Amor requer esforço.

51 6 2
                                    

Na primeira aula, não consegui me concentrar, nunca fui um aluno exemplar, daqueles que chega toda manhã dando maçãs e abraços nos professores.

O sinal tocou, o badalar do sino indicava a troca de salas, minha próxima aula seria física, junto a Carlos.

Sentei-me ao seu lado, e esperei que o nosso professor começasse a anotar, logo, ele estava perdido em seus próprios pensamentos sobre Albert Einstein e outros físicos, olhei para Carlos.

- Você viu algum garoto ruivo pelo Colégio hoje? - questionei, de forma curta e direta.

- Como assim? Alguém ruivo? - ele repetiu minha pergunta, confuso. As vezes, a lerdeza de Carlos me incomodava, mas eu estava acostumado com aquilo.

- Sim, apenas responda, cara. - insisti, ele virou sua cabeça para cima, colocando uma mão no pescoço, parecia analisar a pergunta e pensar na resposta.

- Não me lembro de ter visto ninguém ruivo hoje. - respondeu Carlos. - Por que? - acrescentou.

- Por nada. - respondi à ele, desapontado, ele me encarou por alguns segundos.

- Está mentindo, o que houve? - perguntou Carlos, outra coisa que me irritava nele era o fato de que ele me conhecera muito bem, sabia quando estava incomodado, e olha que eu sempre fui bom de mentir, não que isto seja algo bom.

- Eu lhe explico depois. - sussurrei, ao ver que o professor me encarava, logo, ele volta aos seus delírios sobre física.

O intervalo finalmente chegara, eu e Carlos conseguimos, por sorte, uma mesa no refeitório, e não tivemos que brigar por ela, se tivéssemos, com certeza estaríamos mortos, Carlos falava sobre seu sonho de virar um grande, profissional e renomado j...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O intervalo finalmente chegara, eu e Carlos conseguimos, por sorte, uma mesa no refeitório, e não tivemos que brigar por ela, se tivéssemos, com certeza estaríamos mortos, Carlos falava sobre seu sonho de virar um grande, profissional e renomado jogador de basquete, eu apenas concordava com cada frase que saía da boca dele, estava muito ocupado para prestar atenção.

- Me diga o que há de errado. - insistiu Carlos, com um olhar pidão, daquele tipo que faz você se derreter todo, suspirei, pensando "por onde posso começar?".

Expliquei tudo para ele, desde minhas vagas lembranças de infância, meus sonhos, e o que acontecera no colégio.

- Espera, deixa eu ver se eu entendi. Você conheceu um garoto, que era sua "alma gêmea", mas não lembra o nome, rosto e nem voz dele, apenas de seus cabelos ruivos.. - Carlos falou, assenti com a cabeça.

- Daí você começou a ter sonhos com ele.. - Carlos continuou - E hoje de manhã, você viu um cara de cabelos ruivos na escola, e só por causa disso você acha que ele é o cara? - Carlos questionou, incrédulo, concordei de cabeça baixa.

Mudanças Acontecem.Onde histórias criam vida. Descubra agora