Adeus é uma palavra forte demais

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[S/n, idade: 8 anos]
Estava no meu primeiro dia de aula em uma escola nova, em uma cidade nova... Eu estava realmente nervosa sobre tudo que poderia acontecer.
(S/m)- está tudo bem querida, seja otimista! É seu primeiro dia de aula, você poderá fazer vários amigos!
(S/n)- eu não sou boa em fazer amizades mãe-- eu estava de cabeça baixa e agarrando fortemente a mão da minha mãe.
(S/m)- logo você vai fazer amizades incríveis e vai pagar por essas palavrinhas menina-- diz apertando minha bochecha de leve.
(S/n)- aii mãe! Minha bochecha não!
Ela apenas ri e me deixa na porta da minha nova sala de aula. Ainda é tarde para fugir para a Escócia?
(S/m)- boa sorte meu amor!-- diz começando a ir embora
(S/n)- Não me deixe!
Ela simplesmente me manda um beijinho e vai embora, me deixando lá sozinha em meus planos oito anos, com planos de botar fogo na escola.

Eu levanto minha mão de forma trêmula e bato na porta, escutando som de passos e logo uma moça alta abre a porta com um sorriso amável
(Professora)- Você deve ser a S/n não? Estávamos te esperando!
Ela estende a mão e eu pego ela timidamente. A moça me leva para dentro da sala cheia de crianças da minha idade fazendo diversas coisas diferentes.
(Professora)- meus amores! Um pouquinho de silêncio por favor!-- eu estava escondida atrás dela, mas ao olhar por detrás dela eu consegui ver que todos obedeceram ela imediatamente.-- obrigado pela atenção crianças. Bem como já disse anteriormente, nós teríamos uma nova colega de classe. E bem aqui está ela! *sussurra* vai lá querida, se apresente!
Eu lentamente saio detrás dela e procuro coragem para me apresentar.
(S/n)- m-meu nome é S-S/n... e-e eu...-- eu olho desesperada para a professora-- *sussurra* E-eu não qu-quero mais falar...!
Ela passa a mão pelos meus cabelos levemente e ri um pouco
(Professora)- tudo bem querida, pode se sentar lá-- diz apontando na direção de uma criança que estava com a cara na mesa.
Eu pego minha mochila que era um jake de hora de aventura e vou até a mesa, me sentando um pouco afastada da criança.
(S/n)- o-olá meu nome é
(Sans)- S/n eu sei. Meu nome é Sans-- diz com a cara ainda na mesa.
(S/n)- nome legal Sans
(Sans)- o seu também-- ele olha na minha direção e boceja levemente enquanto fala
Depois dessa nós não nos falamos muito.

No fim da tarde eu estava sentada no meio fio da frente da escola, esperando a minha mãe que ia demorar pelo trabalho.
(Sans)- ninguém vem te buscar?
Eu olho pra cima vendo olhos azuis me olhando com preocupação.
(S/n)- ela vai vir, minha mãe ja vai chegar ela só vai demorar porque ela trabalha demais-- digo pegando uma pedrinha que tinha na minha frente e jogando longe.
Sinto uma movimentação ao meu lado e vejo mechas brancas perto do meu rosto
(Sans)- Você quer? -- ele me estende um punhado de marshmallows
(S/n)- por que eu aceitaria?
(Sans)- talvez pra você ter algo pra comer enquanto espera?
Eu sorrio e pego um pouquinho, deixando metade na mão dele
(S/n)- valeu Sans...
(Sans)- eu tenho que ir buscar meu irmão agora-- diz se levantando e guardando o que sobrou de marshmallow no bolso-- te vejo amanhã
(S/n)- até!

[5 anos depois/ idade 13]

(S/n)- o que você acha de fazer o trabalho lá em casa?
(Sans)- sua casa é muito longe, não vou andar até lá
Estávamos voltando para casa como todos os outros dias, a única diferença é que estamos tentando decidir na casa de quem faríamos o nosso trabalho de ciências
(S/n)- nem é tão longe assim Sans! Deixe de ser preguiçoso!
(Sans)- eu não sou preguiçoso, eu só me poupo de caminhadas desnecessárias-- diz com as mãos nos bolsos do uniforme e seu sorriso habitual
(S/n)- ainda não sei porquê fui ser sua amiga...
Ele simplesmente ri e continua a andar. Eu, sem muitas opções, o sigo até sua casa para podermos fazer o bendito trabalho

(S/n)- desde quando existem tantos ossos no corpo humano?!
(Sans)- desde sempre, eu acho...?
(S/n)- sério Sans, me perdoa mas eu não entendo nada disso aqui-- digo apontando para o livro aberto no capítulo sobre o corpo humano-- são muitos ossos com nomes difíceis-- digo apontando para um modelo do corpo humano, mas que só mostrava os ossos.
(Sans)- se você prestasse mais atenção nas aulas você entenderia que isso que você está apontando é a patela-- diz apontando perto do joelho do esqueleto
Eu inclino a cabeça com confusão, não entendendo o bendito do porquê essas merdas terem nomes tão difíceis de memorizar.
(S/n)- o único que eu me lembro é o fêmur! E eu nem sei onde essa merda fica!
Eu estava indignada e o Sans apenas ria da minha cara.
(Sans)- *suspira* tudo bem, deixa que eu faço o trabalho-- diz puxando os livros e começando a responder as perguntas
(S/n)- Não precisa. Eu posso ajudar se você quiser Sans! -- digo me levantando e me sentando rapidamente ao seu lado-- me deixe te ajudar
(Sans)- melhor não-- diz me empurrando de leve pra longe do livro-- Não é que eu não goste da tua ajuda, é que eu quero ganhar nota sabe?
(S/n)- Ah, tudo bem então...-- digo um pouco desanimada
(Sans)- se eu precisar de ajuda eu te chamo okay?-- diz sorrindo e logo voltando a fazer o trabalho
Eu tento ajudar no que posso mas o sono começa a tomar conta de mim, e quando percebo eu estou em um banquete gigantesco com tudo que se possa imaginar.
(*+¥!)- o que vai querer minha dama?
(S/n)- bolo!
Ele sorri e se vira pegando um bolo de quatro andares belamente adornado com flores e granulados
(*+¥!)- tenha um bom proveito NYE HEHE
(S/n)- okay...?
Eu pego um pedaço grande e quanto encosto o bolo em meus lábios eu escuto vários gritos na minha volta
(Papyrus)- EU VOU FAZER O MELHOR ESPAGUETE DO MUNDO SANS! VOCÊ VAI VER!!
(Sans)- é claro que eu vou ver bro, só tenta não por fogo na cozinha
Eu abro os olhos incomodada pelo barulho de gritos e panelas batendo. Ao olhar pra cima eu encontro um par de olhos azuis me olhando com diversão.
(Sans)- bom dia bela adormecida, dormiu bem?
(S/n)- dormi muito bem -- digo com um tom de voz carregado de ironia-- Você e o fofurinha ali-- digo apontando na direção da cozinha, onde o Papyrus brigava com um pote de molho por ele não abrir para ele-- vocês conseguiram me acordar de um sonho maravilhoso
(Sans)- e que sonho seria esse? Eu estava nele?
(S/n)- Não mas tinha comida-- digo o escutando rir
(Sans)- eu não devia esperar outra coisa vindo de você-- ele se ajeita e eu percebo que ele quer levantar-- eu tenho que ir lá ajudar o Paps, se eu não supervisionar ele é bem provável que ele bote fogo na casa, de novo
Eu me levanto, saindo de cima dele e vendo ele ir para a cozinha ajudar aquela fofura que é o irmão mais novo dele.
[...]
(Sans)- quantas vezes eu vou ter que te acordar só hoje?
(S/n)- eu não estava dormindo bobalhão-- digo abrindo os olhos e tirando os fone do meu ouvido
(Sans)- esse ai não é meu fone?
(S/n)- era teu fone, agora é meu.
Ele simplesmente revira os olhos rindo pelo nariz e se volta para falar comigo
(Sans)- Bem, Eu vim te chamar porque o incrível jantar do incrível Papyrus está pronto-- diz indo até a cozinha.
Eu me levanto e vou atrás dele porque estava morrendo de fome

incontáveis despedidasOnde histórias criam vida. Descubra agora