A poesia da alma

E eu sempre lembro

Eu sempre penso em como seria se eu estivesse naquela praça
sobre aquele céu, nós conhecemos muito bem esse céu... quando o sol está indo embora e todas as pessoas estão voltando para casa exaustas de um longo dia de trabalho e eu estou sentindo o vento gélido bater em meu rosto e em cada fio do meu cabelo, olhando dentro dos seus olhos como se conhecesse cada parte do teu corpo, como se cada vez mais os movimentos do seu rosto, que você faz mesmo sem perceber, tirassem peça por peça de roupa.
E quando não sobra mais nada eu sorrio levemente vermelha, mas claro que você não percebe, você não tira seus olhos da minha boca
talvez, só talvez, eu tenha me deixado levar e cada vez que eu chego mais perto de você meu coração dispara e eu sinto como se nós nos desejássemos tanto, como se fosse impossível apagar essa chama que queima todas as folhas do outono das nossas cabeças.