Será que terminou com as sacolas ou o planeta está salvo?
Uma medida que evolui, uma humanidade desesperada para o fato de que grandes descobertas de outrora, na verdade, são um problema, por vezes, enormes. Cito como exemplo de petróleo, que já foi considerado uma solução, uma revolução e já sabe, há muito tempo, que os combustíveis fósseis são muito nocivos no meio ambiente. Pois bem. A bola da vez são como sacolas plásticas. Considerada uma revolução no passado recente, hoje os ambientalistas como condenados com veemência, alegando que os demoram muito para se decompor e que seriamente seriamente nocivos para o planeta. Os governos estão sediando às pressões dos ecologistas e alguns já tentam mover para substituir ou controlar o uso das sacolas. Será que realmente são tão vilãs assim?Será que são responsáveis por tantos homens? Vamos analisar alguns fatores.
Primeiro, o problema declarado. Você sabe quanto tempo as sacolas plásticas demoram para sumir no ambiente? De 30 a 40 anos, segundo o site lixo.com.br, que usa informações da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro). Ora, será que isso é muito tempo? Veja alguns outros exemplos para comparação: Fraudes descartáveis - 600 anos (fonte: Unicef); Couro - 50 anos (fonte: Comlurb); Caixa de leite - 100 anos (fonte: SMA São Sebastião); Material plástico - 450 anos (fonte: Unicef); Vidro - 1 milhão de anos (fonte: Campanha Ziraldo); Borracha - tempo indeterminado (Campanha Ziraldo); Isopor - tempo indeterminado (fonte: Ambiente Brasil).
Então existem outros vendedores muito mais agressivos ao meio ambiente do que como pobres sacolinhas. Será que a solução voltará a usar fraudes de pano de fundo? E os potes de vidro de azeitonas, maioneses, picles, etc? E como bandejinhas de isopor que são amplamente utilizadas nos mercados de embalagens de carnes, queijo, presunto, bacalhau e outros produtos? E os descartáveis em geral sempre usam mais em festas e reuniões? E como garrafas plásticas (PET)?
Os ecologistas alegam que o problema está na quantidade de sacolas usada pela população. Lembrando que esses itens são fornecidos gratuitamente pelos mercados e usados pelas pessoas para colocar ou lixo nas residências. E se terminar como sacolinhas, como vamos jogar o nosso lixo para fora? Eu digo: seremos obrigados a comprar sacos de lixo e os mesmos são plásticos. Garanto. Não sei se você vai ajudar muito acabar com as sacolas, se o problema é esse.
Uma matéria do colega Priscilla Mazenotti, da Agência Brasil, publicada em 03/03/2012, dá uma dimensão do uso de sacolas no Brasil. Ela diz: "No Brasil, estima-se que o uso da sacola plástica seja 41 milhões por dia, 1,25 bilhão por mês e 15 bilhões por ano". Realmente é um volume muito grande. Se olharmos para os números mundiais, uma coisa fica ainda mais assustadora. Ela cita dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) que mostram que, no mundo, são distribuídos 500 bilhões de dólares a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano.
Vários países tomam medidas diferentes para reduzir o uso de sacolas. A maioria, cobrando alguns centavos por cada sacola plástica usada pelo consumidor, além de campanhas de conscientização. No Brasil, algumas campanhas foram iniciadas para diminuir o uso das sacolas. O Governo Estadual do Rio de Janeiro, através da Secretaria do Ambiente, por exemplo, aprovou uma lei sobre os mercados de grande e médio porte para oferecer um desconto de R $ 0,03 centavos a cada 5 produtos que o consumidor leve e não usar como sacolas plásticas. Note que o mercado continua a oferecer graça como sacolas, mas dá desconto a quem não usa.
Acredite que se os governos realmente quisessem mudar esse quadro seria muito mais agressivo nas medidas. Pense: se o objetivo é diminuir o uso de sacolas plásticas, então por que essas são de graça e como sacolas retornáveis custam tão caro? Seria muito mais eficiente uma estratégia que cobra pelas sacolas de plástico e fornece como retornáveis de graça, não é? Afirmo que não seria difícil. Uma ideia simples pode dar certo. Empresas de grande porte selecionam o banco ou o custo de fabricação de sacolas retornáveis em troca de propaganda estampada nas sacolas, que distribuem gratuitamente, usam uma propaganda excelente e de grande impacto.
Lembram dos números citados pelo colega Priscilla Mazenotti? 41 milhões por dia, 1,25 bilhão por mês e 15 bilhões por ano. O acordo ainda pode se estender para os mercados que podem dividir o custo com empresas e também comparar suas marcas comuns com empresas. Imaginam como essas imagens são vistas? Você acha que sairia caro? Sabe quanto custa 30 segundos de propaganda na televisão? Segundo o site mundodasdicas.com.br, em matéria de 02/02/2012, considerando "emissoras de televisão nacionais de maior audiência, como Globo, SBT, Record e Band, o custo de anunciar um comercial de 30 segundos, vale para" abrangência nacional, cerca de R $ 381 mil; abrangência estadual, R $ 148 mil em São Paulo e outros Estados costuma ser bem menor do que esse valor; e nível municipal, R $ 1.800. a R $ 6 mil ". Imaginem quanto gastam empresas de telefonia, de departamento, de bebidas, de bancos, etc. Não consegue dividir essa verba de publicidade com as sacolas? A visibilidade seria imensa. Falta vontade política de verdade ou falta de competência mesmo. Aliás, como sempre.
Não sei se terminar com como sacolinhas vai resolver o problema do meio ambiente, mas existem várias maneiras de terminar com elas. Mas tenho certeza de que o plástico, como sacolas ou sacos de lixo, vai continuar abrindo nosso lixo residencial. Ou não?
Então tá. Até a próxima.
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Sacolas plásticas são as maiores vilãs?
Non-FictionTexto escrito em fevereiro de 2013 sobre a polêmica do uso das sacolas plásticas. Os números usados foram alterados pelo tempo, mas a lógica continua a mesma.