Agente J1 • Jikook

[ 1 · Parada ]

ESCRITA POR:
JOHSWAGGER

[Concluída: 13/03/2020]

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~Boa Leitura!!

♡

Jeon
Jungkook

A noite já havia chegado a tempos. O frio se fazia perpétuo, a neve caia lentamente.

Sentado na parada de ônibus, esperava um veículo que me levasse ao meu destino.

Havia me acabado no trabalho. Fiquei na mesma posição por quase 3 horas, corri de mesa em mesa distribuindo relatórios estes que meus superiores me mandaram fazer, por eu ser o estagiário. “Fazer esforço e ter má remuneração”. Revirei os olhos em desgosto e ajeitei meu óculos encima do nariz.

Em meus fones tocava uma música lenta. Baixei o volume, pois precisava ouvir quando o ônibus passasse.

Estava próximo das 7 horas da noite. A maioria dos funcionários da empresa tinham automóveis, os que não, foram no primeiro ônibus que passou na direção contrária a minha casa.

— Olá, senhor.

Olhei para o lado e me espantei. Não havia reparado que um jovem se encontrava ali tão perto. Ele carregava uma caixa com alguns copos reutilizáveis com tampas.

Sorri sem jeito. Quando observei o conteúdo dos recipientes, gritei mentalmente. Era chocolate quente. E provavelmente daria para sentir o cheiro, se meu cachecol não estivesse cobrindo minha boca e nariz.

— Isso é chocolate quente?

Perguntei com minha voz abafada. Minha hipótese foi confirmada pelo seu manear tímido de cabeça.

— Quanto é?

Questionei afoito.

Ah, chocolate quente nesse frio. Deus enviou esse homem.

Ele disse-me o valor.

Eu tinha os trocados exatos.

Quando abri a tampa, e o vapor embaçou meus óculos, gemi em apreciação.

Baixei o pano macio que estava entre o meu sonho de consumo e minha boca.

Adorei a quentura que se fazia presente por conta do vapor d'água. Um arrepio subiu pela minha espinha me deixando com os poucos pêlos apontados para cima.

Bebi o primeiro gole e agradeci ao garoto me curvando levemente.

Parecia que ele iria no mesmo transporte coletivo que eu.

Então esperamos juntos, continuei agradecendo aos céus por aquele chocolate, que agora vinha tirando-me o frio.

Em alguns minutos me senti sonolento e zonzo. Acho que tantas noites em claro estudando para as provas da faculdade na semana anterior, não havia me feito bem. Quando chegar jogarei-me na cama, para levantar apenas amanhã de manhã.

Gargalhei bobo com meu pensamento.

Vi uma luz, que identifiquei ser de dois faróis de um ônibus, e como apenas dois ônibus passavam por ali, — contando com o que passava pro lado contrário a minha residência. —, levantei e dei sinal para o coletivo.

O moço que encontrava-se ao lado levantou-se também, ficando lado a lado comigo.

Subi cambaleando para dentro do automóvel.

Olhei para a hora e para o tanto de cadeiras vazias, mas minha mente não se importou com o fato.

Sentei perto da porta de desembarque. Joguei minha cabeça para trás, acariciei minhas têmporas, e depois passei rudemente minhas mãos pelo rosto.

Estava com raiva daquela sensação de tontura que se apoderava de mim. Meu corpo descansou sobre o acento, mas depois ficou tenso, como se estivesse sobre a pressão de fazer uma prova ou em um tribunal.

O garoto vendedor de chocolates estava conversando com o motorista, não prestei atenção em como eles pareciam sérios, estava cada vez mais desforcado.

Só havia o garoto, o motorista e eu no ônibus.

O coletivo balançava de um lado a outro.

Me encontrava totalmente impaciente. Suspirava fundo de segundo em segundo, batia constantemente meus sapatos no chão de metal e revirava os olhos.

Percebi uma olhada de canto do homem que dirigia.

— Motorista acho que estou passando mal...

Não houve tempo de terminar a frase para mim.

Estava impossível suportar o peso de meu corpo, mesmo sentado, por isso fui ao chão.

Minha vista escureceu.

Uma frase que pode ter sido inventada por minha mente é dita e ecoa por todos os lados:

— É ele, N3.

♤

Espero que gostem ahhah.

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