❝Reencounter❞

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        Nem de longe Lalisa Manoban era a garota mais alegre e animada, no entanto, também não era a mais amarga, triste e solitária como nos dias atuais

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        Nem de longe Lalisa Manoban era a garota mais alegre e animada, no entanto, também não era a mais amarga, triste e solitária como nos dias atuais.

        Perdas costumam causar impactos diferentes em cada pessoa, e em Lalisa não foi diferente. Enquanto alguns encaram a ida de alguém para outro plano como algo natural que possa vir acontecer a qualquer momento, Lisa vê como um castigo enviado dos céus para deixá-la triste, ou fazê-la pagar por algum pecado que possa ter cometido.

        Sehun costumava ser um homem doce e gentil, aquele com quem Lalisa esperava se casar e ter filhos. Mas o destino cruel e traiçoeiro acabou com qualquer esperança da mulher de poder realizar seus desejos apaixonados.

        O casal namorava há cerca de quatro anos quando Oh acabou por falecer durante complicações em uma cirurgia cardíaca. Sua morte causou um grande impacto na mulher, sendo responsável pela sua mudança de humor e personalidade. Enquanto alguns se aproximam ainda mais das pessoas que amam a fim de valorizar a vida, o tempo e a presença de quem ficou, Lisa optou por se fechar totalmente para o mundo, se tornando uma mulher amarga, triste e solitária, sendo incapaz de amar outro alguém ou desenvolver vínculos com quem quer que fosse.

        Nos seus momentos sozinha, fosse na revista onde trabalhava ou até mesmo em casa, não conseguia deixar de se perguntar como as coisas seriam se Sehun ainda estivesse com ela. O amor deles teria sobrevivido e permanecido igual? Realmente se casariam e teriam filhos, como costumavam planejar enquanto deitados na cama esperando o sono chegar?

        Lisa estava recostada em sua cadeira giratória quando encarou o nada pensando sobre como daria tudo para reencontrar Sehun de novo, nem que fosse por apenas uma única vez. Talvez quisesse se certificar de que ele estivesse bem e feliz, desejava que ele estivesse mesmo que ela não.

        Ou talvez brigasse com ele por abandoná-la mesmo sabendo que o rapaz não tivera nenhuma culpa.

        Estava chovendo bastante, era como se os céus estivessem derramando todas as lágrimas contidas por Lalisa; como se estivesse chorando por ela. Aquele céu escuro derramando gotas grossas fazia com que o dia se tornasse triste e melancólico. Também trazia a Manoban muitas memórias. Memórias essas que acabaram se tornando dolorosas.

        Já passava das sete da noite de sábado, Lisa tivera que ficar até mais tarde na revista a fim de concluir o trabalho acumulado. Já havia adiantado boa parte quando decidiu ir pra casa, seu corpo e mente imploravam por descanso.

        Enfrentou o trânsito caótico de Seul e a chuva incessante no caminho pra casa, no entanto, não fez uma reclamação sequer.

        Assim que chegou em seu apartamento a primeira coisa que fez foi tomar banho, escutava uma música calma enquanto sentia a água quente com sais de banho relaxar seus músculos tensos. Se manteve ali por longos minutos, saiu quando se cansou. Após se vestir, jogou-se no sofá da sala e deixou a tv ligada enquanto encarava o teto e apreciava o silêncio melancólico do imóvel.

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