Ainda sou eu ... Isso mesmo, depois de todo esse processo não importa o que ainda está aqui.
Tenho 24 anos, mãe de uma menina de 3 anos, recém-casada, desempregada. TOTAL seria sério, será que mais alguém ficará acordado durante a noite pensando amanhã será o dia em que receberá o retorno da entrevista de emprego (de algumas delas, POR FAVOR UNIVERSO) para eu ser independente novamente, para eu não calcule cada centavo que eu gasto, para você comprar um conjunto de lingerie que preciso há muito tempo, mas não, uma ligação nunca chega, apenas o desespero que arrasta os seus ex-colegas de escola, seus ex-colegas de trabalho anterior se dando bem. Um ponto negativo? Se você se sentir tão sozinho que passar a fazer sua filha confidente, que pede para ela: - Diz boa sorte para mamãe conseguir o emprego, assim podemos passar mais, então posso comprar seu vestido de princesa,
É FODA.
Então, essa é uma mãe de 24 anos, solitária, que tem um jogo de mesa na mesa, que carrega uma simpatia para conseguir emprego. Como me tornei assim vou contar tudo, tudo, tudo.
Se me perguntarem qual minha preferência para passar o tempo,eu digo: -cigarros, álcool, música e um bom livro.Mas se fosse alguns anos atrás eu diria: -passar tempo com minhas amigas, ir pra balada, estudar quero ir para a universidade. Nossa eu era descolada nos meus 16 anos, mas que garota cheia de sonhos não chegava a brilhar? Quem não teria orgulho de ser a primeira da turma com as melhores notas, os garotos mais velhos querem te paquerar e você é inacessível, e você já tem seu emprego, toma uma atitude de responsabilidade dentro de casa para ajudar seus pais financeiramente e ainda por cima uma devota. Ual sonho de todos os pais ou a maioria. Mas NÃO!
Minha mãe me odiava e eu tinha medo de ir para casa, pois apesar de não sofrer agressões físicas, as emocionais demoram a cicatrizar se um dia isso acontecer, e eu estrava frustada de tentar chamar atenção sendo perfeita. queria que me amasse também. Meu irmão de 30 anos, usuário de drogas, saia e voltava bêbado,chapado, cantando pneu para ir trabalhar, atolava o carro nas favelas e minha mãe achava tudo lindo, sério. Então um dia conheci ele.
