The no Castle Princess

𝗢 𝗱𝗶𝗮 𝗱𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗰̧𝗼

                         Porque eu vivo nessa vila tão ruim? porque a vida tem que ser assim? 

Ajna até onde se sabe mora na Vila de Deva desde que nasceu, ninguém sabe de onde ela é, nem ela mesma, Deva é uma vila muito tradicional, por não ter muito contato com outras vilas, Deva acabou virando uma vila com costumes bem antigos daquela região, um desses costumes era que qualquer pessoa sem família era tratado como um impuro e era ignorado por quase todos da vila.

Todas as vezes que eu acordo eu sinto vontade de dormir novamente, porque pelo menos nos sonhos eu não me sinto tão ruim e só, eu nunca entendi a vida, o porque dela ser assim.

Ajna sempre acorda cedo pela manhã e vai para o lago se banhar para lavar seu lindo cabelo castanho, como ajna não tinha família ela morava em um acampamento na floresta, era uma manhã ensolarada, sem muitas nuvens no céu, os pássaros cantavam para Ajna, ela voltava do lago, como sempre, ela estava faminta pela manhã, chegando em seu acampamento ela avista um homem com uma roupa toda laranja com pele morena e um cabelo escuro bem longo, ela fica muito assustada, mas não poderia deixar aquele homem mexer em suas coisas, o que ele queria? ela se perguntava.

- Quem é você e o que quer!?  –ela pergunta com muito nervosismo.

- Olá Ajna, eu me chamo Swami, eu vim aqui para conversar com você.  –ele responde com um sorriso carismático.

Ajna fica perturbada, ela fica se perguntando quem seria esse homem, como ele sabe meu nome? o que ele quer conversar comigo? então Ajna decide perguntar.

- O que você quer conversar comigo?   –ela pergunta.

- Eu posso ter a resposta que você sempre quis, quem é você, e porque está aqui  –ele responde ainda sorrindo.

- Então me conte, o que é? quem sou eu?  –Ela responde nervosa.

- Primeiro antes de tudo, eu não consigo lembrar de nada com fome, poderia me dar um pouco de sua comida?  –Ele pergunta já sentando no chão.

Swami sabia que ela não iria recusar, porque o maior desejo dela era saber o porque da vida ser assim.

- Então assim que eu dividir com você minha comida, você ira me contar o que eu quero saber, certo?  –Ela pergunta muito curiosa mas ainda desconfiada.

- Certo  – ele responde ainda sorrindo.

Passou um tempo, os dois sentaram perto de brasas da fogueira e comeram, na refeição toda nenhum dos dois falou nada, apenas comeram, assim que acabaram, como Ajna não tinha paciência alguma ela já voltou a peguntar. 

- Pronto, deu já dei minha comida para você, você não está mais com fome, agora me conte, quem sou eu?  –Ela pergunta de uma forma séria.

- Okay, eu irei contar o que eu sei para você Ajna, você decidira o que vai fazer com isso  –Ele responde para Ajna.

Swami começa contando que é um morador antigo da região, ele conta que sempre trabalhou como curandeiro da vila porque era o único monge que sobrou, ele começou contando que numa manhã de 2 de setembro a uns 15 anos atrás, Swami estava fazendo seus trabalhos como de costume, ele estava a caminho de um templo da cidade para ajudar uma família que precisava de cuidados, enquanto Swami andava, ele foi parado por uma mulher que disse que precisar muito da ajuda do monge.

- O que eu posso fazer por você? –Ele pergunta sem entender a situação.

- Eu me chamo Ananda, eu preciso que o senhor cuide da minha filha Ajna, até eu voltar das montanhas, eu não tenho com quem deixar ela e eu preciso trabalhar para alimentar eu e minha filha –Ela diz ao Swami com o coração bem aberto.

- Cuido sim, você pode depois buscar ela no templo ao norte da cidade, não precisa se preocupar com nada  –ele responde com um sorriso para dar confiança para Ananda.

Chegou fim da tarde, Ananda não volta para buscar Ajna, passou dias e Ananda não voltou, então Swami, entrega Ajna para um orfanato da região, ela viveu até os 13 anos nesse orfanato, até ele ser fechado por conta de ataques ao local por conta das crianças serem vistas como impuras por não ter uma família, a partir dessa época que Ajna monta seu acampamento e vive  através de seus cultivos na floresta.

- Se você quer saber quem é você, procure sua mãe nas montanhas. –Ele diz para ela.

- Mas como ela é? como vou saber quem é minha mãe? –Ela questiona Swami.

- Sua mãe é muito parecida com você, com seu cabelo castanho e pele morena, ela também usava um japamala vermelho em sua cabeça –Ele responde.

- Mas Swami, você não sabe que casa ela mora ou vila? –Ela pergunta ainda com muitas dúvidas.

- Apenas sei que ela é uma mulher muito respeitada na região das montanhas, também que ela é uma mulher muito rica –Ele responde.

Swami agradasse a comida e se levanta, e ele diz que aquele conhecimento, quem decide como usar era Ajna e mais ninguém, que se ela quiser descobrir alguma coisa é andando no seu próprio caminho ele deseja boa sorte para ela, antes de ir ele menciona o nome de um amigo monge dele nas montanhas, chamado Yogananda, que ele talvez saberia dizer algo sobre sua mãe, Swami se despede e desaparece andando na floresta.