Cap 4

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Luan

O fim de semana tinha passado rápido e hoje era dia de aula...acordei tomei uma ducha relaxante e me preparei para sair. Vesti uma camisola azul escura,calca jeans preta, tênis, baguncei meus cabelos, coloquei meus óculos e sai do quarto.

-Bom dia mãe!-digo indiferente. Ela estava com um vestido florido até aos joelhos, um pequeno decote em forma de v e com seus cabelos soltos enquanto terminava de colocar a mesa. -Está linda!-digo e pego uma maçã e começo a come, ela sorri e logo meu pai aparece

-Bom dia!-ele diz com sua voz ríspida e olha para a mulher. -Onde pensas que vais vestida desse jeito?

-Trabalhar?-ela diz como se fosse óbvio e meu pai gargalha amargamente nos fazendo assustar.

-Tu não vais sair desse jeito!-meu pai grita e o olho incrédulo

-Tudo bem!-minha mãe responde cabisbaixa e começa a subir pra se trocar

-Tudo bem?! Como assim tudo bem?!-pergunto e olho para a minha mãe que para no início das escadas.-Mãe a senhora não vai trocar pohha nenhuma!-digo calmo

-Como é que é garoto?!-meu pai grita me fazendo estremecer porém não me intimido.

-Exatamente o que ouviu! Minha mãe vai sair do jeito que quizer! Ela pode sair nua que o senhor não tem boca pra meter! Ela é sua esposa e não propriedade!-digo agora alto para que ele ouça

-Filho deixa quieto!-minha mãe diz trêmula.

-Viu sua mãe tem juizo!-meu pai diz e se senta a mesa

-Não é juizo! É medo!-digo ríspido, e vejo o relógio da sala começar a acelerar e da janela nuvens nem um pouco amigáveis surgem.-Cansei de te ver apanhar desse merda mãe! Ele não é seu dono pohha.

-Quer apanhar também garoto!?-meu pai diz se levantando e me encarando

-Seja homem e me bata! Agora não seja um covarde para bater na tua mulher!! Tu es um pulha que merece morrer!  Estou cansado disto! Minha mãe não pode fazer isso, aquilo, aquele outro! Tou farto desse teu patriarcado de merda! Estamos em pleno século XXI e tu me vens com uma de mulher tem que obedecer homem!? Vai a merda!--digo num fôlego so e ele tenta me bater mas meus reflexos são rápidos e o seguro

-Viu como educou essa aberração Anastácia! ? Agora nem ao pai esse merda obedece!-meu pai grita e minha mãe encolhe a cabeça

-Fala direito comigo e com ela! O único merda aqui es tu!!! E espero que se te sentes incomodado com a minha atitude e tomada de posse das minhas ações, te retiras dessa casa pois ela não é tua e minha mãe não te ama faz tempo! E aqui na MINHA casa tu não te crias mais seu merda!-digo ríspido e assustano aos dois.-Mãe pega sua bolsa e vamos! Te deixo no hospital...por favor não te demores ja estou atrasado!-digo calmo e beijo a testa da minha mãe que sobe.-Tu ficas aqui até ela descer! E quando ela descer tu sobes e vais buscar as tuas coisas e saia daqui! Não quero te encontrar aqui quando voltar! Caso te encontrar aqui eu te denuncio, me ouviu?!-digo quando ele ameaça subir atrás da minha mãe.

Meu pai bate nela por qualquer coisa e eu já estou cansada! Minha mãe precisa sair dessa prisão que é este casamento. Sei que meu pai vai aprontar alguma assim que nós sairmos por isso subo até meu quarto e pego minha carteira com meus cartões, algumas roupas e vou até ao quarto da minha mãe:

-Mãe? Posso!?-pergunto assim que apareço na porta

-Claro entra!-ela diz se sentando!-Obrigada filho!-ela sorri cabisbaixa

-Tu nunca mais vais precisar abaixar a cabeça para quem quer que sejas!-digo levantando seu rosto com os dedos.-Pega algumas coisas pois ambos sabemos que esse pulha vai aprontar alguma! E se ele aprontar plo mns estaremos preparados!-digo e ela acente fazendo uma pequena malinhabe descemos.

-Então é isso Anastácia??-meu pai fala com uma tristeza fingida.

-É sim! Eu cansei!-minha mãe diz me fazendo sorrir!-Vamos Lukas!

Saimos de casa e eu deixei minha mãe no hospital e fui para a escola.

-Bom dia!-Cristal aparece junto com a sua amiguinha Luene que morre de amores por mim mas não passa de uma puta.

-Só se for para ti!-digo indiferente e começo a andar em direção a minha sala.

-Nossa! Desculpa moço!-uma garota linda, baixinha, cabelos curtos em tons misturados entre branco e preto se esparra em mim. Seu rosto me transmitia uma calmaria extrema, seu olhar aflito me fazia pulsar por algo mais. Ela era...parecida comigo?!

-Não faz mal...?!-faço um gesto para que ela diga seu nome e estendo a mão.

-Lua! Prazer Lua Barros!-ela diz e aperta minha mão e nesse momento o tempo sobre aqueceu e não vinha de mim. Eu não consegui controlar! Não era calor do tempo. Era calor...dela?

Soltamos as mãos e sei que ela também se deu conta do que havia acontecido. Era estranho mas era real! O tempo parou e sobre aqueceu.

Mas porque!? Essa a pergunta que não se calava.

Filhos do Universo:A Era de Dominó Onde histórias criam vida. Descubra agora