Same

123 17 2
                                    

Olááá
Com vocês, o penúltimo capítulo.
Boa leitura!

...

— Você disse que ela chama Florence? Tem certeza? — Nathaniel perguntou, contrariado.

— Sim. Que nome ela disse pra você?

— Nadine. Nadine Peletier.

Castiel se recostou, ficando totalmente corcunda na cadeira. — Florence Demaret... Isso não é possível. Por que ela usaria dois nomes...? Onde a conheceu?

— Em Versalhes, em uma livraria. — Ele parecia tão desolado quanto o outro. — Eu até fiquei surpreso por ela também ser enfermeira.

— Pelo jeito foi a única coisa em que ela não mentiu.

Alguns segundos de silêncio se instalaram entre eles, cada um perdido em pensamentos, até que Nathaniel voltou a falar.

— Onde ela trabalha?

— Saint-Jacques — Castiel resmungou.

— Ela disse que trabalha no Ambroise-Paré, em Boulogne-Billancourt.

— Mas ela falou que mora lá ou em Versalhes?

— Em Versalhes. Ela tem um apartamento próprio.

— Ela disse que mora de aluguel aqui — retrucou o cantor.

Nathaniel ergueu as mãos rapidamente, inconformado. — Ela deu informações diferentes pra cada um. Talvez nenhuma das versões seja verdadeira.

— Eu não consigo acreditar nisso. — Castiel apoiou a cabeça nas mãos e os cotovelos na mesa. — Eu nunca... nunca desconfiaria dela. Ela até disse que não tinha nenhuma rede social!

— Ela tem... O que faremos?

— Você ainda quer ficar com ela depois disso tudo? — Ele voltou a encarar o louro.

— Por quê? Quer lutar por ela? — indagou ironicamente.

— Não. Não quero nem vê-la pintada de ouro. — Castiel pegou sua garrafa e tomou o restante da cerveja em um gole só. Limpou o canto da boca no dorso da mão e observou a cozinha, sem enxergar nada.

— Não podemos simplesmente acabar com tudo. Temos que fazer algo.

— Tipo o quê?

— Ela precisa saber que descobrimos. Precisa sentir na pele o que fez... Ela disse que estará de folga amanhã — acrescentou, se lembrando.

— E?

— Vamos chamá-la para sair. Podemos combinar de nos encontrar no mesmo lugar, e aí chegamos juntos. Ela não vai ter escapatória.

Ele considerou. Apesar de chateado, achou que seria justo. — Tudo bem.

— Podemos ver um lugar que seja meio termo para nós dois... Que tal a Paris Expo Porte de Versalhes? Com certeza tem algumas exposições lá.

— Exposição? Sério? Você quer fazer um showzinho em um lugar cheio para ter uma plateia de fãs da Crowstorm?

— Bota uma peruca, sei lá.

— Eu tenho cara de quem tem peruca? — Castiel revirou os olhos. — Tá bom, eu dou um jeito, só pra acabar logo com isso. Qual o horário?

— Hm... Seis e meia?

— Pode ser. Você acha que ela vai aceitar ir nesse lugar?

— Sim. Ela adora exposições de arte.

Same GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora