»Comandante Peter, uma semana após o experimento, 5:37 am; Local: Quarto da Haru.«
São exatamente 5:37 da manhã, Haru se mostrou dedicada para começar seu treinamento.
Quando eu havia chegado em seu quarto, a mesma já estava de pé e preparada.
Há uma semana atrás ela sofreu um colapso por conta do experimento final, que de acordo com o professor, foi um sucesso. Mas também tem uma semana que a Haru não consegue fazer nada, tudo que ela toca se acaba em segundos.
E isso a deixa frustrada, ela não conta, mas eu a conheço o suficiente para saber como ela se sente.- muito bem, Haru. Vamos começar o seu treinamento com uma coisa básica. Vamos começar com o controle de força, ele será a chave para seu sucesso. Se você souber como controlar essa força, você dará conta do resto facilmente.
- sim, senhor.
- pois bem...Caminho até o outro lado do quarto e pego uma simples barra de ferro.
- olhe bem para essa barra, Haru. É uma barra de Aço puro e resistente. Quero que você segure ela, assim poderemos ter uma noção da sua força. Vamos testar o seu toque.
- está bem.Quando eu lhe dou a barra de ferro, a barra se desmanchou em segundos. Parecia que aquela barra era feito de papel, com tamanha facilidade que ela teve em amassar aquele Aço maciço.
A força que ela carrega, é maior do que pensava, realmente maior do que eu pensava.
Vejo seu olhar frustrado enquanto ela bate o pé no chão se mostrando decepcionada... Só que, ela nada mais, nada menos destruiu tudo. O chão estava completamente fundo e a estrutura do quarto estava quase caindo.- é... Eu acho melhor a gente treinar na floresta. - digo tentando mostrar algum senso de humor, para ela não se sentir culpada com a situação. Até pq, essa criança não tem culpa de nada que já lhe aconteceu.
- desculpe, Peter... Mas não acho que serei capaz de controlar essa monstruosidade. E eu não quero viver desse jeito, se eu não for mais útil, peter, eu lhe peço que acabe com isso, por favor, eu peço que acabe comigo.Suas palavras me deixou um tanto pasmo, eu diria.
- Haru, eu não irei acabar com nada.
Eu não ousaria triscar um dedo em você para fazer mal algum.Eu me aproximo da mesma a deixando aflita.
- não chegue perto de mim, eu não posso tocar em você, por favor, não.
- você não pode tocar em mim, mas eu posso tocar em você. Não tenha medo Haru, eu não irei me machucar.Toco em seus braços finos e delicados, sentindo o quão frágeis eles são, ou pelo menos deveriam ser.
- vamos para a floresta, lá poderemos treinar nas árvores, a taxa de sucesso pode ser grande.
- eu não garanto nada, mas vamos.» Haru...6:12 am....Local: Floresta «
Tínhamos acabado de chegar a floresta, para ser sincera, eu nunca fui uma pessoa de esperanças ou de otimismo, então não estava esperando muita coisa desse treinamento.
Mas se de alguma forma fosse para ser meu destino eu me tornar uma aberração, então eu terei de cumprir.
Eu acredito muito em caminhos, que já nascemos com eles feitos e que a maioria desse caminho é só miséria e sofrimento, são poucas as pessoas que nascem com um bom caminho na vida.
Por isso eu não me aborreço tanto ao olhar minha vida como um todo.- Haru, eu quero que você me imagine.
- perdão?
- eu quero que você me imagine nesses troncos, e então tente ao máximo controlar essa força para não "me" machucar. Lembre-se que eu sou esses troncos, Haru. Tente não me machucar.Isso vai ser mais difícil do que eu imaginava, eu me aproximo vagamente do tronco de árvore que está jogado no chão.
Respiro fundo e devagar - "isso não é um tronco, isso é o peter." - eu ficava repetindo isso várias vezes em minha cabeça. E então eu pego no tronco, o mesmo se fez em pedaços. - "droga!"- eu só queria que isso fosse mais fácil.E então eu continuei tentando várias e várias vezes.
- você não está usando a cabeça, Haru. Você está tão concentrada em segurar essa força, que vc acaba liberando mais dela. Você não tem que pensar nela, pense em tudo, menos nela.
-"pense em tudo, menos nela."- talvez ele esteja certo. Talvez se eu parasse de me preocupar com ela, ela sumisse ou pelo menos grande parte dela poderia sumir.
Eu me esforçava ao máximo, mas era sempre a mesma coisa, era sempre o mesmo resultado. Por mais que eu tentasse, eu acabava destruindo tudo que eu tocava. Isso era deprimente demais para mim, eu não estava mais suportando a ideia de ter destruído grande parte daqueles troncos e até mesmo de algumas árvores que eu toquei sem querer.- chega, Peter. Eu não quero mais ter que destruir essas árvores, eu não quero mais treinar assim.
Seu olhar duro e sem expressão em minha direção me dava calafrios. Eu não conseguia advinhar oque ele queria me dizer, mas eu conseguia sentir uma pontada de decepção. Acho que ele esperava coisa demais de mim.
- olha, eu sei que está decepcionado comigo, mas oque você esperava? Oque você espera de uma mulher que viu a Luz do sol pela primeira vez em 22 anos? Eu sou uma pessoa que não possuo vontades, nem desejos, nem sentimentos... Eu nem sei se sou uma pessoa. Então oque você esperava de mim? - eu cuspia minhas palavras com amargura.
- me toque, Haru.
- que?
- me...toque.
- não, eu não vou fazer isso, eu não quero que voc-
- me toque, haru. Toque em meu rosto, sinta a sensação da sua pele se encostando na minha. Eu sei que você não vai me machucar, então não tem que ter medo.-" sua pele tocando a minha" - eu realmente não me lembro da última vez em que eu o toquei, eu não lembro quando senti o sensível de meus dedos em seu rosto.
Eu quero tocá-lo, quero sentir, eu estava embriagada por isso, eu quero.
Eu não percebi que meu corpo se movia em sua direção, eu só queria sentir ele, só queria sentir outro ser humano, o Calor de outro alguém além de mim.
Aproxímo meu rosto tão próximo, que conseguia sentir sua respiração em meu rosto. Minhas mãos subiram em direção ao seu rosto, mas elas logo pararam antes de tocá-lo.
Eu estava com medo de machucar ele, eu não queria que acontecesse algo ruim com ele, ele foi quem cuidou de mim escondido de todos, mas cuidou. Ele sempre vinha nas madrugadas frias com uma coberta para eu poder me agasalhar, ou levava seu almoço para mim, para que pudesse ter algo para comer, ou quando eu estava acabada dos experimentos e ele vinha afobar meus cabelos para me deixar confortável.
Ele cuidou de mim, eu não quero dar um fim nisso.- está tudo bem, Haru. - nesse momento, meus olhos subiram de encontro ao seu.
Ah, aqueles olhos que lembravam as folhas secas do outono, as folhas que costumam cair das árvores quando estão no fim da vida, seus olhos possuía esse fundo outono, mas o engraçado é que mesmo assim eles eram cheio de vida.
Eu estava perdida ali, naquele meio outono.- Haru?
A voz de Peter me trás de volta a realidade, e então agora eu vejo que minhas mãos estão fazendo carinho em seu rosto. E ele ainda estava Ali, ele estava inteiro em minha frente.
- você conseguiu, Haru.
Eu nem estava acreditando que eu conseguia tocar em algo sem destruir.
Eu estava segurando as lágrimas e sorrindo ao mesmo tempo- estou te tocando, Peter, eu estou te tocando. - a felicidade na minha voz era evidente.
- sim, você está, haru.Ele sorria para mim com o maior orgulho, ele encosta sua testa na minha ainda sorrindo. Aquilo estava sendo incrível, eu estava tocando um ser humano, e eu não destruí ele.
»professor Charlie... 12:45 am, Local: a 300 metros ao norte de Haru e Peter«
- ele se envolveu demais com essa menina.
- oque quer que fazemos, professor?
- convoque o comandante sul-coreano, Jeon Jungkook. Haru, não ficará mais em posse do Brasil, eu irei manda-la para a Coreia. Lá ela terá um treinamento mais eficaz com o novo comandante.
Peter, não ficará mais próximo de Haru, ele não saberá mais nada sobre ela, entendeu?
- sim, senhor. Mas posso saber o motivo dessa decisão repentina?
- ele é meu melhor comandante, não vou deixar que ele se envolva emocionalmente que essa menina.
E agora que ela é portadora de uma força gigantesca, não irá nos deixar levá-la para a Coreia, então se encarregue de sedar ela.
- sim, senhor.
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Seguimentos - Imagine Jeon Jungkook
FanfictionHaru é consequência de um experimento do governo, seu corpo foi explorado para diversas pesquisas científicas, onde uma delas resultou em uma força descomunal. um vírus que ao ser injetado em seu corpo e ao se misturar com as moléculas de seu DNA c...