Capítulo I

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     O sol acabará de nascer na imponente cidade de seul, local vasto de uma beleza incondicional perante a tanta contrariedade que peneira a transparência do espaço e também, do país. Sehun caminhava por entre a calçada, discreto e silencioso, com seu boné cobrindo totalmente a visão periférica de quem o confrontava, em passos rápidos prosseguia seu destino atual, em busca daquele que lhe entregará a próxima missão. Passou em frente a uma cafeteria muito requisitada na qual no exato instante se encontrava praticamente vazia. Beirou os olhos em seu relógio de pulso, encostado na parede, observando não só o período como o seu arredor, deu alguns minutos e entrou no lugar, sentando-se em uma das cadeiras mais distantes do centro, solicitando uma xícara de café para acompanhar sua espera.

— Espero que tenham acertado a quantidade de açúcar — Ouviu a voz ir diretamente para ele, despertando sua curiosidade para erguer o olhar em direção a pessoa — Kim Lip, satisfação conhecê-lo — Disse sentando-se sem permissão. — Podemos acertar os negócios senhor oh? — ele assentiu e ela lhe entregou um envelope. — Aí estar o dossier do seu alvo, meu chefe pediu que caso não seja petulância dele para queimar qualquer laço que conecte você a ele assim que o trabalho for feito. — seus olhos sorriram mas sehun não, ele se manteve atento a qualquer mudança da respiração da moça — Esperamos também que você não solicite quaisquer mais informações a respeito, tudo que precisa saber poderá encontrar aí — apontou com uma única olhada.

— Se tudo estar aqui senhorita Kim, não tenho o porquê questionar ou perguntar — Pegou o dossier e guardou dentro do seu moletom, elevando a xícara até os lábios e cheirando antes de provar. Bebeu seu refresco e prosseguiu: — Qualquer vestígio será queimado assim que o trabalhado for concluído.

— Não precisa nos ligar para confirmar o seu serviço — seus olhos continuavam sorrindo. Qualquer um temeria a ela se tivesse no lugar dele, entretanto sehun já tinha lidado com pessoas piores que a mesma. — Saberemos se foi feito ou não — se pós de pé, pegando sua bolsa e suas luvas de mãos. — Adeus senhor Oh — Da mesma forma que iniciou a conversa, ele terminou: uma confirmação com a cabeça para selar os detalhes.

Após a saída dela, ele aguardou mais alguns instantes e deu seguimento ao conograma do dia. Voltou para seu apartamento provisório e arrumou sua mala, adentrando o banheiro e se despindo por inteiro. Tomou um banho de bucha como sempre fazia, retirava os resquícios do que já aconteceu e se vestiu, pondo uma calça jeans, jaqueta, sapato preto e uma camiseta de manga curta branca por baixo. Com as suas malas em mãos desceu até a recepção, fechando sua conta e pegando um táxi. Na chegada ao elevador jogou fora o telefone descartável que tinha. Evitava ficar com ítens que fossem uma futura dor de cabeça e adiantou para fazer seu check in. Com tudo certo, caminhou tranquilamente até o avião, ele tinha cuidado com tudo, principalmente com a fiscalização do país que era rígida e por isso mantinha seus contatos espalhados por todos os países que passaria.

Calmamente se sentou em sua cadeira dentro do avião, relaxando a viagem toda, mas ainda sim, mantendo uma lei de sobrevivência: Um olho fechado e o outro aberto caso tenha imprevistos no decorrer na viagem. Nas dezesseis horas e sete minutos de vôo se manteve quieto, mesmo com os barulhos que cercavam, não gostava de conversas com terceiros, não confiava em ninguém e por essas e outras as pessoas quase não o notava. Sua chegada a miami, local onde faria o serviço, não poderia chegar tão tranquilo como aconteceu, todos os procedimentos normais foram feitos detalhamente, sem pressa, sem nervosismo, passando direto pelos responsáveis da segurança de todos ali. Sehun acreditava que era um ceifador de vidas e ao mesmo tempo um liberador das mesmas. Seu intuito não era matar pessoas inocentes mas, unicamente, aniquilar aqueles que pregavam algum risco a sociedade, aos verdadeiros inocentes e tinha cautela em escolher seus trabalhos, ele estaria sujando suas mãos e se fosse para pagar o preço na sua pós morte teria o prazer e o orgulho de aguentar qualquer punição.

ᴅᴀɴɢᴇʀᴏᴜs ʟᴏᴠᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora