At the police station

1 0 0
                                    


-Eu: Babi, vc quer contar? -Eu perguntei olhando para ela e minha mãe já estava sentada-

-Babi: Eu não posso eu jurei... Por favor Dê, deixa assim.

-Eu: Deixar assim?! Babi, vc só pode estar louca. Eu conto então...

-Babi: Mas... -A interrompi-

-Eu: Nada de mas, eu vou contar e ponto final -Disse me virando para minha mãe- Mãe, vc se lembra do Marcos o namorado da Babi, que veio aqui uma vez? -Ela assentiu- Então, ele está machucando a Babi.

-Lúcia: De que forma?

-Eu: Tanto fisicamente quanto emocionalmente -Babi estava chorando,  Nat se levantou e foi buscar alguma coisa na cozinha- Ele tá espancando, estuprando e a xingando -Disse limpando uma lágrima-

-Lúcia: Isso é verdade Bárbara? -Ela não disse nada, apenas abaixou a cabeça- E sua tia sabe? -Ela negou- Porque? -Babi não quis falar- Porque Denise?

-Eu: Segundo ela, é porque a tia vive trabalhando o tempo todo.. 

Minha mãe estava em choque, assim como eu. Ela saiu da sala foi para o corredor e em alguns minutos voltou com a bolsa. 

-Babi: Aonde nós vamos, tia? -Disse ainda lacrimejando-

-Lúcia: Na delegacia -Ela a olhou assustada-

-Babi: Mas eu não posso... -Minha mãe a interrompeu e se agachou-

-Lúcia: Babi, o que ele está fazendo, é muito grave e a sua segurança é mais importante do que um juramento, e além do mais ele pode fazer com outras garotas e até te perseguir. -Ela disse olhando em seus olhos- Me deixa ver as marcas? -Ela assentiu e as mostrou-

Como nós ainda não tínhamos visto ficamos ainda mais chocadas, estava uma marca roxa no meio das costas, nas coxas e nos braços.

-Lúcia: Bom, então vamos primeiro na delegacia e depois no hospital, tudo bem querida? -Ela assentiu e minha mãe a abraçou- 

-Nat: Eu posso ficar aqui? Não sou fã de hospitais e muito menos de delegacias....

-Lúcia: Claro -Sorriu-

Elas abraçaram a Babi e nós entramos no carro, o caminho inteiro, ficamos em silêncio e ela estava deitada em meu colo e eu ficava acariciando seu cabelo até que chegamos na delegacia.

-Lúcia; Vamos? -Perguntou desligando o carro-

-Eu: Sim

Entramos e ela estava segurando minha mão com força e sussurrou.

-Babi: Eu to com medo....

-Eu: Babi, calma, meu amor vai ficar tudo bem -Sorri e a abracei-

-Lúcia: Boa noite, eu gostaria de falar com o delegado...

-Recepcionista: Ele está em atendimento no momento, mas ele já vai terminar. Se vcs quiserem esperar -Disse sorrindo-

-Lúcia: Claro -Retribuiu o sorriso- Vamos sentar ali meninas -Apontou para um banco de três lugares-

Sentamos e Babi estava quase arrancando minha mão, minha mãe percebeu e disse.

-Lúcia: Calma Babi, não precisa ter medo o delegado só vai perguntar o que aconteceu, nada mais... -Falou e a abraçou-

-Recepcionista: Aqui um copo com água e açúcar para você -Disse entregando o copo para Babi- Não se preocupe eu não sei o que houve, mas tenho certeza que vai ficar tudo bem -Sorriu e a abraçou-

Ela voltou para o seu lugar e logo nos chamou. Entramos na sala e o delegado estava tomando café.

-Delegado: Boa noite -Sorriu- Em que posso ajudar?

-Lúcia: Boa noite -Retribuiu o sorriso- Nós temos uma denúncia a fazer.

-Delegado: Que tipo de denúncia?

-Lúcia: Agressão física, verbal e estupro.

-Delegado: A vítima?

-Lúcia: Ela -Apontou para Babi- Bárbara Marie Chanel

-Delegado: Pode me contar o que aconteceu senhorita? -Perguntou a Babi mas ela não respondeu apenas ficou olhando para ele-

-Eu: Posso falar por ela? -Ele assentiu- O nome dele é Marcos Alexander Silva, ele tem 18 anos e mora aqui em São Paulo.

-Delegado: Tudo bem, e o que ele fez?

-Eu: Ele a machucou tanto fisicamente quanto verbalmente e a estuprou.

-Delegado: Senhorita, posso ver as marcas? -Ela assentiu e levantou a blusa e mostrou as pernas e braços- Obrigado. E a quanto tempo ele pratica isso?

-Eu: A dois anos.

-Delegado: E a senhora é a responsável dela? -Perguntou se dirigindo a minha mãe-

-Lúcia: Não, sou uma amiga da família

-Delegado: Ok, e os responsáveis?

-Eu: Como eles moram em outro país por conta do trabalho eles a deixaram com a tia. Só que trabalha muito.

-Delegado: Certo, mas eu preciso dos responsáveis legais dela. 

-Lúcia: Entendo, ligarei para ela. -Disse e saiu da sala- 

-Delegado: Enquanto isso, vc poderia descrever o acusado?

-Eu: Ele tem cabelos pretos, curtos, olhos castanhos escuros, cor da pele é clara, e é alto.

-Delegado: Desse jeito? -Perguntou para Babi-

-Babi: Sim

-Lúcia: Bom, ela quer falar com o senhor. -Disse passando o telefone para o delegado- 

-Delegado: Ela autorizou a senhora assinar o boletim como responsável da senhorita Chanel. -Disse entregando o celular para minha mãe- Vejo aqui que ele já tem uma ficha criminal. Ele está em casa agora?

-Babi: Acho que sim.

-Delegado: Eu preciso de homens aqui por favor -Ele gritou da porta- Preciso que as senhoritas assinem o boletim -Disse entregando os papéis para minha mãe-

-Lúcia: Claro! -Disse assinando os mesmos-

Logo Babi também assinou e devolveu para o delegado, minutos se passaram e eles entraram.

-Delegado: Muito bem vamos prendê-lo.

Fomos em dois carros. Em um, o delegado, um policial e nós; No outro cinco policiais. Quando chegamos ela tocou a campainha, e ele atendeu (ela estava usando um câmera na bolsa e um microfone e um ponto nos ouvidos.)

-Marcos: O que faz aqui? -Peguntou grosseiramente- Você gosta quando a gente faz amor né?! -Disse acariciando o rosto dela- Vem -Gritou-

A puxou pelos braços e entrou. Ele a jogou na cama e começou a tirar as roupas, e a beijar a força, ela tentava sair mas ele era mais forte. Os policiais estavam em volta da casa e posicionados, ele ia começar a penetrar quando o delegado deu o sinal e eles invadiram.

-Delegado: Policiais prendam - o!!! -Gritou-

-Marcos: O que é isso? -Disse colocando a cueca- Não podem me prender. Vocês não tem
provas!!!

-Delegado: Temos tanto provas quanto testemunhas. Eu mesmo vi tudo.

-Marcos: Você.... -Disse cerrando os dentes para Babi- Quando eu sair eu vou te matar sua v**** Espera para ver

-Delegado: Coloquem na viatura -Disse- Acho que vc poderá ficar em paz agora -Sorriu e abraçou Babi-

-Babi: Muito obrigada -Sorriu-

-Eu: Obrigada. -Sorri-

-Lúcia: Muito obrigada -Sorriu-

-Delegado: Magina, eu só faço meu trabalho -Sorriu- Eu que agradeço por me ajudarem a colocar mais um bandido na cadeia, até mais.

-Nós: Até

-Babi: Obrigada gente -Finalmente sorriu-

-Lúcia: Por nada minha flor -Sorriu e a abraçou-

-Eu: Não precisa agradecer -Sorri e a abracei-

-Lúcia: Vamos ao hospital?

-Babi: Precisamos ir mesmo? -Perguntou manhosa-

-Eu: Mas é óbvio que sim, precisamos ver se isso não é tão grave quanto pensamos...

-Babi: Tudo bem

-Lúcia: Vamos?

-Nós: Claro -Já se passava da 00:00-

Entramos no carro, mas dessa vez foi mais tranquilo, mais risadas, mais sorrisos.

-Lúcia: Meninas animadas por amanhã/hoje?

-Eu: Animada? Eu to surtando!!!! -Rimos-

-Babi: Animada é pouco -Sorriu-

-Eu: Mãe, nós vamos ficar na casa em Los Angeles ok?

-Lúcia: Ok, a chave está no armário depois eu te dou. Vc sabe onde fica?

-Eu: Sim, na Av. 14, 1000 né?!

-Lúcia: Isso, pronto meninas, chegamos.

Depois ela foi atendida o doutor disse que era só passar uma pomada que iria melhorar, voltamos para casa e dormimos.  

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 07, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

You're Not AloneOnde histórias criam vida. Descubra agora