"O que posso lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama,
mas que seja infinito enquanto dure."
Vinicius de Moraes-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Junho de 2019
Uma brisa fria percorre meu corpo nu, fazendo minha pele arrepiar. Desperto do sono gostoso que estava, resmungando alguma coisa ininteligível por causa do vento gelado. A cama parece vazia, mas não estava assim antes de dormir. Me viro, tateando o colchão, mas não encontro o corpo dele. Resmungo mais uma vez, mas não abro os olhos, e é nesse instante que sinto seus lábios finos e quentes nos meus pés, depositando beijinhos suaves. Sorrio e fico imóvel, permitindo que ele faça o que quiser. Sua boca vem subindo pelos meus tornozelos, panturrilhas, joelhos, coxas, suas mãos fazem a mesma rota por onde seus lábios passaram. Deixo ele me redescobrir centímetro por centímetro, como ele sempre faz depois de estar tanto tempo longe. Quando ele chega ao meu quadril, seus dentes se fincam ali com delicadeza, me fazendo suspirar de desejo e paixão. Os beijos sobem pela minha cintura, costas, mais um arrepio, e então meu pescoço e um som manhoso escapa de mim.
— É bom ser acordada assim. — digo ainda de olhos fechados, sentindo suas mãos mornas e suaves me acariciando com devoção.
— Queria te acordar assim todos os dias. — ele sussurra contra minha orelha. — Queria te ter nua assim todos os dias. — e então um beijo quente, quase lascivo perto da minha mandíbula, que ele sabe ser meu ponto fraco.
— Cadê o menino tímido que conheci a alguns anos atrás? — sorrio me aninhando nele.
— Você deu um fim nele. — seu abraço envolve meu corpo e enterro meu rosto em seu pescoço, sentindo o cheiro do meu lar. — Você tirou minha inocência.
Abro os olhos, levantando o rosto para olhar em seus olhos.
— Cretino! — bato em seu peito enquanto rio. — Se bem me lembro, você adorou quando tirei essa sua inocência. — dou ênfase a palavra inocência com um certo deboche. — Aliás, você não tinha inocência alguma, só era sonso mesmo. — provoco.
Ele solta uma gargalhada gostosa, então fico apreciando-o de perto enquanto seus braços me seguram tão colada a ele, como se eu fosse capaz de escapar, mas não há nenhum outro lugar no mundo onde eu queira estar. Jungkook é minha casa, onde eu posso fazer morada. E eu senti tanto a sua falta.
— É, acho que eu não era tão inocente assim. — ao redor dos seus olhos, as rugas de felicidade aparecem por conta do enorme sorriso que seus lábios têm.
— Não mesmo. — minha voz sai carregada de amor, com aquele tom manso que só uso com ele.
Enquanto estou dentro do seu abraço e sinto suas mãos quentes queimando delicadamente a minha pele, o observo, só posso pensar em duas coisas. A primeira é o quanto ele é lindo, por dentro e por fora, e o quanto eu o amo, amo cada detalhe, cada perfeição e imperfeição. Eu amo seus olhos, amo seus lábios, amo seu nariz, amo suas bochechas, amo seus cabelos, amo sua voz, amo seus abraços, amo sua mente, amo suas qualidades e defeitos... Por Deus, eu amo tudo nele! Mas amo principalmente o seu coração puro, que ele me entregou com tanto carinho e confiança.
— Por que está me olhando assim? — ele sorri sem jeito, fazendo aquela coisinha com o nariz que tanto adoro.
Ah, aí está o menino tímido pelo qual me apaixonei, que hoje carrega uma masculinidade absurda, e ainda assim consegue ser tão inocente, e em certos momentos deixa aquele garoto envergonhado aparecer.
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Que seja eterno enquanto dure
Short Story[Oneshot] "- Qualquer vida com você seria boa, porque eu te amo, meu bem."