A minha vida dá um livro

Prólogo

A minha vida é uma merda! Por quê? Eu vou explicar.
Primeiramente, deixa eu me apresentar. Meu nome é Analu e tenho 24 anos. Eu moro sozinha. Isso mesmo! Somente eu e minha gatinha Serafina. E minha mãe? E o meu pai? Se tenho irmãos? Já falo de tudo isso. Mas, voltando...
A primeira merda na minha vida foi meu pai. É isso aí! Meu próprio pai! Ele abandonou minha mãe. Ela, claramente, sofreu, já que teria que cuidar de mim e da minha irmã mais velha. Eu só tinha 7 anos. Eu não entendia o porquê meu pai estava saindo de casa e não voltaria. Depois disso, não tive mais nenhum tipo de contato com quem um dia chamei de pai.
Eu tenho uma irmã, como eu disse. O nome dela é Aisha. Ela tem 28 anos, já é casada e tem dois filhos, uma menina e um menino, Alicia e Ethan. Amo meus sobrinhos, a menina é mais nova, tem 6 anos; e o menino é mais velho, com 10 anos.
Depois que eu Aisha entendemos que meu pai havia nos abandonado, ela se revoltou; minha irmã começou a virar a clássica adolescente rebelde com minha mãe. Com o tempo, eu e Aisha percebemos que a nossa mãe era tudo pra gente. A dona Elisa era guerreira e forte, cuidou de suas filhas sozinhas, sem precisar daquele homem que um dia ela chamou de marido, e se reergueu. Acho que não preciso de uma figura paterna na minha vida. Na verdade, eu tive. A minha mãe foi essa figura. Minha mãe foi tudo o que ele não foi na minha vida e na da minha irmã. Foi ela quem sempre lutou pela gente, que trabalhou duro para dar tudo do bom e do melhor para nós. Minha mãe é advogada, graças a muito esforço. Ela estudava, trabalhava e cuidava da gente.
A dona Elisa foi atrás do sonho dela, e lutou muito até ter a profissão dos seus sonhos. Ela é minha heroína, sempre me incentivou a cursar o que eu sempre quis, e não o que ela achava melhor para mim. E por isso, sou muito agradecida por meu pai ter ido embora, ou a minha vida seria diferente, e talvez eu não daria tanto valor para minha mãe.
Hoje, ela vive sozinha viajando pelo mundo e aproveitando a vida. Não a julgo  faria o mesmo se pudesse. E mais  tenho orgulho da minha mãe, pois ela merece ser feliz depois de tudo o que passou. Minha irmã mora em outro estado; na verdade, eu que fui embora do meu estado e cidade natal. Aisha também é muito feliz com a bela família que ela formou; tenho muito orgulho dela também, pois assim como eu, não se deixou abalar pelo nos que aconteceu. Seguiu sua vida, tem uma bela e ótima profissão – minha irmã é médica – e é super feliz com sua família.
Mas, continuando... Como eu disse, minha vida é uma merda completa. Sempre foi. Nunca tive muita sorte na vida em relação a algumas coisas, e acho que deu para perceber isso não é mesmo?! Porém, vou mostrar que isso ainda foi só o começo de tudo.
E como o título do livro já diz: minha vida dá um livro.