2 - Lost

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Meu corpo inteiro doia, eu sentia algo quente, me queimando aos poucos, quando abri os olhos vi que esse algo era o sol. Minha visão ainda estava turva e eu me sentia enjoada.

Com dificuldade pela dor me sentei, vi que eu estava sentada na areia.

Eu não estava morta?

Senti um alívio percorrer minhas veias.

Ou estava?

Arregalei os olhos com o pensamento.

Talvez eu estivesse no elo entre a vida e a morte...

Eu estava numa praia magnífica, as águas tinham um tom de azul esverdeado, tinha uma vegetação maravilhosa também, com diversas árvores incrivelmente verdes.

Me levantei para ver onde eu estava então andei um pouco para ver se encontrava alguém para pedir ajuda. Atendrei as árvores olhando ao redor.

— Socorro! — Gritei diversas vezes mas eu só via árvores e mais árvores.

Em meio a meus caminho, acabei dando um passo em falso e logo após alguns segundos caindo atingi o chão de barro, me machucando ainda mais, se isso é possível.

Pronto tô indo pro inferno, Deus! Me perdoa!

Observei que eu estava num buraco, cavado por alguém, não poderia simplesmente ter aparecido ali pela natureza, estremeci completamente com medo, em seguida comecei a gritar por socorro, eu provavelmente vim parar numa ilha deserta por algum motivo e nela tem Canibais e vão me comer viva.

Várias imagens se formaram na minha cabeça me fazendo ficar apavorada, será que eles são algum povo nativo que deixa redes no mar para pegar comida e eu cai nessa rede?! Ou talvez essa seja uma armadilha para pegar qualquer coisa que cair pra matar...

Comecei a chorar e pedir perdão pelos meus pecados, se eu morresse pelo menos queria ir pra um lugar melhor, afinal minha família toda é protestante e acredita em Deus...

Fiquei lá por muito tempo, estava morrendo de fome, frio e dor, meu corpo estava cheio de cortes e hematomas, minha perna ficou ainda mais dolorida pela queda e minha aparência devia estar deplorável.

Eu sempre brincava que nunca me machucava, nem mesmo na infância, quando acontecia eu me quebrava inteira, era difícil até eu aparecer com roxos por quedas quando era criança, meu primeiro machucado na infância foi um osso quebrado que até saiu de dentro da pele, e hoje, mais uma vez, estou vendo que isso é verdade, estou quebrada.

Ouvi barulho de passos, naquele silêncio absoluto, simplesmente só abaixei minha cabeça, não queria ver minha morte, talvez eles jogassem uma lança para me matar, trágico eu sobreviver do acidente de barco para morrer de uma maneira tão pelicular assim.

— Quem é você? — uma voz rouca feminina se faz presente após alguns segundos, levantei meu olhar me deparando com um rosto jovem, era uma morena de olhos verdes e incrivelmente bonita debruçada sobre o buraco que eu estava.

— Graças a Deus! Socorro! me ajuda! cai aqui e provavelmente isso é uma armadilha de alguma Serial Killer para matar pessoas inocentes! — ela me olha confusa, e um pensamento passa por minha cabeça... e se ela for a assassina?! Ela não tem cara de assassina, mas e se for ela?! ASSASSINOS NÃO TEM CARA DE ASSASSINO, AFINAL!

— Essa armadilha é minha — ela disse com uma expressão de confusão e coçando a nuca, meu sangue gelou, droga eu pedi ajuda para a minha assassina!

A sua cabeça saiu do alcance da minha visão por alguns segundos e eu comecei a chorar, provavelmente foi pegar a arma pra me matar, mas ao invés disso, uma corda foi jogada dentro do buraco.

Lost In Love (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora