Forever - PJM

19 - Drama existencial

Contém pressão psicológica

Acordo cedo, mesmo lembrando que não irei trabalhar. Tomo meu suco verde e me alongo. Talvez eu não devesse fazer isso, mas não estou pegando pesado e isso me acalma, então não vejo porquê não fazer. Além disso, não é como se alongar fosse me deixar cansado ou desgastado, dolorido no máximo.

Quando dá meio dia, almoço Kimchi, porque eu senti vontade de variar o suco e tenho tempo para fazer. Mas depois percebo que não tenho mais nada para fazer, passei boas horas alongando, fiz almoço, comi, tomei banho... não tenho mais nada para fazer.

Encaro o teto e penso em Park. Ela pediu para que a encontrasse às três na academia. Mas será que eu deveria ir? Da última vez que eu recusei seu pedido eu acabei me arrependendo. Se bem que seus amigos... Além disso, eu nem sei o que ela vai fazer. Não me disse para onde iríamos ou com quem...

Mas talvez seja divertido, certo? Faz tempo que não saio com pessoas da minha idade e, como Son disse, pode ser que me faça bem.

Paro na frente do armário encarando minhas roupas. Se não sei para onde vou, como posso saber o que usar? Fico muito tempo pensando e acabo decidindo usar algo confortável. E, para o caso de dar tudo errado, coloco brincos, anéis e uma corrente. Assim, não vou estar tão mal vestido.

Olho o relógio, dois para as três. Suspiro. Atrasado, JiMin. Devo ir? Eu não me arrumei para nada, certo? E mais, se ela não estiver mais lá pelo menos eu sei que eu fui e posso usar isso na próxima discussão que tivermos. Por que estou pensando em uma futura discussão?

Dirijo até a academia e estaciono o carro. Ela não está na porta. Tudo bem que já são três e doze, mas, não é possível que ela não pôde esperar quinze minutos.

Estou pronto para voltar para casa quando els bate na janela. Abro a mesma.

- Atrasado, Park - ela diz com deboche.

- A senhorita também - falo saindo do carro.

- Não saia, idiota, me deixe entrar - fala. - E eu estava aqui as três, mas alguém demorou muito.

- Eu avisei que ia me atrasar. E não me chame de idiota.

- Apenas me deixe entrar - fala.

- E o que quer no meu carro? - pergunto erguendo uma sobrancelha.

- Quero que nos leve a um lugar - fala.

- Nos leve? Você e quem? - pergunto desconfiado.

- O quê? Eu e você - ela explica. - Quem mais seria?

- Ah, sim. Entendi - não sei se me sinto mais ou menos desconfortável ao saber que sairemos só nós dois. Eu não gosto de ficar sozinho com uma pessoa só. Principalmente se não for muito próximo da pessoa, mas, pelo menos nossas conversas anteriores não foram tão desconfortáveis assim. - Para onde?

- É surpresa - fala.

- Não - digo sério e ela me encara confusa.

- Não?

- Não. Vai que você tenta me sequestrar - falo sorrindo e ela me dá um olhar de deboche.

- Engraçadinho. Vamos, vai ser legal, eu quero te mostrar algo.

- Por que você é tão complicada? - pergunto. - Não podia me dar uma informação clara?

- Óbvio que não. Assim é muito mais divertido - fala.

Rio e entro no carro destravado a porta. Ela nem espera eu dizer que pode para entrar. É impressionante como ela realmente não tem educação.

- Para onde? - pergunto.