Não Confunda Sentimentos

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Nós nos beijamos!

Era a única coisa que eu conseguia lembrar sobre a noite anterior, não houve mais nada, mas senti que o clima ficou estranho e desconcertante, tudo bem que o efeito do álcool despertou sentimentos escondidos e também nos fez criar coragem, eu entendia também que não foi algo somente partido de mim, pois ainda conseguia sentir suas mãos em meu cabelo e em meu rosto, mas por que parecia tão errado?

Resolvi esfriar a cabeça e fui até Jin para isso, o mais velho dividia seu tempo entre a faculdade e o estagio na empresa de um amigo, estava tentando entender o ramo de administração para se tornar um bom CEO no futuro, eu recorria a ele em casos extremos afinal ele sabia a palavra certa para  ajudar suas 'crianças' como o mesmo afirmava que éramos.

- Então você beijou a Jung-Ah! – ele me olhou cético – não acha que já era hora?

- Jin hyeong não é assim, ambos estamos passando por um processo de superação e não quero me envolver assim, dessa forma com ela.

- Então o que tem que fazer é conversar, Hoseok, o diálogo sempre é a melhor saída em momento assim, e outra coisa não confunda gratidão com um sentimento, o que ela esta fazendo por você é incrível e admirável, mas não de razões para você acreditar ou ela acreditar que vocês sentem algo mais.

Eu entendi o que ele queria dizer, e concordei com suas palavras, eu deveria esclarecer a ela a questão do beijo e também deixar claro que o que estava sentindo por ela era gratidão e profundo respeito, eu não queria atrapalhar minha amizade com ela, queria a deixar mais forte e ficar mais unido da mesma. Talvez eu sentisse sim, lá no fundo de meu coração alguma coisa ainda não descoberta por ela e devesse deixar o tempo me dizer que sentimento era aquele.

Mas primeiro de tudo eu deveria superar o que estava passando e depois procurar entender ou redescobrir o que tinha por Jung-Ah.

Até que conversar com Jin foi bom, ele sempre era um alivio para mim nas horas de estresse ou uma palavra sabia nas horas que você estava achando que ia perder a cabeça, voltei para casa decidido a conversar, ou melhor, a chamar Jung para uma conversa, no entanto ela foi mais rápida e me puxou para uma lojinha de conveniências. Ela começou com uma conversa simples, falando sobre o dia, como estávamos nos sentindo após a farra e por fim o assunto que queríamos chegou.

- Hobi... eu peço desculpas por ontem...

- Eu também peço, na verdade – sorri – não acho que exista um culpado, foram apenas sentimentos aflorados por conta de muito álcool.

- Hoje eu acordei com medo de você não querer ser mais meu amigo, de termos confundido tudo e de atrapalhado seu progresso...

- Junnie pare com essa preocupação excessiva, lembra-se do conselho do Jimin?

- Viva e seja feliz! – ela lembrou com um sorriso

- Não estou dizendo que não foi importante, afinal você é muito importante para mim, mas pare de se preocupar com o que os outros irão achar ou pensar, é claro que eu não desistiria de nossa amizade, são anos e mais anos, temos que entender.

- Eu só não quero que use um sentimento para abafar o outro, me entende? – concordei calmo – quero que supere e que quando se sentir pronto de um passo rumo a um novo sentimento.

- Eu entendo e respeito! Sinto o mesmo a seu respeito, estamos em um processo ainda, e mesmo gostando do que senti e ainda sinto, temos que esperar.

A verdade era que nós dois tínhamos sentimentos encubados e escondidos um pelo outro, contudo preferíamos fingir que ele não existia, sobre o efeito das bebidas os colocamos para fora e até foi bom naquele momento, mas parando para pensar não aproveitaríamos bem uma possível nova relação se não havíamos superado a passada. Isso levaria tempo, mas se nosso afeto um pelo outro fosse verdadeiro e sincero, esperaria.

- Eu gosto de você Hobi – ela segurou minha mão

- E eu gosto de você Junnie! – apertei a sua

Por essa razão esperaríamos, para quando tudo estivesse calmo, nosso sentimento (sem confusão ou medo) fosse aflorado!

Como Superar O Fim de Um Relacionamento? | JHOnde histórias criam vida. Descubra agora