Help me or fuck you

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~ola seus noia ~
Ariana estava no corredor dos dormitórios, algo me dizia que tinha merda no ar.
-O que aconteceu?
-Encontramos um aluno morto na floresta.
-Quem?
-Vá no meu escritório hoje.
-Ta, mas quem foi?
-No meu escritório às 8. Disse e saiu andando, dois guardiões se encontravam no dormitório 706 que julguei ser o de Rafael, pondo suas coisas dentro de malas e as tirando.
-Coitado.
Continuei meu caminho com Alfredo atrás de mim. Ele se mantinha pensativo e elegante que nem sempre, aposto.
-Frêdinho é o 902 ta?
Assentiu com a cabeça e continuou a me seguir. Eu cantarolava uma musiquinha qualquer pela tamanha felicidade que eu me encontrava. Fainne tinha conseguido, só não sei exatamente o que aconteceu à ele, mas se a pegarem, estaria totalmente sozinha contra suas ações. E ela sabia disso.
-Kat?
-Oi meu amor. Comprei tudo o que precisamos. Ah, esse é o Alfredo Flores, ou Frêdinho.
-Oi Flores.
-Obrigada. Sabe, por ter ido comigo naquele lugar e tals. -falei mais baixo.
-Tudo bem, não sei se você sabe mas a partir de hoje eu sou seu guardião temporário. Pelo menos até o final de semana. Bem, até mais.
Okay, Ariana estava me surpreendendo.
-Então senhorita Katie. O que aconteceu com o senhor Flores?
-Ué, nada meu amor. O que você fez nesse tempo todo?
-Fiquei aqui lendo e liguei para os meus pais e contei do acidente.
-Comprei biscoitos, achocolatado, chocolate e mais outras coisinhas. Ok? Eu vou ter que sair às 8 pra ir ver a diretora. Mas por enquanto - me levantei e fui até ela, deitando do seu lado e ponto meus braços ao redor dela- vou ficar aqui com você.
Ela se aconchegou mais no meu colo e pôs o rosto na curva do meu pescoço.
-Posso te perguntar uma coisa? -indagou aos sussurros
-O que você quiser.
-O que exatamente nós somos? Quer dizer, nós nos beijamos, você transou comigo e fica me chamando de amor a cada dez segundos, mas não houve uma conversa sobre isso, não houve um pedido de namoro ou algo do tipo.
-Hm, verdade. Bem, você gosta de mim?
Pensou por um instante, ela ficava linda quando pensava demais.
-Gosto. Eu na verdade não sei o que sinto por você. Mas eu sinto atração por você, eu gosto de estar com você. Gosto do fato de você me fazer sentir segura, da forma carinhosa que me trata e da safadeza na voz quando o clima ta mais quente e íntimo. Eu gosto de você. E você, gosta de mim?
Era para ser sincera? Eu amava aquela garota, pouco me importava se fazia só um mês que nos conhecemos. Ela me fazia feliz, eu sentia por ela um amor inexplicável. Nunca me senti assim por ninguém. Com as outras era só sexo.
-Se eu gosto de você? Não, eu não gosto -sua expressão mudou, lágrimas brotaram em seus olhos, ela começou a se levantar e tentar sair de perto de mim- ei, calma, deixa eu terminar
-Não, não. Se afasta de mim, por favor, eu falo tudo isso pra você, e você faz isso? Eu te...
-Eu te amo Lauren. Como eu nunca amei ninguém. Eu te amo pra caralho.
Viu, a otaria ficou com uma cara de taxo. Mas ja era hora de eu ir ver Ariana.
-Preciso ir meu amor, coma um chocolate com o suco de maracujá. Beijos.
Beijei o topo de sua cabeça.
Fui em direção à diretoria. Ariana foi o que eu chamo de melhor erro. Nós tivemos uma relação. Todo dia ela me encontrava na floresta, quando dava meia noite. No início era só para conversar, depois ela me beijou e nossa rotina mudou. Íamos lá para se beijar, ficar juntas já que no colégio não podíamos. Mas tudo mudou quando na noite de 18 de setembro nós fizemos sexo pela primeira vez. Foi deitadas na terra mesmo, pouco nos importávamos. Só queríamos nos amar nuas e sentir o corpo uma da outra colados como um único. Ela era ótima na "cama". Me fazia gozar umas duas ou três vezes em uma noite, fazia tudo com carinho, cada beijo, cada gesto era tudo feito com amor. Mas eu não sabia o que estava fazendo. Eu tinha só 14 e 15 anos. E ela tinha seus 18 anos. Não era diretora ainda, mas seu pai era o diretor. Se a pegasse transando comigo, iríamos nos encrencar. Ela me amava, e eu ainda estava descobrindo minha sexualidade. Quando o pai dela morreu, um ano depois, Ariana já podia tomar o controle do colégio, então eu resolvi terminar tudo o que tínhamos, a princípio ela pareceu sofrer, ficou muito abalada e não gostava de me ver em sua sala. Ela ainda me ama, mas não está tão abalada assim.
Cheguei em sua sala e bati
-Entre
Entrei e visualizei ela, estava preocupada.
-O que foi?
-Um aluno morreu na propriedade do colégio. Como vou explicar isso pros pais do menino?
-Diga que ele caiu do barranco e quebrou o pescoço. Simples, ja que os alunos vivem bêbados.
-O problema Kat é que ele foi encontrado decaptado. Seus membros estavam fora do corpo e eram marcas de corte. Não posso falar que foi um urso pois eles vão ver. Está entendendo a gravidade disso? Eles podem fechar o colégio.
Ta, eu não tinha pensado nisso. Como pude deixar esse detalhe escapar?
-Esconda o corpo, finja que não sabia desse assassinato.
-Não posso, já contatei os policiais. Só preciso ligar pros pais. Seria uma sorte se o corpo dele simplesmente sumisse. Ou talvez não.
-Tive uma idéia. Espere aqui,vou fazer uma ligação. E por favor, finja que nunca me viu envolvida nisso.
Sai da sala e peguei meu celular.
-Alô, Fainne? Vo precisar de mais uma ajudinha sua. Ou se não você estará encrencada.

Eyes of DesireOnde histórias criam vida. Descubra agora