Amor por contrato cap 26

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    Luana

   Minha mãe ficou me olhando acho que pensando se iria dizer sim, ou dizer um Não, não vou falar com você.

--Eu vou esperar a senhora lá dentro, ok?

   Vi seu semblante mudar de tristeza pra ódio, mas o ódio não era de mim, e o pior é que não sei pra quem era.

   Eu não esperei ela dizer, apenas entrei, vi a casa igual como sempre foi, e sorri, olhei para a TV, os sofás, olhei o chão, o tapete, a mesa de centro, e sorri mais ainda... mas então lembrei de Vanderson entrar com tudo naquela porta e um sentimento ruim me assolou, uma lagrima solitária desceu e imediatamente olhei para porta que agora estava consertada e outra lagrima desceu.

--A gente consertou...

  Era a voz de Nathália, mas com uma voz calma e chorosa como se estivesse chorando minutos antes.

  Eu soltei a minha mão de onde haviam consertado a porta e a olhei...

--Você não apareceu... Você não deu mais notícias.

--Eu sei...

Seus olhos encheram de água e vi a dor neles, vi seu semblante de tristeza e vi... Minha irmã estava sofrendo...

--Eu sei que a gente não tem e nem nunca teve uma boa convivência, mas eu sinto sua falta, a mamãe não fala comigo aqui, ela vive na rua procurando coisas do papai, e eu vivo aqui sózinha poeticamente.

  Eu larguei Minha bolsa em algum canto e fui abraça-la com tudo o que eu tinha.

--Eu sinto muito.

Ela chorou e começou a soluçar, senti meu vestido molhar com suas lágrimas e as limpei com meus dedos.

--Você pode ir me ver, quando quiser, pode conversar comigo.

--Meu pai não era uma boa pessoa não é?

  O que eu podia dizer?  Um..

   Ele tinha seus defeitos mas não era um homem mal. 

Eu estaria mentindo.


Ele era um homem normal..

Que insensível da minha parte.

--Depende do que é a palavra "bom" pra você.

--Terminou?

  Nos separamos quando ouvimos minha mãe entrando pela porta.

--Eu preciso falar com a senhora.

--Nathália, sobe pra cima por favor.

--Vou ficar aqui.

--Nathália não começa, sobe, Agora.

  Nathália subiu como um raio em disparada e minha mãe continuou olhando pra mim como se eu fosse uma intrusa.

--O que você quer?  Eu te falei pra não vir aqui, eu falei pra não me procurar. Você sabe? O que eu estava fazendo ali fora?

--Não..

--Não, não...

  Ela andou e esfregando a mão no rosto ela disse.

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