"Escuto barulho de água. Água que bate em algo. Uma pedra. Água que bate em uma pedra. Sinto cheiro de sal com algo mais. Mar...Estou na praia?!"
A brisa fresca, o cheiro de mar, a tranquilidade...mas ao longe um choro de bebê. Um choro doído, que começa a aumentar. Alto. Mais alto. Mais, mais alto.
Hannah acorda assustada, esfrega as mãos nos olhos e os abre, sonolenta. São três da manhã, o choro da criança persiste. Ela olha para o outro lado da cama, onde dorme seu marido, num ressonar profundo. Ela joga a coberta de lado e levanta. Coloca seus confortáveis chinelos de tecido e vai até o quarto do bebê.
O quarto não é muito espaçoso, a decoração foi minuciosamente pensada nos longos nove meses de gravidez. Paredes azul-claras com um fundo leve de cinza, o tema era nuvem e elefantes. Os móveis brancos, um guarda-roupa em uma parede próximo a uma cômoda em outra parede, o berço de madeira próximo a janela em outra parede e uma cadeira de balanço junto ao berço e uma mesinha com um abajur.
Hannah entra sem fazer barulho, acende o abajur e olha para a criança chorando dentro do berço. Essa, para de chorar quando vê o rosto familiar surgir, abre um sorriso e agarra os pés com as mãos em movimento de vai-e-vem, numa brincadeira de balanço.
Após vinte minutos amamentando-o, o bebê adormece novamente. Hannah o coloca no berço e volta para seu quarto. Passando pela porta fechada do banheiro, percebe a luz acessa dentro deste, Julian devia estar no banheiro. Ela decidi seguir para cama e o esperar lá. Ela deita de bruços com a perna direita aberta lateralmente e com o joelho na altura do quadril, sua posição preferida para dormir.
Não demora muito para sentir o colchão se mexer e levemente pender para o outro lado da cama. Era seu marido se ajeitando na cama. E pergunta:
- Ele está bem? Dormiu de novo? – Julian está se referindo ao filho deles, Enzo, de cinco meses.
- Ele mamou um pouco e depois dormiu. Acho que era fome mesmo. – Respondeu Hannah, enquanto acomodava melhor sua posição, pois seus seios ainda muito inchados da gravidez, estavam-na incomodando.
Julian, deitado de lado, observou sua esposa. Cabelos castanho-escuro até os ombros, pele clara, estava usando uma blusa soltinha azul-marinho de alça fina como pijama, uma calcinha de algodão branca. Seu olhar desceu por suas grossas coxas e seguiu por suas pernas, até seus pés. Foi quando reparou na tentadora posição que sua esposa se encontrava.
Ele se encostou nela e pousou uma mão na parte interna da coxa de Hannah mais próxima a ele, fazendo um carinho. Aproximou sua boca do ouvido dela e sussurrou:
- Faz tempo que não faço uma massagem em você. Tira a roupa enquanto eu pego o hidratante. – Levantou e foi no banheiro pegar o hidratante.
Hannah não precisou de outro incentivo e quando Julian voltou, ela se encontrava na mesma posição porém, completamente nua. Ele sorriu com aquela visão fascinante do corpo de sua mulher. Pegou um pouco do creme e espalhou nas mãos, começou a massagem pelos ombros, desceu pelos braços até chegar nas mãos. Voltou aos ombros e desceu pela lateral do corpo, só parando para pegar mais creme.
Movimentos tranquilos, relaxantes, que tiravam suspiros de sua esposa. Julian pressionou seus polegares na base do pescoço e foi descende até a base da coluna e ali massageou até ouvir outro suspiro vindo de Hannah. Essa esticou o pescoço, olhou para trás, procurando por ele, e sorrindo disse:
- Nossa amor, estava precisando mesmo disso. – E voltou a deitar a cabeça no travesseiro.
- Mas a melhor parte ainda está por vir. – Disse Julian enquanto massageava as panturrilhas dela.
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Esposa Sexy
Short StoryUm conto sobre maternidade, intimidade e companheirismo. A história de Hannah e Julian.