Caminhando pelo corredor principal, saio do grande prédio cinza do governo no meio do saara,, pronta para cantar.
- Vamos em frente.
Diz o capitão a meu lado.
Estou acompanhada do capitão e de seu braço direito, sempre esqueço o nome deles, mas também, isso nem importa.
Cerca de dez minutos caminhando, os avisto a frente.
- Pode começar.
Ao ouvir isso do capitão, eu me sento confortavelmente no chão de areia fofa, de pernas cruzadas, coloco meu headphone, e Clico no botão do mesmo, a música começa.
Pico os olhos lentamente e começo a cantar o que escuto, logo sinto meu peito esquentar, e no ápice da música eu aumento o tom de voz, praticamente gritando, fazendo cara de brava e revoltada, sinto raiva, ódio, cheiro de sangue, dessa forma, cerca de 100 soldados inimigos a nossa frente caem mortos no chão de areia, simplesmente caem e dormem, para sempre.
Os soldados de trás dos mortos espantados continuam a correr em minha direção, são inimigos fortes e destemidos, dou outro "grito" e mais uma porcentagem cai morta.
De início pareciam ser 700 soldados, mas provavelmente fiz a conta errada, ou matei mais que pensava, pois só restam 100 ao meio da música.
- Não mate o capitão.
Grita o meu capitão a meu lado.
Não respondo, eu sei o que devo fazer, não entendo porque acham que é preciso me lembrar disso.
O ápice da música chega de novo, e só resta um homem, de olhos arregalados para mim, claramente com medo, ele da meia volta e tenta correr ao tropeços.
Ao fim da música, o imagino sendo puxado pelo ar até nós, e é o que acontece. Ele cai de bruços ao pé do meu capitão.
Faço uma cara de nojo ao ver ele vomitando.
- Bom trabalho.
Meu capitão diz logo antes de sair arrastando o cara do vômito até a base.
*Poxa! Nem me esperam!*
Me levanto emburrada.
Ao ter uma ideia, dou um sorriso malicioso e me jogo no ar, cantando uma canção de ninar, sou impulsionada e praticamente jogada na entrada do prédio cinza, minha aterrissagem foi um desastre, soube disso ao sentir que quebrei o nariz ao cair de cara no piso de concreto.
*Haha! Cheguei primeiro, comam poeira!*
Continuo a cantar a música de ninar, logo o sangue que saiu do meu nariz volta pra ele, e sei que ele está bem ao sentir um pequeno estralo, o osso voltou ao lugar e eu já posso ir pro quarto.Entro no prédio com um sorriso de orelha a orelha.
- MENINA! QUE ATERRISSAGEM FOI ESSA?!
Olho para dentro da primeira sala do corredor ao lado esquerdo.
- Josh!
Saio correndo feliz até ele, na intenção de abraça-lo. Josh abre os braços para mim e meus lacrimejam.
- Senti tanta a sua falta! -digo a Josh.
- Eu senti muito mais!- diz Josh em resposta.
Ao parar um pouco para pensar, deixei a emoção de lado.
- Josh...o que está fazendo aqui? - lhe pergunto, me afastando para olhar seu rosto.
Josh tem a mesma idade que eu, mas é bem mais bonito que eu. Tem cabelo castanho claro, talvez loiro escuro, enrolado, e bem cortado. Olhos castanhos, e uma pele de vampiro, tão branco que chega a ser rosa.
Ele da um sorriso enorme.
- Me convocaram para treinar com você, para te ajudar e fazer companhia.
- Afinal, ele está ligado a você.- o capitão diz aí entrar na sala de braços cruzados.
Ajeito minha postura e fico séria.
- Pode ser perigoso para ele.
- Discutiremos tudo sobre na minha sala, agora, me acompanhem. - diz o capitão.
Josh e eu nós olhamos, eu sorrio para ele, tentando quebrar esse clima e fazer ele se sentir confortável.
Caminho na frente, Josh me segue.
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Aurora
RomanceA vida de Aurora Estevam Lessa é como de qualquer outra adolescente de 16, ou pelo menos é o que ela pensava.