Wake up, sweetheart.

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" I wish that i could wake up with amnesia. "

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Abro os olhos lentamente , tentando os adaptar á luz que me enfrentava. 

Quando a minha visão consegue voltar ao normal, reparo que estou numa cama não muito confortável , num quarto branco e que tenho máquinas ao meu lado. Dirijo o olhar para os meus braços, vendo alguns fios ligados a mim, e vejo também uma mão com os dedos entrelaçados aos meus. Subo o olhar pelo braço da pessoa responsável dessa mão e vejo um corpo feminino, sentada na cadeira que provavelmente também não é confortável, a dormir. Analiso melhor essa pessoa, ela tinha o cabelo meio ondolado, de cor rosa claro, não tinha qualquer maquilhagem na sua cara, usava uma camisola simples e larga, umas calças de ganga com o fim dobrado e umas botas castanhas. É a Cathe. Ela mudou.

Observo melhor o quarto, e nesse momento um homem, usando uma bata branca, com uns papeis na mão, entra. Reparo que é um médico.

"Finalmente acordou." Eu estive a dormir? Por quanto tempo?

Sinto uma pequena dificuldade em falar, como se as palavras não quisessem sair da minha boca. "O que.. se passou..? Porque.. é que estou.. aqui..?"  Foi só o que eu consegui dizer.

"A menina sofreu de graves lesões no corpo e esteve 'em coma' durante uma semana."  Memórias de estar estendida no chão a sentir pontapés, murros e a ouvir risos no fundo passam pela minha mente. Foram eles. Foi ele. Ele bateu-me. Ele gozou-me. Ele e os seus amigos são a causa de eu estar no hospital.

"A sua sorte foi alguém ter chamado a ambulância a tempo, senão estaria pior de como está agora. Poderia até estar morta.

Depois de uns minutos longos a ouvir o médico sobre o que se tinha passado, como seria daqui para a frente, ele finalmente saiu do quarto para ir preparar algumas análises e a Cathe acorda.

"Dani? Já acordaste?" Ela rapidamente ajeita-se na cadeira e sinto-a a apertar a minha mão. Sorriu e tento a responder, sendo uma tentativa falhada. " O que se passa? Porque não consegues falar?" Isso também eu gostava de saber. " Provavelmente deve ser porque acabaste de acordar... talvez, não sei..." Sinto-a muito tensa e nervosa, não só pelo tom de voz como pelos apertos na mão. 

Ficamos uns minutos em silêncio até que ela diz algo que me fez pensar. "Desculpa..."  Desculpa pelo quê? "Sou uma péssima amiga... não estive ao teu lado quando precisaste." Vejo pequenas lágrimas a escorrerem pelas suas bochechas e de seguida a cabeça a baixar-se, enquanto tentava controlar-se. Não.. não, não és uma péssima amiga... " Não faz.. mal.. o que importa.. é que estás aqui.. agora.." A sensação de dor na garganta é um pouco forte, mas eu tenho que falar custe o que custar. "Não és.. uma péssima amiga.."

"Sim , sou... nada vai mudar esse pensamento. Eu posso estar aqui agora, mas não tive no momento em que podia evitar isto!" Cathe... "Sinto-me tão mal com isto. Não vou conseguir me perdoar, nem nunca o vou perdoar pelo que ele te fez. Ele vai pagar por isto."  Não faças nenhuma maluquice!

"Não.. faças nada.. que depois.. possas te arrepender."  Esta pequena frase calou-a. Por longo tempo só se ouvia a respiração irregular e o choro dela. Odeio vê-la assim. Aperto-lhe a mão, numa tentativa de a fazer sentir protegida e menos nervosa. Sinto a mão dela a relaxar, enquanto a sua respiração volta ao normal. Preciso de a abraçar. Mas não posso, não consigo. Sinto braços a rondarem o meu corpo, interrompendo os meus pensamentos. Ela estava a abraçar-me, parecia que ela tinha lido os meus pensamentos. Encosto a minha cabeça a dela, já que não consigo mover as minhas mãos ou os meus braços para abraça-la de volta.

"Adoro-te..."

"Também.. te adoro.."

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⏰ Última atualização: Nov 23, 2014 ⏰

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Dear love. (Louis Tomlinson fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora