I'm always screwing up

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*Julie Parker pov's*

Três dias, é esse o tempo que para ficar em casa. Geralmente a empresa da um dia de luto, apenas por ser próxima de Justin consegui mais dois. Injusto? Muito. Mas na hora que o Rh me ligou eu nem me importei. Minha tia ainda está aqui, ela diz que é para cuidar de mim, porém ela apenas vai a piscina do prédio e passa o dia no quarto.

Levantar todos os dias da cama tem sido bem difícil, mas eu forço a continuar fazendo, tenho medo de parar e de nunca mais conseguir voltar. Li ontem uma matéria que diz que exercício físico ajuda na perda, a endorfina liberada causa uma pequena felicidade. Tentei fazer isso, pela manhã fui a academia do prédio e apenas dez minutos de esteira eu já chorava sem controle, um outro morador me ajudou a chegar em meu apartamento.

Minha fome sempre está sendo zero nesses dias, porém continuo comendo. Saco vazio não para em pé, não é o que dizem?

Justin sempre manda mensagem perguntando como estou, acho fofo da parte dele se importar, sempre respondo que estou bem mesmo sendo mentira.

- Você não vai acreditar. - disse minha tia entrando no meu quarto de supetão e me tirando de meus pensamentos - Meu ônibus não sai mais hoje. - disse melancólica

- Você sabe que pode ficar o tempo que for necessário. - falei mesmo que meu interior gritasse pedindo para ela ir o quanto antes

- Muito obrigada querida, ficarei apenas até segunda. - disse antes de sair saltitando

Hoje ainda é sexta.

A cada hora, a cada minutos que passo ao lado da minha tia eu me sinto sufocada, como me sentia quando morava com ela. Cada palavra dita por ela me deixava ainda mais angustiada, sempre dando opinião sobre algo do apartamento ou meus hábitos.

No fim do dia, como todos os outros anteriores Justin me mandou uma mensagem perguntando como eu estava e como tinha sido meu dia. Ao invés de responder o que ele perguntou apenas o chamei para fazer uma caminhada comigo. Ele prontamente aceitou. Peguei minhas chaves e sai sem avisar ela.

Meu chefe já me esperava lá embaixo, me aproximei dele que sorria fraco para mim.

- Oi. - ele disse tirando as mãos do bolso da calça, ele deve ter vindo direto do trabalho - Como você está?

- Vou ficar bem. - cruzei os braços, começamos a andar bem devagar pela calçada - Como foi na empresa?

- Foi mais chato que o normal. - falou

Continuamos caminhando em silêncio até o central Park, nunca tinha vindo aqui a noite e a noite está especialmente bonita hoje.

- Como vai a investigação do roubo? - perguntei quando nos sentamos num banco

- Na verdade eu já sei quem faz isso.

- Quem? - a olhei surpresa

- Meu pai. - arregalei levente os olhos - A amante dele se chama Chelsey, e eles são casados a dez anos. - encarou as mãos

- Justin eu sinto muito. - coloquei minha mão por cima da dele e a segurei firme

- Eu já esperava coisas piores vindo do Jeremy. - entrelaçou nossos dedos - Mas eu quero saber como foi o seu dia.

- Difícil. Eu fui para a academia. - ele me olhou surpreso e até deixou um sorriso escapar - Mas eu tive uma crise de choro lá.

- Nossa. - falou baixo

- E a minha tia ainda não foi embora. - suspirei

- Não é nada pessoal com ela, mas ela é bem ácida.

Dear BossOnde histórias criam vida. Descubra agora