Minha vida em uma luz de um poste

Como tudo começou

Novo ano, me renovarei!

Era o que eu pensava...

Comecei a faculdade, comecei a flor da idade; agora é que se sente o sentimento. A dor de um lamento estava para acender, como chama enlouquecida nas folhagens do açúcar.

A metamorfose pessoal estava aflorando, e na ânsia do mal estar, eu vomitava à compaixão.

Com a vontade de viver aumentando, vinha com si a vontade de amar, mas não simplesmente a exploraria nessa fase da minha história e sim amaria como quem ama, até mesmo, o ordinário da vida.

A primeira dos meus amores, foi a Isabela - Isa, como gostava. Isa era completamente introvertida, assim como eu. Logo fluiu-se o sentimento. Deixando de contar as abordagens utilizadas, características físicas etc. Irei contar os meus romances - deste conto - de forma direta e bem clara até os desfechos, quais serão sintetizados também, pois estou em deveras fadiga.

Eu e ela decidimos, por meio da intuição, obtermos uma conclusão do que se propagaria do "simples gostar", então nos encontramos, como um date, para finalmente acontecer a ternura de um tocar de lábios.

Era o que eu esperava.

Era uma noite de sexta, não havia aula, nem uma atitude. Fomos para uma praça a qual ela conhecia, lugar de pouco movimento, escuro e propenso para qualquer atividade carnal adolescente. Lembrando que deixarei de expor muitos detalhes, pois, volto a confirmar, preguiça minha, meu caro narratário. Chegando ao local trocamos experiências de vida - isso até o fim do encontro. Chegando ao horário de despedida, sem nem ter arrumado nada, fiz o movimento de abraça-la com o maior aconchego possível, e, ainda colado ao seu corpo, distanciei o rosto e passei a encara-la, pedindo por uma ajuda. Esperava receber um beijo, mas não foi bem isso que aconteceu; ela me encarou de volta com seus miniburacos negros - não sabia se as pupilas estavam dilatadas ou se já eram escuras e sem vida antes. Após um momento, rápido, constrangedor, tentei fazer um outro movimento, como terceiro passo nesse jogo; fui logo interrompido, ela me disse que gostava de mim que gostava de mim, porém, queria que acontecesse naturalmente, e me contou sua fantasia idealizada - como aqueles filmes românticos. Seguimos para nosso destino, quietos, até nos separarmos com apenas um adeus.

Voltando para minha casa, na esquina, o poste de luz, o qual eu já o via reparado, tinha sua luz apagada e aquilo não me era um sinal bom, pois ele estava mudando a minha vida.

Você me pergunta, o que esse poste tem a ver com sua fase? Eu já lhe respondo que tudo! Só que contarei no próximo capítulo, em um único, pois este sim é o principal auxiliar da história.