Com amor, sua nerd || Noart

•Embaçada

Voltei pra casa.Uma coisa que eu não queria era aguentar heyoon e Noah brigando a todo instante como crianças.Então quando eles estavam distraídos,consegui sair da festa e agora eu estava sentada na minha cama lendo um livro.Uma opção mais plausível para uma pessoa como eu,cá entre nós.Acho que o mundo dos livros é um caminho sem volta
-Sina,seu pai está te chamando.-Trina,a cozinheira apareceu na porta entristecida.Eu estranhei porque Alie não havia vindo me ver,porque ela sempre tem a mania de me escutar falando sobre meus livros.digamos que ela é minha mãe
-Onde está Alie?-falei,colocando o livro de lado e levantando da cama até a mesma.Ela analisou minha expressão e parecia receiosa em falar algo comigo
-É justamente sobre isso que vai falar com você.-já fiquei preocupada e lancei um olhar estranho para a mesma.Então, Enquanto corria pelo corredor até o escritório do meu pai tentava também amarrar meus cabelos em um coque alto.Certamente fui mal educada com Trina por não ter respondido nada a ela,Mas eu estava tão desesperada que apenas abri abruptamente a porta do escritório do meu pai.Ele massageava as têmporas nervoso quando seus cotovelos estavam apoiados na sua enorme mesa que custou uma fortuna
-Sina,olha o barulho.-ele resmungou por eu ter fechado a porta com força, fazendo um barulho estridente para os nossos ouvidos
-Cadê a alie?-falei em pé, já nervosa quase a ponto de roer minhas unhas.
-Filha,a Alie..-ele me olhou e fechou os olhos
Eu não estava acreditando, não poderia ser o que a minha cabeça estava dizendo que seria
-A Alie sofreu um acidente e faleceu.Ela tinha acabado o turno,e..-ele falou,e as lágrimas já brotavam no meu olho.Eu estava sem fala,precisava de um copo de água. Minha garganta estava seca,e as lágrimas deixavam a minha vista cinzenta
-Eu tô cansada!-falei batendo o pé no chão como uma criança birrenta impedindo meu pai de continuar a falar algo -Porque todo mundo que eu amo vai embora?-berrei brava, enquanto chorava como nunca fazendo barulho. Meu pai levantou da cadeira dele e me encarou surpreso e confuso
Eu estava desesperada, como se não tivesse caído a ficha.Como se fosse um filme e tudo estivesse em câmera lenta,enquanto as desgraças da minha vida são repetitivas
-Filha,calma.-meu pai falou massageando meu ombro
-Calma?-chorei mais ainda,tentando limpar as lágrimas mas falhando inutilmente -Ela era a única que se importava comigo!-minha vista estava embaçando mais um pouco, e meus olhos se fecharam
Eu estava presa em um transe,que não poderia ser real
Isso tudo foi muito rápido
antes de eu apagar e cair no chão