Passado e Presente!

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Sentada aqui nesta sela suja e empoeirada passo em minha mente toda a minha vida e me pergunto como posso ter sido enganada novamente e o pior pela mesma pessoa, agora nem sei mais se posso considerá-lo uma pessoa, um monstro talvez, é, o define bem melhor que pessoa.

Traída... Me sinto traída agora não pelo que ele fez sim por ter me deixado enganar novamente.

Enquanto espero a hora certa de me livrar dessas grades, por meu plano de fuga em ação irei contar a vocês como fui burra o suficiente em cair na mesma armadilha duas vezes.
Eu tinha 5 anos... Ele tinha 6...

Minha família não era comum, nem de longe, pensando bem de longe ate poderia ser confundida com umas, mas isso só bem de longe. Meu pai e minha mãe eram lideres de uma das maiores gangues de bandidos do velho oeste, eles e seus "justiceiros" eram bem conhecidos, com boa fama para alguns e muito má pra outros. Eles me ensinavam tudo que sabiam, desde como se vestir ate em usar uma arma e com a convivência eu tinha o conhecimento de um ladrão experiente só era nova demais para por em pratica. Vivíamos felizes migrando de cidade em cidade fazendo uma justiça suja e deixando nossa marca. Ate que durante nossa estadia em uma das cidades minha mãe me levou a uma feira e foi lá que eu o conheci, sim o monstro da minha vida...
Nos cavalgávamos em cavalos feitos de madeira...

Viramos amigos, inseparáveis como irmãos, passávamos a maior parte de nosso tempo juntos, os cenários áridos do velho oeste ilustravam nossas aventuras, brincávamos às vezes na rua e outras junto com minha família, ele se misturou como se já fosse um dos nossos, e eu inocente achando que ele era só um garoto carismático, contava-lhe tudo...
Ele usava preto e eu usava branco, ele sempre ganhava as brigas...

Certo dia ele não apareceu no horário marcado para brincarmos, fui a sua procura e o achei todo de preto conversando com um homem que parecia ser seu pai, ele lhe passava ordens que eu não entendi muito bem. Quando o homem levantou a cabeça o reconheci, era um dos inimigos do meu pai, me assustei e abaixei para não ser vista mais foi tarde demais o homem me viu e falou para o garoto que ele já sabia o que fazer.

Meu amigo me puxou para longe não quis me contar nada, eu disse que confiava nele, que podia me contar tudo, fiquei desesperada com a ideia de perdê-lo. Ele me abraçou bem forte, disse que eu parecia um anjo com aquela roupa toda branca. Fiquei lá sozinha estática sem entender. Bang, Bang
Ele atirou em mim

Dias se passaram, a gangue estava se preparando para tomar a cidade das mãos do pai dele, ninguém sabia que eles tinham parentesco, eu não contei, não podia entregá-lo.

Só que nada saiu como planejado, na manhã antes do ataque, fomos encurralados em nosso território e exterminados. Ele estava junto, o único que eu havia confiado minha vida os segredos de minha família estava agora vindo contra nos. Ele disparou contra mim, estava paralisada, minha mãe entrou na frente e se foi em meu lugar. Tudo aconteceu rápido demais, meu pai me pegou o colo e me pós com ele nos cavalo enquanto fugíamos eu olhei bem nos olhos dele e fiquei me perguntando como ele podia ter feito aquilo conosco, comigo. Eu chorava. Bang, Bang Eu estava no chão. Bang Bang Aquele somhorrível Bang, Bang Meu amor atirou em mim.

Fiquei desolada, eu revivia tudo em minha mente tentando achar um motivo, uma justificativa, mas não tinha e a única coisa que me restava eram lembranças e aquele horrível som do disparo.

Nos reerguemos, o tempo passou e aquele acontecimento não foi mais discutido. Continuavam os fugindo do pai dele, éramos muito bem caçados, mas sabíamos escapar deles de forma esplendorosa.

Quando eu tinha 15 anos comecei a agir com a gangue. Quando meu pai morreu comecei a liderá-la e assim meu rosto ficou conhecido e estampado em vários cartazes pelas cidades que passávamos. Recompensas eram estipuladas, ninguém nunca conseguiu me capturar ate que em um dia mandaram a pessoa certa.

Estávamos indo embora, nos movendo como sempre, eu fiquei pra trás, cobrindo nossos rastros, quando ouço o som de cascos vindo rapidamente em minha direção, subo no cavalo e corro, me cercaram, eu não fui tão rápida.

Eu resisto, desarmo quem me cerca e estou pronta pra fugir quando ouço uma voz que ha muitos só escutava em pensamentos .

“Sabe que não vai conseguir sair daqui, pode correr o quanto quiser querida, eu vou te pegar”

Ele estava muito mais bonito de que quando criança, um pedaço de mal caminho... Não falei nada o deixei continuar.

“Você esta diferente, tive certa dificuldade em descobrir que era você estampada naqueles cartazes, mas seus cabelos e os olhos te entregaram, ainda são os mesmos.” 

Vários homens vieram em minha direção prontos para me prender junto deles estava o xerife.

“Trabalhando junto da policia querido? Pensei que você fosse do lado oposto!” Falei com meu lindo tom sarcástico.

“Você é uma coisinha difícil de se achar, tive que usar todos os métodos possíveis.” Sorri ao ouvir isso, já sabia que daqui eu não escaparia, eram muitos homens e eu conhecia a fama dos homens dele.

Me levaram algemada para a delegacia e enquanto eles conversavam sobre a recompensa que seria dada eu pensava em como escapar daqui e contava tudo a vocês.

Já era madrugada e uns 5 homens faziam a minha vigia, seria mais fácil do que eu pensava escapar daqui. Percebi logo de início que um deles me secava o tempo todo, não ma intenção de vigia.

Me aproveitando disso utilizei todo a charme que possuía o chamei pedindo água, ele me trouxe uma caneca e ficou colado a mim só com a grade entre nós, enquanto bebia peguei a chave que estava em sua cintura e coloquei já na fechadura, ao terminar de beber deixei um pouco de água escorrer pelo meu decote bem cavado, ele observava atentamente o caminho da gota com desejo nos olhos, deixei a porta entre aberta puxei ele pelo cabelo como se fosse beijá-lo e bati com sua cabeça nas grades, um já foi agora faltam 4.

Peguei sua arma e matei 2 deles que foram pegos desprevenidos o ultimo desviava das balas e se aproximava, dei uma rasteira nele e peguei-o pelo pescoço fazendo-o de refém.

Sai da delegacia com a arma em sua cabeça a achei o delegado chegando apresado por causa do barulho. Notei a semelhança entre ele e o refém e pelo medo em seus olhos percebi que o garoto que eu segurava era algum parente dele, talvez sobrinho.

“Saia já da minha frente, ou prefere que seu protegido sofra por isso??”

Ele saiu da frente amedrontado, ao chegar ao meu cavalo olhei para ele.

“Só para garantir que você nunca mais venha me procurar, só ensinarei essa lição uma vez, quem vem atrás de mim e acha que pode me prender paga um alto preço!"

Atirei nas pernas do delegado e quando ele voltou seu olhar para mim matei o garoto que estava mantendo comigo. Vi todos ficarem espantado.

Acho que ele havia aprendido a lição.

Montei o meu cavalo e sai dali sem olhar pra trás, fui para o lugar que sempre ia quando estava sem rumo... o cemitério onde fizemos a homenagem a minha mãe.

Me sentei ao seu lado e pensava em como sentia falta dela e em como acharia minha família.

“Sabia que ia te encontrar aqui querida, você fez um grande estrago naquela cidade.”

Ri do comentário dele e me levantei, nos encarávamos frente a frente como quando ele me traiu pela primeira vez.

“Você me conhece, sabia que iria acontecer algo parecido.”

“Pra falar a verdade eu não tinha tanta certeza, aquela menina que eu conheci a muito não faria isso.”

“Aquela menina mudou meu querido, você sabe muito bem quando ela mudou. Porque me levou presa se sabia que eu ia escapar?? Porque não me levou ao seu querido papiro?”

“A recompensa oras; contavam os que você escapasse para te levar de volta, dessa vez para um lugar de onde não vai sair, pelo menos não viva.”

“Ora bolas meu caro, nunca duvide de mim, posse fazer o inimaginável.”

“Tem certeza disso!?”

“Claro.” Ao dizer isso apontei minha arma para ele e atirei.

“Eu mudei querido.”
Eu atirei no meu amor...

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⏰ Última atualização: Nov 28, 2014 ⏰

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