Eu quero me sentir vulnerável
Eu quero ter alguém
Com quem contar
Pra quem contar
As merdas que ocorrem nos dias
E poder rir
E poder chorar
E ter um par de braços
Que causaria abraços
Quando eu precisasse
Um par de mãos
Que traria afago
Que repartisse o fardo
O meu é teu
E o teu é meuEu cansei do que dizem
Cansei de tentar convencer a mim mesma
Que eu me basto
Mas eu quero precisar
Tenho a ânsia de amar
E de não estar sozinha
Eu não me gastoMeu amor não foi feito
Para ser próprio
Se fosse causar esse efeito
Eu me sufocaria
Em narcisismo exacerbado
Quando tentasse soltar meu brado
De amorEu não me basto!
Eu quero compartilhar
Eu quero me entregar
Me sentir vulnerável
A outro alguém maleável
Que também sente
Que também se dói
Que também ama e odeia
E grita e silencia.
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Vulnerável
PoetryUm poema sobre a solidão romântica (ou o que alguns podem dizer desespero).