Amor intenso

CAPÍTULO 2

Me levanto parecendo uma morta, ou zumbi mas real me olhei no espelho, me assustei comigo mesma, tô parecendo um zumbi mesmo caralho.

Vou tomar um banho pra ver se fica melhor, por que pelo amor de Deus.

Tomo meu banho, escovo os dentes e saio do banheiro, me olho no espelho e parece que piorou, só fiquei mais branca e com olheiras enormes.

- Mas que porra, eu não faço nada, dormi cedo ontem e essa bosta dessa cara tá pior a cada dia, vou me candidatar pra um comercial de zumbi não é possível - resmunguei sem parar, até ouvir uma tosse falsa.

- E aí, falando sozinha de novo? Da próxima vou te levar pra um hospício, maluca - diz rindo.

- IGOOOOR - pulo nele igual uma louca - senti sua falta.

Ele ri - Também senti sua falta baixinha, mas qual foi? Vai ficar me abraçando de toalha mesmo?

Eu olhei pra mim, olhei pra ele, mas que droga por acaso eu tô ficando louca mesmo?

- Me desculpa, esqueci que tava de toalha, só fiquei feliz quando te vi, você nunca mais apareceu.

- Não seja exagerada, fui em uma viagem de negócios fiquei só uma semana fora, mas sei que você não vive sem mim - disse e sentou na minha cama.

- Não seja convencido, só disse que senti sua falta pra não te magoar - disse com cara de provocativa.

- Ah é? Fala de novo sua palhaça - disse olhando pra mim.

- Digo ué, eu só disse que senti sua falta pra... - antes de eu terminar, ele veio correndo até mim e me fez cócegas - para, para Igor, aaaaaaaaa

- Fala que sentiu minha falta de verdade, anda toco de gente.

- Tá bom, tá bom, eu... Senti muito, muito a sua... Falta, paraaa - ele olhou pra mim e parou rindo, eu já tava chorando.

- Eu sei, eu sei, sou maravilhoso e faço falta - ele disse e sentou na cama de novo.

- Também eu fui obrigada, você não sabe, cosquinha pode matar, quer me matar?

- É claro que não, eu pararia se você não dissesse sua besta - ele diz sério - não sou tão idiota, se quisesse te matar, não mataria de rir- ele ri

- Credo Igor, isso é coisa que se diga? - digo pegando uma roupa.

- Que fama eu ficaria sendo um serial killer que mata de rir? - ele diz rindo

- De idiota, agora sai que eu vou botar uma roupa - olhei pra ele e ele tava deitado - vai Igor, antes que sua mãe me mate e se teu irmão te ver dentro do quarto e eu de toalha não vai gostar.

- Eu quero mais que ele se foda - digamos que Igor e Ryan não tem uma relação muito boa - Ele ainda tá te tratando mal?

- Não fala assim, ele tá melhorando - minto - vai vamos, deixa eu me trocar.

- Tá bom, se você diz, qualquer coisa me fala - disse me dando um beijo na testa- vou tá lá embaixo.

Eu me troquei, e desci já tava todo mundo comendo, ih acho que demorei Igor também me atrasou, agora vou escutar várias coisas que droga.

- Demorou Lizandra, pensei que tinha descido ralo a baixo - dona Lurdes disse - senta aí pra comer.

Olhei pra Ryan, ele olhou pra mim e balançou em sinal de negação.

- Oi gente, bom dia - falei e sentei

- Bom dia Smurfette - Igor disse rindo - como dormiu? Suponho que mal, tá com uma cara.

- Haha como você é engraçado - fingi uma risada e sussurrei pra ele - palhaço.

Ele riu então Ryan falou - Vocês dois, parem - falou como se tivesse bravo.

Igor olhou sério pra ele, eu fiquei quieta.

- Qual o problema meu querido irmão? - Igor disse querendo provocar - Não posso nem falar com minha cunhada mais?

- Sem gracinha Igor, sabe que odeio gracinha, a namorada é minha e você sabe disso.

- Oh sei sim, cuidado com seu jeito ogro vai acabar ficando sem - disse rindo - não sei como ainda tem.

- O que você quer dizer com isso seu babaca? - bateu na mesa e gritou.

- Parem os dois - dona Lurdes se pronunciou, eles se calaram

Ryan olhou pra mim com raiva e ficou calado. Comemos calados depois eu lavei os pratos, quando tava enxugando Igor veio e ficou sentado olhando pra mim.

- Vem, vou guardar pra você - disse rindo

- Não precisa Igor eu guardo, já tô terminando de secar.

- Precisa sim ué, eu comi também, você não é empregada nessa casa - eu revirei os olhos - ei não revira os olhos pra mim palhaça - disse e riu.

- Tá bom, guarda, quando eu terminar te ajudo a guardar - ele assentiu.

Terminei de enxugar e ajudei ele, fui guardar uma taça, só que tava alto o lugar que as taças deveriam ser guardadas, me estiquei toda fiquei na ponta do pé mas não consegui, só ouvi a risada.

- Que foi idiota? Tá rindo de que?

- De você, tentando ser grande aí - diz se acabando de rir - sabe que não tem tamanho.

- Hahaha para de graça e vem logo botar pra mim - digo e ele vem - engraçadinho.

- Aí oh, botei sem dificuldade.

- Também um poste, você dá dois de mim - digo e fico com cara feia.

- Quem manda não ter crescido, Pixie. - ele me chama disso várias vezes, sabe que odeio.

- Não me chama de pixie, poste de alta tenção.

Ele ri - Amo te irritar pixie, mas agora preciso ir na empresa.

- Ah não, pensei que ia ficar o dia em casa depois de tanto tempo sem vir.

- Não preciso trabalhar - diz e reviro os olhos- Aliás chego cedo, quero falar com você, beijo.

Ele sai e eu vou fazer minhas coisas né, preciso ir pra faculdade de noite.