Paris estava um caos.
Claro, a cidade do amor e da luz nunca foi completamente calma, mesmo antes de Hawk Moth. E, depois do surgimento do vilão, algo enviou para eles os seus amados super-heróis, Ladybug e Chat Noir. Podem chamar de destino, ou podem de um guardião idoso e sábio que vive se infiltrando e se misturando aos outros habitantes sem ser notado.
O pensamento fez Rena Rouge rir, o que não foi uma boa ideia, pois esse ato a fez inspirar o ar, não mais tão puro, de Paris, e logo, o sorriso se desfez de seu rosto, a expressão aflita e preocupada que sempre fez parte de seu rosto voltando a dominar suas expressões. Ela nem sempre foi assim, costumava ser animada e curiosa, mas as coisas mudaram desde aquele dia.
Ela fechou os olhos, não querendo se lembrar do maldito dia em que tudo virou um inferno na vida de todos de Paris. A dor era demais para que ela ficasse revivendo a cada vez que se distraia do desastre que a rodeava. Mas sua mente era traiçoeira, e tudo voltou a sua mente como um filme.
Alya, desde pequena, sempre quis ser uma jornalista. O que não fazia tanto sentindo, considerando seu pai amante de animais e sua mãe sendo uma Chef de cozinha. Porém, aquela adrenalina de procurar pistas, buscar a verdade e poder mostrá-la para os cidadãos, encheu seu coração de paixão pela profissão do jornalismo.
Mas tudo não passava de sonhos que rodeavam a cabeça da jovem Césarie, que seguia com sua vida normal, pacata, e ainda por cima, tendo que ir para uma escola nova. Nenhum adolescente imperativo gosta de ir para uma escola nova, não é mesmo? Mas aquele dia, seu primeiro dia de aula, foi o melhor dia de sua vida. Afinal, ela era uma fã de super-heróis, e justo no seu primeiro dia de aula, surge o Coração de Pedra, e junto com ele, a super-heroína, valente e sensata, Ladybug, e o galante gato brincalhão, leal e corajoso, Chat Noir.
Com isso, o seu sonho jornalístico pareceu milhas mais perto de ser alcançado, Ladybug e Chat Noir lhe trouxeram essa chance. Então, ela começou a escrever o Ladyblog, um blog feito exclusivamente para notícias, entrevistas, teorias e fatos sobre os dois novos super-heróis de Paris. Alya estava maravilhada com a sua vida, era como se ela fizesse parte de uma das histórias em quadrinhos que ela tanto amava.
Agora, chegamos na parte da história onde a incrível jornalista, que está sempre por dentro do que acontece com os heróis, é escolhida para fazer parte do time, e deus, foi incrível. Sentir o vento no rosto, ter uma vista da sua cidade de um ponto o qual apenas um super-herói tem o privilégio. Ser Rena Rouge foi uma missão que ela aceitou com todo o prazer, e logo, também vieram Queen Bee e Carapace.
Paris amava os seus heróis, eram sua luz, sua esperança, seus ídolos, seus exemplos, eram tudo o que Paris precisava e apreciava. Sempre sorridentes, alegres, valentes, gentis e simpáticos, perfeitos. Alya sorrira como nunca sorriu antes ao acenar para todos os cidadãos sob a máscara de Rena Rouge, que a olhavam admirados, com esperança, e ela sentia-se em êxtase.
Mas, olhando a situação na qual estavam agora, ela queria se bater por ter se deixado cair nessa ilusão tão facilmente. Oh, droga, como ela foi idiota! Porém, vendo através de outro ponto de vista, o que ela poderia fazer? Tudo parecia tão incrível! Até mais incrível e perfeito que os quadrinhos que ela lia. Eles detiveram mais e mais vilões, akumatizados e sentimonstros, e até alguns novos heróis começaram a ajudar, como Ryoko, Viperion, Pegasus e o ”homem-macaco”, como ela gostava de chamá-lo.
Alya estava em um de seus maiores sonhos, e não queria acordar. Entre a equipe de heróis existia o sentimento de confiança, lealdade e companheirismo, Rena Rouge se tornou uma amiga de Ladybug, alguém que pudesse contar tudo sobre o seu dia, enquanto começou a ver Chat Noir como um irmão palhaço e brincalhão que era super preocupado e cuidadoso, Queen Bee assumiu um papel de amiga fofoqueira que ela dizia odiar, mas amava, e quanto a Carapace... um rubor subiu as suas bochechas, preferindo não repetir mais uma vez em sua mente que o amava.
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Insane
FanfictionTodos têm demônios que os assombram. Sejam do passado, sejam do presente, sejam do medo de um futuro próximo. Todos, incluindo os heróis de Paris, Ladybug e Chat Noir. Mas ninguém notou. Ninguém nunca nota, não é mesmo? Sempre se deixam levar pela i...