida, por favor toma um banho

ela não me respondeu, apenas voltou a chorar

- Liz - chamei sua atenção

- eu não consigo - ela disse com a voz trêmula - eu não sinto o meu corpo, eu não consigo me mexer

Eu não sabia o que dizer, apenas queria chorar junto com ela e dizer que nós vamos superar

Mas o que ia adiantar dizer que nós vamos superar? Eu nunca vou conseguir esquecer aquele rostinho e aqueles batimentos, parece uma música chiclete que fica martelando na minha cabeça

- eu posso te ajudar, por favor me deixe tentar - pedi e ela assentiu

A segurei pelos braços a ajudando a Sr sentar e lhe dei um beijo na testa

- desculpa - ela disse mais uma vez, isso é o que eu mais tenho ouvido sair da boca de Alissa nos últimos dias

- já disse que não tem porque se desculpar - eu respondi enquanto dávamos passos lentos até o banheiro

Ligue o chuveiro deixando a banheira encher enquanto a ajudava a tirar a roupa

A ajudei a entrar e a deixei de pé com a água quente caindo sobre o seu corpo

Sai por um minuto para pedir comida e quando voltei ela estava sentada na água encarando a água que caia

Fechei o chuveiro e levantei a barra da minha calça até a pantufa, me sentei na beirada do chuveiro e dei um banho nela enquanto ela continuava a olhar para um ponto fixo

Eu a deixei sentada na cama sozinha e voltei com um pote de sorvete de morango, o favorito dela

- eu não quero comer - ela disse afastando o pote - eu não mal consigo engolir minha própria saliva

Comi uma colherada e coloquei outra estendendo para ela

- por favor Alissa - pedi - por favor, só um pouco, por mim

Ela olhou para a colher e para mim alguns segundos e comeu um pouco do sorvete

- já é o suficiente?- perguntou

- para que você fique forte? Acho que não - tentei falar de uma maneira divertida, mas o meu humor também não está dos melhores

Ela comeu mais uma colherada do sorvete e começou a misturar o que sobrou enquanto olhava o antes consiste

- acha que uma hora vamos conseguir ter um filho? Que o problema realmente não é como nenhum de nós?- ela perguntou, abri a boca algumas vezes sem dizer nada antes de arriscar responder sua pergunta

- nos vamos ter muitas conquistas pela frente, Alissa - foi a única coisa que consegui dizer - nós vamos superar cada obstáculo e no momento certo vamos conseguir qualquer coisa

Se encostou em mim e eu a abracei de lado

- ainda vamos nos casar? - ela perguntou me deixando surpreso, eu mal tenho me aproximado para evitar que ela fique chateada

- depende, você ainda quer se casar comigo?- eu perguntei e juro que pude ver um sorriso que durou segundos em seu rosto

- com você eu quero tudo - ela disse e eu a beijei

- agora você pode por favor comer todo esse sorvete antes que a comida chegue?- perguntei e ela negou voltando a comer colheres quase vazias do sorvete


- agora você pode por favor comer todo esse sorvete antes que a comida chegue?- perguntei e ela negou voltando a comer colheres quase vazias do sorvete

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@RiNeryAli "nós"




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Superação - Reinier Jesus (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora