"Último paciente do dia enfermeira Aurora." A técnica de enfermagem me entrega a ficha. " Leito 2B, ele está acompanhando de um imbecil bastante arrogante, tome cuidado.'
"E lá vamos nós, muito obrigada pela dica Bárbara."Com passos rápidos e firmes sigo pelo corredor quase vazio do enorme hospital que a uma semana era minha segunda casa.
A equipe em que tive a sorte de está inserida era de longe a melhor de todos os blocos, cada um cuidava das suas obrigações e não tiveram problema algum em terem uma enfermeira novata como líder da equipe."Boa noite Cesar Diaz, sou a enfermeira Martins." Digo após bater na porta já aberta.
"Oi enfermeira." Era um adolescente que aparentava ter dezesseis anos no máximo. Estava com uma blusa amarrada no braço em uma tentativa inútil de cessar o sangue que insistia em sair do membro.
"Vejo que temos algum corte no seu braço direito. Sente febre?" Olho pra ele enquanto calço as luvas e o mesmo nega. "Sabe me dizer se esse pano estava limpo? É importante em momentos como esse o tecido estar limpos para não infeccionar o corte e surgir algum problema mais grave."
"Quem amarrou foi meu irmão doutora, me cortei em uma brincadeira chata dos amigos idiotas dele." Enquanto ele explicava retirei o tecido e constatei que o corte era em tamanho médio que precisaria de uma boa limpeza e uma pequena sutura.
"Brincadeiras que machucam alguém não são brincadeiras Cesar.""É mesmo doutora?" Escuto uma voz atrás de mim e um cheiro forte de café que se espalha rápido por todo quarto. Assustada viro minha cabeça em um movimento rápido e me deparo com um homem de sobrancelhas marcadas e sorriso cafajeste. Mesmo com o jaleco em corpo e o quarto gelado conseguia sentir toda minha pele arrepiada e um calor estranho.
"E você quem é?" Pergunto depois de longos segundos trazendo minha atenção novamente para o corte.
"O responsável por esse idiota chorão." Ele diz enquanto caminhava em direção a poltrona ao lado esquerdo da cama.
"Pelo estado do corte ele tem motivos para soltar algumas lágrimas."
O repreendo com um olhar depois da frase infeliz ser dita. O que não adianta nada, pois o sorriso cafajeste ainda era presente.
"Enfermeira Aurora..." Ele olha para o bordado do meu jaleco. "Você já sentiu a dor de levar um tiro?" Ele me olha enquanto levava o copo de café á boca. Eu conseguia agora sentir toda tensão que existia no quarto.
"Isso não é da sua conta." Consigo vê a frustração na sua cara e uma risada do cesar que logo acaba depois de uma olhada do irmão. "Tenho um paciente que precisa levar alguns pontos, tudo bem sobre isso cesar? Tem alguma dúvida sobre o procedimento?" Faço minha melhor cara de amigável e me afasto quando vejo Bárbara trazendo uma bandeija com os itens necessários para realizar o procedimento."Você teve algum problema lá dentro?" Bárbara me pergunta quando chego na enfermaria. Por alguns segundos lembro das cenas daquele homem me olhando enquanto limpava o ferimento e como foi quase impossível finalizar de tanto nervosismo.
"Foi tudo perfeito, era um corte médio nada tão difícil. O médico está lá agora."
"Então quer dizer que estamos livres!" Ela levanta comemorando. A animação foi tanta que dei risada.
"Acredito que sim."______________________________
JÁ DEU FAV E COMENTOU???????
Consegui entregar um só pra que a minha fama de autora que demora pra entregar nao cresça tanto. 🤫
Meu celular ta com a metade da tela fodida, entao foi a porra de uma missão terminar esse aqui. 🤬🤬
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LATINOS
FanfictionDividida entre o papel materno e sua profissão, será que Aurora terá espaço em sua vida para o líder da gangue Santos?