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E se eu tivesse um amante?
Te fizesse chorar?
As regras mudariam ou ainda seriam as mesmas?
E se eu brincasse contigo como se fosse um brinquedo?
Às vezes eu queria poder agir como um garoto

E se eu tivesse um amante?Te fizesse chorar?As regras mudariam ou ainda seriam as mesmas?E se eu brincasse contigo como se fosse um brinquedo?Às vezes eu queria poder agir como um garoto

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STEFAN

Não que eu fosse esnobe, pois não era, mas seria hipocrisia da minha parte dizer que não gostava da minha vida e nem das extravagancias que o dinheiro podia me proporcionar. Fato é que, ter dinheiro a minha disposição, fez com que eu chegasse em Paris o mais rápido possível, sem filas ou dor de cabeça com empresas áreas. E todo o dinheiro também me proporcionou estar sentado no restaurante do Hotel de Crillon esperando a Elis. A nossa situação era tão grave que Elia não me deixou subir até o seu quarto e o fato de Elis estar em Paris e não estar com os seus pais era mais estranho ainda. Conferi o relógio pela quarta vez e respirei aliviado ao vê-la caminhando na minha direção, linda como sempre. Cabelos soltos, um vestido preto colado ao corpo, com renda na parte de cima e sandálias. Mais o quem e pegou foi o seu olhar nada amistoso.

— Oi — fiquei de pé para cumprimenta-la, mas Elis evitou contato comigo puxando a cadeira e se sentando, na minha frente. De pé sem reação, esperei ela colocar o guardanapo sobre o colo. Esperei, mas ela evitou o meu olhar e não me restou muito a não ser sentar.

— Por favor — Elis chamou o garçom com um sorriso gentil e o rapaz se aproximou rapidamente. — Um Dry Martini, por favor — pediu.

Aquilo também era uma surpresa, Elis não tinha o costume de beber. Uma vez ou outra consumia uma cerveja, mas era muito raro. Ela finalmente me encarou e seu olhar me desafiava a falar.

— Como você está? — perguntei.

— Eu estou ótima. — Ela sorriu, mas era algo frio, sem vontade e verdade. — Vi meu noivo, futuro marido beijar outra mulher, mas estou incrivelmente bem.

Respirei fundo e fechei os olhos derrotado, Kellan estava certo sobre Elis ter visto tudo.

— Sinto muito — resmunguei.

Ela sorriu.

— Você não vai nem mesmo negar?

— Você sabe que não sou assim, Elis, não mentiria para você.

— Não? Mas pretendia mentir sobre o beijo, não é?

— Não — falei com segurança. — Mais cedo ou mais tarde contaria.

— Quando nos casássemos?

— Não, muito antes, já estava louco guardando esse segredo.

— Você só ficou louco, pois mudei com você. Me fala a verdade, se eu não descobrisse, você contaria?

Não.

Elis estava certa, eu não contaria pois sabia que seria o nosso fim e de certa forma não estava pronto para esse fim e muito menos disposto a perde-la, não quando casar com Elis foi o que sempre quis e planejei que acontecesse.

DIGA QUE SOU SEU  | Trilogia Irmãos Black | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora