Marcas de dezembro
Já se passou um ano
Meus sentimentos são cobertos
E escondidos embaixo de um pano
Sem minha compreensão
E sem saber se realmente é certo
Minha mente e meu corpo
Mudaram meu coração
Apagando em si minha paixãoUm novo eu surge com o tempo
Essa é a minha maior maldição
A cada ano mudo de sentimentos
E a cada ano congelo meu coração
Sem qualquer certeza ou razão
Eu me mudo por completo
E perco toda minha emoção
Mesmo sempre sendo singelo
Eu sempre causo destruiçãoAo teu toque eu me rendi
E por isso eu me perdi
Mesmo cego, eu te segui
Mesmo surdo, eu te ouvi
Mesmo paralisado, eu te senti
Mas agora você não está mais aqui
E eu já não consigo mais sorrirO dia e a noite
Fecho meu olhos
A leve brisa me leva
E me faz voar
Os galhos das árvores começam a balançar
As estrelas em meio ao céu escuro
Me lembram do teu olharAs lembranças começam a me guiar
No escuro dessa noite
Sinto meu peito gelar
Aos poucos
As árvores vêm me abraçar
E o céu começa a chorar
Mesmo ao som deu suas lágrimas
Continuo a caminharMesmo após a pior tempestade
O céu volta a brilhar
Como se houvesse encontrado
De volta o seu amor
E se esquecido completamente de sua dorAos poucos vou compreendo
E meu coração vai se desfazendo
O sol voltou a brilhar
Então triste volto a me deitar
Mas antes de meus olhos eu fechar
Vejo os lampejos
Da garota que o dia vai iluminar
E que ao chegar da noite
Terá que se apagar
Para mim poder voltar
Mesmo assim, consigo senti-lá
No brilho do luarApenas fugindo
Corro sem parar, para ver onde posso chegar
Corro sem parar, para tentar me reencontrar
Corro sem parar, para conseguir te encontrar
Apenas corro, não sei como pararComo posso estar distante e tão perto ao mesmo tempo?
Como faço para voltar no tempo?
Na época que ainda tinha sentimentos
Como faço pra poder te encontrar
Sinto falta do seu abraço e de te amar
Acho que isso nunca vai passarQuando fecho meus olhos eu me afogo
Afogo em pensamentos e lembranças
Sinto cada momento e cada mudança
Como cada abraço se transformou num cumprimento à distância
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Diário De Um Poeta
PoetryO tempo é uma linha... Eu sou o nó impossível de desamarrar Mas eu me desamarrei e vi tudo acontecer Vi tudo virar nada, enquanto meus olhos fechavam E você continuava a viver...