1st year

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   Hogwarts. 1° ano. Todos os alunos já tinham comprado seus materiais e já estavam dentro do trem rumo à escola.

     Uma garota de cabelos castanhos estava andando pelo trem já com suas vestes à procura de um sapo.
- Com licença, vocês viram um sapo? Um garoto chamado Neville perdeu o dele... Ah está praticando magia? Essa eu quero ver!

   E foi assim que Hermione conheceu Harry Potter e Ronald Weasley. Depois dessa curta conversa, Hermione voltou a procurar o sapo. Passou por algumas outras cabines mas nada do bichinho. Então, decidiu sentar em uma cabine com mais algumas garotas até chegar a Hogwarts.

     Depois que todos foram selecionados para as devidas casas, eles jantaram e foram dormir. Hermione deitou em sua cama feliz, não acreditava que estava ali, mas, algo rodava seus pensamentos. Aquele garoto loiro, Draco Malfoy, ele era um exímio sonserino de fato, mas, ele não parecia tão ruim assim. De acordo com os jornais ele era filho de comensais, os Malfoy's, não teria como ele ser menos mimado, e ela acreditava fielmente que ele só era sozinho, revoltado com tudo e que precisava de alguém. Com esses pensamentos, ela acabou adormecendo.

     Depois de passar por Harry, Rony, Simas e Dino e escutar eles falando e dando risada dela por ela não ter amigos, Hermione correu direto para o banheiro. Não estava feliz, pensava que faria amigos depressa mas já estava nas provas e nada ainda. Estava chateada pois estava tentando muito e não estava indo para lugar nenhum. Encostou as costas na parede e escorregou até sentar no chão. As lágrimas rolavam silenciosas por suas bochechas até escutar um ruído do outro lado da parede. Um choro. Ela não sabia quem era mas ficou com o coração apertado, queria fazer algo, e uma luz se acendeu em sua cabeça. Tirou sua varinha das vestes e pegou um pedaço de pergaminho, tentou escrever mas nada vinha em sua mente, tudo que ela pensava era em vão pois ela mesma chorava, não sabia como confortar a pessoa, principalmente por não saber quem era do outro lado. Decidiu  colocar apenas "suas lágrimas são valiosas demais para desperdiçá-las", lançou um feitiço e transformou o pergaminho em uma corujinha. A corujinha voou até o dono daquele choro do outro lado da parede. A garota respirou fundo e encostou a cabeça nos joelhos. Esperava que tivesse feito alguém se sentir melhor, porque ela não conseguia se conformar.
 

    Do outro lado da parede estava ninguém menos que Draco Malfoy, suas lágrimas também desciam por seu rosto mas por motivos um pouco diferentes. Ele tinha seguidores mas queria amigos, queria rir de verdade, conversar, queria ser normal e não uma pessoa ruim como queriam que ele fosse e sendo aclamado por isso. Aquela corujinha foi tudo que ele precisava ler, esboçou um sorriso e limpou as lágrimas. Mas, quem havia mandado aquilo? De quem era aquela caligrafia? Por que alguém queria ajudá-lo? Todas essas coisas voavam por sua cabeça, mas ele não sabia nem de onde tinha vindo aquele pergaminho. Respirou fundo, guardou a coruja no bolso das vestes e se levantou. Lavou o rosto e se recompôs, não podia deixar nada transparecer, ele era um Malfoy. Arrumou as vestes e se dirigiu para o salão principal para o jantar.
  

    Depois do incidente do trasgo tudo seguiu normal, quer dizer, normal para Hogwarts. Draco estava curioso com a coruja, queria saber de onde ela tinha vindo, mas, quanto mais tempo passava, menos esperanças ele tinha. Ele guardou o pergaminho em uma caixa e trancou. Era seu novo amuleto, ninguém tinha feito nada parecido para ele antes.
 

    Aula de voo. Draco estava se exibindo pois voava muito bem. Sempre gostou de voar e poderia mostrar isso para todos. Harry e Hermione nunca tinham voado antes, ele estava tranquilo, já ela, estava sem rumo. Voar não era como qualquer matéria que podia decorar e saber o que fazer. Era difícil e ela não estava muito a vontade com a ideia de voar. Harry e Draco se desentenderam, Hermione queria fazer alguma coisa e parar os dois antes que se matassem, ou pior, fossem expulsos.
 
  
   Quando a aula acabou, Hermione se sentiu aliviada por ter saído de lá. Estava feliz por Harry mas não gostava da ideia de ter alguém melhor que ela, e ali, todos eram melhor que ela. A garota suspirou e foi para a biblioteca, ler a ajudaria se distrair.
 

   Draco precisava de um tempo sozinho. Escolheu a biblioteca pois sabia que nenhum de seus "amigos" o procurariam por lá. Ele sentou em uma das mesas mais afastadas e ficou observando Granger estudar. Eles não eram amigos mas Draco sentia que ela era uma boa pessoa, pensou em se juntar a ela mas repreendeu a ideia na hora. Ela era uma sangue ruim. Por mais que fosse esperta ela ainda era uma sangue ruim e ele nunca seria amigo de um. Ele tentava focar em outra coisa mas sempre acabava voltando a pensar na grifinória. E sempre repreendia com o mesmo argumento, até se saturar dele.
 Hermione levantou os olhos e o viu olhando para ela. Draco corou e desviou o olhar, fingindo estar procurando algum livro com os olhos. A garota abaixou a cabeça e voltou a se concentrar no livro. Malfoy soltou a respiração que nem sabia ter perdido. Ao perceber, se levantou e foi para seu salão comunal, já tinha ido demais contra sua mente e temia ficar fascinado em algo que ele acreditava que nunca poderia acontecer.
 

    Os dias em Hogwarts passaram depressa. Muita coisa tinha acontecido. Draco e o trio já tinham até ido parar na floresta proibida. Hermione tinha feito amizade com Harry e Ron, já Draco, continuava sem um amigo de verdade, além de Blásio mas ele não se metia nas confusões de Draco e nem Draco nas dele. Não eram extremamente confidentes mas era o que tinha. O garoto sentia inveja de Harry Potter, ele tinha amigos mesmo depois de tudo e seus amigos nunca o deixavam na mão. Ele as vezes se pegava olhando para a mesa da Grifinória e pensando como seria se ele tivesse ido para lá. Draco odiava a grifinória, menos uma pessoa, a que ele mais tentava odiar, Hermione Granger. Sempre que pensava em um argumento para odiá-la ele caía por terra. A única coisa que ele conseguia pensar sobre Hermione era que a garota era uma nascida trouxa. Mas nem isso servia como desculpa mais. A menina tinha lutado contra um visgo do diabo, um cão de três cabeças, resolveu um enigma de poções do próprio Snape, sabe mais feitiços do que os alunos da idade dela deveriam, ou seja, ela salvou o rabo dos amigos. Sem ela, nunca teriam saído vivos e encontrado a pedra filosofal. Draco estava perdido, precisava odiar a gatota mas não tinha como! Ele invejava potter por ter alguém como ela por perto.
Final do ano letivo mas nenhum dos dois fazia ideia da história do banheiro. Uma rivalidade cresceu entre os dois grupos, mas, não imaginavam o que o futuro iria reservar.

Dramione- Vira TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora