MADNESS ♡ TWICE

doida, doida, doida de pedra.

outro dia a raiva me subiu à cabeça e eu quis muito destruir o meu quarto inteiro de tanto que eu sentia a sua falta. talvez eu seja meio louca por querer cravar o seu nome em letras garrafais na parede. eu podia soletrá-lo durante horas até cair no sono. ou poderia simplismente não dormir. não que eu tenha feito isso. eu não fiz. não, não, não.

eu prometo que não fiz.

ultimamente ando pensando muito nos seus olhos. são tão bonitos... queria poder te olhar até os meus próprios ficarem pequenininhos de tão cansados. eu juro que não me importaria de passar noites, e noites e noites pensando no seu nome. repetindo ele na minha cabeça sem parar. igual a porra de um disco quebrado & arranhado.

você arranharia um disco com as próprias unhas e dentes por mim?

aposto que não. sabia que isso me deixa triste? e com raiva. muita raiva. muita, muita, muita. não encostaria um dedo em você, mas eu tenho raiva, sabe? completamente saudável. os médicos não sabem o que dizem, e eu tenho certeza que muitos deles só querem arrumar um motivo mirabolante pra tentar comprovar que de fato tem algo errado comigo. esse tipo de coisa me faz ter vontade de cobrir os ossos deles de areia e jogar os restos no mar. começo a duvidar de mim mesma nesses momentos.

mas eu preciso continuar na linha. é assim que as coisas são. não tem como mudar isso. só não tem.

de vez em quando essas ideias absurdas me cruzam a cabeça e eu tenho que contar de 1 a 1000 pra tentar me acalmar porque não, eu NUNCA faria nada disso. eu não sou maluca. não quero ser. não preciso de remédios. eu tô bem, entende? consegue me entender?

eu não sou assim. não sou. não sou. nunca fui.

mas se você quiser que eu seja...

eu não me importaria que fôssemos um pouco loucas juntas.

outro dia, a vizinha gritou a plenos pulmões que eu tenho alguns parafusos a menos e que deveria me tratar. e, pra ser sincera, eu não dei a mínima para toda aquela baboseira nem mesmo quando enfiei uma chave de fenda no pescoço dela.