Dividida entre dois amores

Capítulo 22

Acordei no hospital com o Eduardo e o Rafael no quarto, ambos angustiados, esperando que eu acordasse.
Assim que abri os olhos eles vieram ao meu encontro.

Rafael: - Gi, estou aqui, me diga o que aconteceu?

Eduardo: Gi, meu amor, você está bem? Eu estou aqui.

Gisele: - Calma gente, deixa eu me recuperar primeiro.

Eduardo: - Gisele parece que não foi nada de grave, a médica logo virá aqui conversar com você.

Eu estava me sentindo fraca, com os reflexos lento, até que a médica entrou dentro do nosso quarto.

Doutora: - Olá senhorita Gisele, eu sou a Dra. Alessandra e vim até aqui pra explicar o seu quadro de saúde.
Não é nada grave, aliás é um quadro bastante comum de anemia que pode acontecer no início da gravidez.

Gisele: - Como assim Dra? Eu estou grávida?

Doutora: - Sim Gisele, e assim que você fizer um exame mais detalhado, conseguiremos te dizer de quanto tempo sua gestação está.

Foi um choque, como assim, grávida?

Eu tomava todos os remédios certinho.

Quando olhei para o Eduardo e o Rafael, ambos estavam chorando, mas era nítido que enquanto um chorava de alegria o outro chorava de tristeza!

Que sensação horrível, como pude deixar chegar a esse ponto e causar tanto sofrimento assim numa pessoa que eu gostava.

Eu estava devastada, não queria que fosse dessa forma, não era pra ser assim, preferia eu mesma ter dado a notícia e não eles ficarem sabendo dessa forma.

O Eduardo foi ao meu encontro e começou beijar minha testa, ele beijou e acariciou a minha barriga, ele transbordava felicidade.

No mesmo instante vi o Rafael partir, ele simplesmente foi embora e nos deixou ali, eu chorei muito, chorava de alegria por estar grávida e chorava de tristeza por ver o Rafael partir daquela forma.

Tive que ficar no hospital internada durante 3 dias, eu enviava mensagens e o Rafael não me respondia, aquela situação estava me deixando angustiada, mas por outro lado eu tinha o Eduardo, que me tratava com muita ternura, e agora depois dessa notícia, ele me tratava com amor redobrado, e sempre fazia questão de deixar claro que juntos iriámos cuidar do nosso bebê.

Depois de 3 dias tive alta e enfim fui para casa, chegando lá eu só queria ver o Rafael, falar com ele, abraçá-lo, beijá-lo, mas mais uma vez eu descobri que ele havia partido, mas dessa vez havia me deixado uma carta:

"Olá minha Pequena,

Como já sabe eu voltei para o Canadá, espero que esteja tudo bem com você e o bebê.
A notícia da gravidez me pegou de surpresa, gostaria de ser eu o dono dessa 'sementinha' que você carrega no seu ventre, mas infelizmente eu sei que isso não seria possível, já que sou estéril.
Me perdoe por não ter ficado, eu só não queria mais uma vez causar sofrimento para você e te pressionar a escolher entre eu e o Eduardo.
Sei que ele é um bom homem, ele te ama, tanto quanto eu a amo, e tenho certeza que ele será um bom pai e te fará feliz.
Partir não me torna fraco, mostra o quanto eu sou forte e consigo passar por cima dos meus interesses pessoais pra poder te ver bem e feliz.
Eu havia escolhido ficar ao seu lado, no nosso último dia em Minas Gerais, eu entrei em contato com a Empresa que eu trabalhava aqui no Canadá e pedi o meu desligamento, mas pra mim seria enlouquecedor ficar no Brasil e não poder tê-la nos meus braços.
Dessa segunda vez que vim embora para o Canadá, vim te amando muito mais que a primeira, mas dessa vez deixo o poder da decisão nas suas mãos, se eu ainda tiver espaço dentro do seu coração, esse aqui abaixo é o meu celular, me envie uma mensagem que eu largarei qualquer coisa para estar ao seu lado.

Te amo, como nunca amei ninguém!

Seu Rafa"

Eu terminei de ler aquela carta aos prantos, eu queria ele aqui, queria dizer que eu o amava como nunca amei nenhum outro também, mas entendi que o meu destino estava preso ao Edu, ele era tudo aquilo que eu sempre desejei, estar ao lado dele me fazia feliz.

O Eduardo estava na sala falando com os meus tios, eu disse que viria tomar um banho e pegar algumas roupas para ficar na casa dele até me recuperar.

Tomei um banho, aqueles que "lavam a alma", chorei até minhas lágrimas esgotarem, sai do banho, separei algumas peças de roupas e fui me encontrar com o Eduardo que me esperava na sala.

Gisele: - Vamos Edu?

Eduardo: - Claro minha linda.

Saímos da casa dos meus tios e fomos para a casa dele, chegando lá eu só fiz um pedido:

Gisele: Edu me abrace!

Ele me abraçou tão forte, que conseguiu juntar todos os pedacinhos do meu coração. Eu o beijei, eu precisava dele, eu precisava sentir o corpo dele no meu, precisava me reconectar novamente com ele.

Tirei a camisa dele, e senti um volume crescendo dentro da calça, ele me pegou no colo e me levou até o quarto, me colocou deitada na nossa cama e lá pudemos nos amar como antes, o tesão continuava o mesmo, e foi bom saber que tudo ainda era como antes!