2. Estreitando laços

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A hora de dar tchau após deixar os meninos na escola foi com toda certeza o pior momento do meu dia

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A hora de dar tchau após deixar os meninos na escola foi com toda certeza o pior momento do meu dia.

Marcus ainda estava receoso quando visitamos seu novo colégio em Nova York, mas foi amor a primeira vista assim que entramos na área de esportes. Naquele momento ficou muito fácil convencê-lo de que ele um dia vai amar essa nova cidade.

Mas ver no rostinho do Noah sua insatisfação em não poder nos acompanhar porta a fora me fez achar por alguns minutos que eu sou o pior pai do mundo.

Nós fomos relutantes quanto colocar o bebê em uma creche antes do 1 ano de idade, mas as coisas em casa não estavam saindo como o planejado desde a chegada da mãe da Felícia.

As recorrentes idas a clínica de reabilitação que ela se encontra internada desde a última overdose tem nos tomado uma boa parte do dia e com isso Noah passou a sentir falta das companhias, principalmente porque Lucy já estava frequentando a creche no período da manhã então decidimos que ele também iniciaria nessa rotina.

A parte da tarde, enquanto eu estou trabalhando e Felícia está na faculdade, Alice e Denise cuidam das crianças. Foi a melhor coisa que nós decidimos fazer, unir as rotinas com Abbie e Greg criando quase que uma comunidade.

Os cachorros são amigos, as crianças são amigas e os pais são amigos. Todos juntos como uma grande família.

- Te vejo hoje à noite? - Felícia perguntou me dando um beijo antes de sair do carro.

- Não! - Respondi observando que ela tinha olheiras profundas, fruto de uma crise de choro da visita noturna que fizemos a sua mãe - Plantão de 36 horas, as coisas no hospital estão caóticas.

- Alice vai buscar os garotos? - Ela disse enquanto passava maquiagem para disfarçar a cara de cansada.

- Foi o combinado!

- Ótimo! - Demos mais um beijo e ela desceu do carro, deixando em evidência a etiqueta do suéter que usava.

Antes que eu pudesse avisá-la Rachel chegou e arrancou o papel pendurado, segurando os livros pesados que Felícia carregava e acenando para mim em seguida.

Meu coração ficou um pouco mais calmo em perceber que quando eu não estivesse por perto, Rach seria seu apoio.

Era como se as duas se entendessem mais do que todo mundo nesse mundo e pudessem completar o pensamento uma da outra.

Saindo da faculdade tomei o caminho do hospital, mas antes mesmo que pudesse chegar ao meu serviço, recebi uma ligação de um número desconhecido.

- Alô!

- Gael Dylan?

- Exato, com quem estou falando?

- Sou Suzan, enfermeira do Colégio Rockerville.

Receber uma ligação do colégio do Marcus fez meu coração parar por alguns segundos.

- Aconteceu alguma coisa com meu filho? - Perguntei um pouco alterado e atingi a contramão de modo a conseguir um atalho até a instituição.

Caos Particular #2 - sem data para continuarOnde histórias criam vida. Descubra agora