Capítulo 1: Psycho Killer

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   Oi!

Eu sou uma psicopata.

Eu sei que muitos adolescentes hoje em dia adoram fingir que são psicopatas. É como o emo de 2019. Mas eu estou falando sério! Eu sou uma psicopata.

Não sou de uma família com muitos recursos, então apelo para a plataforma que mais pode me dar informações. A definição do Google para a palavra seria:

Psicopata é a designação atribuída a um indivíduo com padrão comportamental e/ou traço de personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial. Diminuição na capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro, pela presença de uma atitude de dominância desmedida.”

Eu diria facilmente que me encaixo nesse padrão. Atribuindo a outras características que pesquisei mais a fundo, sou uma pessoa que tenho tendências a lidar bem com a dor. Por isso aos meus 10 anos eu cravei uma faca de 15 cm na minha coxa esquerda. Não vou mentir, doeu, mas não como eu imaginei. Senti a lâmina atravessar minha carne e simplesmente não fiz nenhum som além de um grunhido rápido. Minha mãe chegou correndo e desesperada me levou ao hospital. Passei por todo o procedimento sem nem mesmo fazer careta. A facada rompeu um dos meus músculos por isso minha perna esquerda tende a ser mais fraca, nada que me atrapalhe, a não ser que eu tenha que correr.

Continuando minha pauta. Psicopatas tendem a ser controladores com outros indivíduos. Realmente, eu sempre consigo o que eu quero mesmo que não queira naquele momento. Isso entra também na parte da empatia, quando meu desejo é grande eu simplesmente não ligo se irá atrapalhar no bem estar alheio. Faço isso constantemente com a minha mãe. Quando meu pai morreu eu tinha 13 anos, eu não senti nada. Ele foi um maconheiro que estava sempre com uma dívida, uma dessas dividas lhe matou. Dois dias antes dele bater as botas, ele me deu um canivete de presente, e me disse:

Isso é caso algum garoto idiota tente passar a mão em você.

E me entregou o objeto de cor vermelha com mais ou menos 10 cm de comprimento, era bem afiada. Porém, até hoje não tive a sorte de um babaca tentar me assediar. Então comecei a caçar. Eram bichos pequenos esquilos, pássaros. Até eu encontrar um veado, bom, não foi nada fácil com o meu pequeno canivete, mas eu me saí bem. Mas essas coisas já perderam a graça. Tem mais ou menos um ano em que minha vida está totalmente um saco, então eu tomei uma decisão.

Eu vou matar uma pessoa!

Isso sem ser presa não é uma coisa fácil, porém nada que não seja muito bem planejado que possa dar errado.

Acordei eram 6:50 da manhã. Me arrumei do jeito mais básico, para então ir para a escola. Eu realmente gostava de aprender algo, tive as primeiras aulas normais, gostava de biologia, me fazia entender melhor o que poderia fazer com o corpo humano, extremamente interessante. Ao chegar no recreio me sentei normalmente em uma mesa vazia bem no canto vendo toda aquela correria de pessoas, desembalei meu sanduíche de presunto com alface e maionese que eu mesma fiz, tirei meu suco da sacola e antes que pudesse dar a primeira mordida, um garoto de aparência asiática e cabelos castanhos se aproxima da mesa. Reconheço como Jaemin Na, garoto do 3º A. Ele se senta na minha mesa e coloca a mochila em cima dela, o que me deixa extremamente irritada. Então fala:

- Você é S/N, certo?

- Sim.

- Sua pesquisa sobre Jack, o Estripador, foi considerada a melhor da escola. – ele me olha de cima a baixo.

- É.

- Ficou legal.

- Valeu.

- Você poderia ter dado ênfase em deduzir alguns suspeitos sobre a identidade dele. Mas a sua ficou em primeiro lugar, mesmo sendo mais fraca. – lembrei que a pesquisa dele ficou em segundo lugar.

Psycho Killer - Imagine JaeminOnde histórias criam vida. Descubra agora