Não havia dado nem 09:30 e eu e Lana estávamos na academia, dando uma última repassada no treino antes de finalmente ir embora. Eu não vou mentir, eu amo vir aqui, principalmente aos sábados, sendo os dias em que eu quase não faço nada, mas hoje realmente eu estava numa preguiça a ponto de acordar no próximo inverno, mas fazer o que, socar sacos de areia e pessoas são relaxantes hormonais para mim. Sem segunda opção.
Finalizamos em minutos, correndo para o banheiro afim de uma chuveirada forte. Depois de um longo treino, um bom banho.
Lana: Eu não sei por quê, mas hoje parece que pegamos mais pesado que nunca. - desliga o chuveiro, se enrolando na toalha.
Meghan: Jura? Porque eu achei até leve, o que me matou foi a minha preguiça. - digo terminando de me vestir, já que havia saído do banho antes dela.
Lana me olha incrédula, negando com a cabeça com apenas 6 segundos de delei. Para ela essa minha fácil prática no treino era de outro mundo, como se fosse mais fácil me acomodar nós livros e filmes igual ela faz, o que pra mim se tornou tediande diante toda a trajetória de vida que já tive, mas isso, deixamos para mais tarde.
Lana: Você é um robô, eu já te disse isso. - colocando o vestido, rindo.
Meghan: Apenas uma praticante a mais tempo que você. Já lhe disse que devia procurar mais uma atividade para te distrair. Aqueles filme de romance estão mexendo com seu psicológico. - digo ao que pegava minha bolsa, lhe esperando terminar.
Lana: não fala assim dos meus filmes e séries. Eu não tenho culpa de ter uma programação bem produtiva e não, jamais irei doar minha vida a mais atividades físicas. A louca da vida ativa aqui é você, não eu. - diz pegando sua mochila, saindo comigo do vestiário.
Ela era uma pessoa um tanto quanto irônica as vezes. Lana é uma das minhas únicas amigas desde que me mudei pra Califórnia, e a mais legal, posso adiar, mesmo que as vezes me estresse com tanta animação e positividade numa pessoa só. Tem vezes que chego a compará-la com aquelas animadores de programa infantil. Ela odeia quando cito, mas como eu amo irritar aquela ruiva sedentária, até parece que eu vou parar.
Meghan: vamos logo, preguiçosa. -dou risada ao que nos despedíamos da recepcionista, saindo da academia.
Atravessamos a faixa no que o sinal se dá por vermelho, sendo verde apenas para os pedestres. O nosso caminho sempre se ligava a uma ponte que nos ligava ao centro da cidade, onde pegávamos o ônibus até em casa quando tínhamos tal disposição, para já aproveitar uma caminhada até lá, ou então íamos de carro, o que não era o caso na maioria das vezes.
No início da ponte já era possível ouvir ruídos que juntos davam música, o que fazia Lana sorrir.
Lana: Eu não me canso de ouvir ele tocar
Meghan: Ele quem?
Lana: Quem? O violinista, Meghan. Por Deus!
Ah, eu sempre me esquecia da paixão platônica de Lana pelo músico da ponte. Todos os dias eles tocava ali. Violino abaixo do queixo e um chapéu de boca para cima ao chão, cheio de moedas. Ele era bem novo, mas não ao ponto de ter 18 anos, talvez uns 22, chutando alto.
Meghan: Você e seu amor secreto por esse músico. Não quer aproveitar e já pedir ele em namoro não?
Lana: - me dá um tapinha ao ombro. - Para, eu só aprecio o talento dele. Não tenho culpa se você tem ranço que alguém que nem conhece.
Meghan: primeiro: Ranço é algo que você pega sem conhecer a pessoa, não precisa nem falar um "A". Segundo: ele é muito estranho! Sinto que toda vez que eu passo por aqui ele fica me observando, e olha que nem faz 2 semanas que ele tá por aqui.
Lana: - Me olha surpresa.- Nossa, tá decorando até os dias que ele tá por aqui? Isso tem nome e é amor reprimido. - dá uma risada um tanto alta.
Meghan: -lhe olho séria- Quando você se sente observada, você conta os dias de modo automático.
Assim que me viro, vejo que a música estava mais alta, vendo então que estávamos praticamente do lado dele, que tocava algo parecido com Sweet Salvation. E ponto, peguei na mosca. Quando dou por mim, vejo ele me olhando de canto, logo disfarçando, sorrindo como se fosse um cumprimento para mim. De imediato, fecho a cara, me voltando para Lana, que aparentemente, queria rir de mim.
Meghan: Tá vendo?
Lana: seu amor? Tô
Lhe dou um tapinha, negando com a cabeça por, terminando de descer a ponte para entrar ao terminal. Se ele apenas me olhasse, tudo bem, eu não diria que fosse algo tão suspeito (mesmo sendo) mas não acho tanta coincidência ele tocar absolutamente todas as músicas que um dia já fizeram parte da minha pequena trajetória de vida, principalmente a do meu lado mais obscuro. Isso era difícil de engolir.
Obs: olá, espero que tenham gostado desse primeiro capítulo. Como uma leve introdução, ele abrirá caminhos uma história completamente aventurada em suspense e drama, da qual eu escrevi com muita emoção.
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Um ódio de passado
AdventureIndependente, forte e um tanto bruta são palavras que devem ser acrescentadas a Meghan. ao fim da sua adolescência, ela viveu a maior dor que um jovem poderia tem, a morte de seus pais. Junto aos seus irmãos, a garota se vingou de todos os causadore...